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terça-feira, 14 de julho de 2015

Opinião


Grêmio perde com jeito de filme chato e repetitivo

Quantas vezes já vimos esse filme com esse roteiro? Nem é necessário puxar pela memória, lembrar de partidas em nosso velho casarão, o Olímpico? Basta que peguemos algumas derrotas na própria Arena para clubes pequenos com times medíocres, mas bem ajeitadinhos como o Huachipato, Cruzeiro-RS, Veranópolis, Coritiba e este Criciúma. 

Posso estar escrevendo a maior besteira, mas acho que não; acho, realmente, que pego no âmago da questão: Menosprezo, ainda que inconsciente e falta de qualidade no coletivo à partir de reposições questionáveis.

O Tricolor entrou diferente, entrou a meio pau. Como sempre, olho na tevê e áudio na Rádio Guaíba (aliás, hoje com um delay de mais de 15 segundos, o áudio chegando bem mais cedo). Tudo bem, que o Criciúma mostrou um treinador promissor, uma equipe bem postada, mas o Grêmio entrou com um delay, também.

O gol mal anulado, que poderia mudar os rumos que chegaram ao 0 x 1, reforçou a falsa "certeza" que os gaúchos ganhariam a hora que quisessem, isso foi mais um condimento no prato que o Criciúma preparou na Arena.

Geromel de excelente atuação, teve um deslize, apenas um, mas vital para um contra-ataque que culminou no tento catarinense, mais um gol de bola aérea, mais um gol de cabeça, mais um gol dito "indefensável" a exemplo do sofrido na Arena Índio Condá.

O Grêmio de inúmeras qualidades em jornadas anteriores, começa a escancarar a velha desconfiança, ou seja, o grupo não segurará a onda se o banco for chamado: Rhodolfo é nosso melhor zagueiro, Marcelo Hermes é um Bruno Colaço que não sabe bater falta, Douglas não tem reserva com as suas características, Luan está "proibido" de jogar menos do que vem jogando, porque sem ele bem, a maionese desanda.

Se Galhardo foi bem na primeira etapa, depois do gol, mostrou que não controla os nervos na adversidade (pelo menos hoje). Erazo é um  zagueiro correto, apenas isso.

Grohe de excepcional defesa na fase final, não conseguiu chegar numa bola de grau de dificuldade menor no gol assinalado por Lucca. Com ele, eu sempre fico com o coração na mão, quando a bola vai em direção ao arco gremista.

Wallace seguiu bem, Maicon ter que ser mais protagonista, muito toquinho lateral. Giuliano quase não acertou nada, Luan muito abaixo, sabe-se agora que estava lesionado, Mamute não representou acréscimo e ainda sofreu uma lesão que parece ser grave.

Pedro Rocha muita movimentação, porém dispersivo na hora decisiva, o "rondar" a área.

Fernandinho botou velocidade na frente, alguma vitória pessoal, dos que entraram, foi o melhor. Braian afunda cada vez que é chamado a atuar.

Enfim, é apenas um jogo ruim num contexto favorável para Roger, mas deixou indícios, que se desfazendo dos bons e apostando apenas no elenco presente, será um segundo semestre de muitos sustos e chances de frustrações.

Só intensidade, é pouco.

8 comentários:

  1. O Grêmio paga por suas escolhas. Quem viu os últimos gols do Grêmio tem consciência dos efeitos deletérios da negociação de Rodolfo; já foi dito, Rodolfo e Geromel formam uma zaga acima da média, sem o primeiro o segundo afunda, a zaga fica desorganizada, o time sem orientação, enfim, um pandemônio onde o "centroavante" vai pra dentro da área cabecear contra o gol.
    A buscada "intensidade" tem seu preço, o resultado está aí, Luan meia bomba, Galhardo no sacrifício, Oliveira no estaleiro e não serão os últimos. Essa hora tu pergunta, e o grupo? Pois é, e o grupo...
    Grêmio não tem alternativas, paga por isso, não se poder mudar se não tem com quem mudar.

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    1. Tem seu preço, sem dúvidas, PJ.
      O Grêmio ao que parece, não tem grupo para enfrentar duas competições fortes ao mesmo tempo; se vender os bons, então ...

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  2. Hoje não vou ler nada nem comentar nada, só digo isso: Sul Americana...não há outra justificativa pra aquilo de ontem.

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    1. Glaucio
      O problema que a Sulamericana só tem uma vantagem sobre a Copa do Brasil; times piores, mas os deslocamentos e tudo o mais, não desaparecem com ela.

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  3. Só pra constar, vendam o Marcelo.

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  4. E com a bola que o goleiro do Coirmão anda jogando, complicou mais. Alisson é a bola da vez na Seleção.

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