Opinião

Honrados Senhores

Fico pensando nos gremistas que estão na faixa dos 30 anos, eles passaram a metade de suas vidas ouvindo que o Tricolor está em dificuldades financeiras. É brabo, incrivelmente,  o número de adeptos não para de crescer. Somos mais de 8 milhões na face da Terra apesar da maré contrária.

Guilherme Biteco subiu para o profissional, já vendido para os alemães; tudo bem! O bom, diziam, era o Bitequinho, o Matheus, pois foi dado em troca de uma dívida de quase 20 anos.

Pará foi comprado, chegaram a pagar 300 mil para jogar uma única partida contra o Santos, era contestado, mas poderia dar um troquinho, foi dado em troca de uma dívida, mais! Seus salários são pagos pelo Imortal.

Por essa mesma dívida, um júnior, Gabriel, zagueiro, já não pertence ao Grêmio, isso que ainda não jogou, em troca de quê? De uma dívida.

O salário de Kléber no Vasco, que não é pouco, foi pago pelo Grêmio.

Riveros sairá, vendido, mas a grana que entrar é para pagar dívida com o próprio jogador.

Leio que está para estourar outro rombo de 2000, as infrutíferas e caríssimas aquisições de Astrada e Amato.

Virão outras bombas, certamente.

O que mais me deixa indignado é que estes honoráveis senhores seguem pertencendo à vida do Tricolor, ocupando camarotes, integrando o Conselho Consultivo, usufruindo da condição de ex-dirigentes, participando do Conselho de Administração, fazendo a política por baixo das luzes, etc...

Enquanto o Grêmio for uma ação entre amigos, uma associação, uma ordem, um confraria, que permite o convívio com gestores incompetentes (incompetentes no Grêmio,né?) ou pior do que isso, cujas trapalhadas só acontecem no clube, porque duvido que em suas vidas profissionais, tenham tanta paciência de seus pares e permitida a impunidade; pois bem, se isso prosseguir, em breve, nosso clube virará um Botafogo, que está virando um América-RJ.

Pobre Grêmio.