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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Opinião



Crônica infeliz

Que o que ocorreu quarta-feira diante do Santos foi lamentável, ninguém tem dúvidas, que houve casos anteriores, também é do conhecimento de todos; porém, estes recentes fatos que levaram o clube ao constrangimento de ver seu nome envolvido em atos de racismo, tem uma origem bem localizada entre o universo de torcedores gremistas. É fácil identificar tanto na geografia do estádio, quanto à movimentação característica de um grupo. Grupo ínfimo entre os 6 milhões de torcedores tricolores.

Ao tomar conhecimento da crônica veiculada na revista Placar (Punição ao Grêmio), vejo o quanto foi infeliz o autor ao rotular leviana e de forma oportunista toda uma Nação, uma legião de torcedores com a pecha de racista.

Com os desdobramentos que o fato está sofrendo, vê-se que a própria jovem que foi infeliz e preconceituosa durante a partida, no seu dia-a-dia, sem a "pilha" do coletivo, convive civilizadamente com negros, que estranharam o seu comportamento naquele episódio. Foi um erro e deve pagar por isso. 

Seu erro e dos demais que agrediram Aranha, não justifica o processo de linchamento que ela (a jovem) e o clube são submetidos. O Grêmio age forte e decidido em busca de alcançar os infratores e visivelmente está constrangido, como, aliás, estamos todos nós, os demais gremistas.

Classificar a torcida como a mais racista do Brasil, é igualmente um "crime". É o mesmo que considerar a legião de 27 milhões de torcedores do Corinthians como criminosos, porque cerca de 15 torcedores tiraram a vida do menino boliviano, Kevin, recentemente. Seria o clube paulistano, o mais assassino do Brasil, por isso? Além deste episódio, há muitos outros que resultaram em mortes, especialmente de palmeirenses e são-paulinos, causadas pelos torcedores do Coringão.

O crime de injúria racial é grave; "dói" como disse o goleiro Aranha, mas ele permite o repensar, a recuperação, a redenção de quem falhou, talvez, com humildade e sabedoria, a ré possa sair renovada destes acontecimentos e a vítima terá o acolhimento e o justo reparo pelo estrago a ela infligida, mas, no caso, das mortes, quem devolverá a vida de Kevin? Quem confortará de forma suficiente, a família dele?

Então, só me resta concluir, que a revista Placar de tantos serviços relevantes prestados ao esporte brasileiro ao longo de 4 décadas, já não suporta o peso dos anos e cede ao jornalismo sensacionalista, que, todos sabemos, não se sustenta por muito tempo e geralmente, arranha a imagem de quem dele faz uso.


15 comentários:

  1. Louvável a atitude só clube. Se já tinha Koff na mais alta conta pelas valências no comando do clube passei a admirá-lo como exímio negociador e agora, mais que tudo, reconhecendo o que há de podre dentro da instituição e expurgando devidamente nossos fantasmas. Foi um fim de semana comprido, permeado pela acusação de fazer parte de uma torcida "racista". O Velho nos reconcilia com a verdade e de ânimo renovado tenho mais motivos pra crer numa final mais feliz para a história.

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  2. É, Paulo Juliano!
    Depois de uma imagem "colar", vai levar um tempão para reverter e remediar o estrago de uma das piores adjetivações que um clube pode receber.
    Peço a Deus, muita saúde e energia para o nosso presidente.

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  3. "Líder da Geral do Grêmio diz que caso de racismo foi isolado e aguarda explicações da direção". É o poste mijando nos cachorros, o "líder" está chamando os Presidente "às falas".

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    1. Pra mim, neste caso, ambos (Geral e Koff) estão errados.

      A Geral não deveria ter cantado músicas com o termo macaco no domingo, mas também acho que falta maior diálogo da direção com parte da torcida. Não vejo alguém 100% certo, neste caso.

      Também não vejo a Geral, enquanto torcida, com responsabilidade alguma sobre o ocorrido na quinta (domingo ok, como eu disse, poderiam ter evitado). Eu espero que ambos tenha o bom senso de buscarem um entendimento, justamente pra não fomentar que isto é uma disputa eleitoral.

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    2. A propósito, um bom texto sobre o assunto:

      http://espnfc.espn.uol.com.br/gremio/imortal-acima-de-tudo/torcida-organizada-expoe-tricolor-a-generalizacao-burra

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    3. Guilherme!
      É preocupante; veja que no texto, o autor afirma que gremistas começam a ser hostilizados no centro do país por usar a camiseta.

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    4. Complementando:
      Passei alguns dias das Férias (janeiro) no Rio e o pessoal me perguntava sobre conseguir uma camiseta do Grêmio, inclusive no Posto 9 (Ipanema) havia uma bandeira do Tricolor hasteada.
      Imagina o estrago na imagem que estes imbecis causaram.

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    5. Eu sou hostilizado bruxo! É impossível assistir um jogo do grêmio inteiro em qualquer bar da cidade e - não tendo sangue de barata - evitar uma briga. Só que por aqui briga nunca termina em "briga".

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    6. Guilherme, não faz dois dias a Geral nem torcida era...

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    7. Eu discordo deste entendimento, que muitas fazem questão, de que a Geral não é torcida. Pra mim é, já que há uma organização interna.

      Mas também discordo que seja uma torcida organizada nos moldes antigos, já que QUALQUER UM pode frequentá-la, sem precisar ser "sócio da torcida" ou ter que comprar materiais e etc.

      Eu frequentei a Geral por mais de 3 anos, nunca me cobraram nada, tão pouco tive que dar satisfação pra alguém. Quando queria ir, apenas ia no setor e ficava junto com a torcida, O mesmo não é permitido, até onde eu sei, em outras, como Jovem, a Máfia e etc.

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    8. E o fato de "qualquer um" poder frequentá-la é que permite não se ter controle algum e usar isso para fugir sempre à responsabilidade.

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    9. Pode ser também uma válvula de escape; isto é, o controle escancaria os agressivos, melhor então não controlar.

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  4. Leonardo!
    Pode ser; já havia me manifestado sobre a incompetência do árbitro e da malandragem do Aranha;porém, como estratégia de defesa, não é interessante "atirar" para esse lado; nesta hora, tem que buscar a melhor forma de minimizar o estrago; a busca das verdadeiras causas do conflito, neste curto espaço de tempo, é inviável.
    Com o tempo, a gente verá que a Patrícia foi ingênua e o Aranha não é o coitado que parece.

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  5. PJ!
    Lamentável! Uns puxando o clube para cima e outros.
    Olha vou ser bem claro: Depois daqueles cânticos sobre a morte do Fernandão, prá mim. mesmo que fosse um monge tibetano, cairia os butiás do bolso.

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  6. PJ!
    Vamos levar anos para remediar esta situação.

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