Pequenas Histórias (94) - Ano - 1981
Penteando a Macaca
Fonte: imortaisdofutebol.com
As decisões de ida e volta, os famosos mata-matas, privilegiam, logicamente, o segundo jogo, porque, dali sai a decisão; no entanto, este último jogo não é garantia de ser o melhor, nem o mais emocionante.
Exemplos disso ocorreram no funil do Brasileiro de 1981; tanto uma das semi-finais, Grêmio x Ponte Preta, quando a final, Grêmio x São Paulo.
As partidas de ida foram as melhores, no entanto, ficaram para a memória do mundo esportivo, o 1 a 0, gol de Baltazar e o terrível 0 x 1 para a Macaca no Olímpico Monumental, a catarse experimentada pela Nação Azul, após o apito final. Um alívio semelhante ao que ocorreu na Batalha dos Aflitos em 2005.
As partidas de ida foram as melhores, no entanto, ficaram para a memória do mundo esportivo, o 1 a 0, gol de Baltazar e o terrível 0 x 1 para a Macaca no Olímpico Monumental, a catarse experimentada pela Nação Azul, após o apito final. Um alívio semelhante ao que ocorreu na Batalha dos Aflitos em 2005.
Em 23 de Abril daquele ano, os gremistas ainda não tinham a convicção da possibilidade de serem campeões. Neste dia, o Tricolor foi ao Moisés Lucarelli encarar a Ponte Preta, um clube que sempre investiu e revelou grandes atletas da base; o Grêmio já tinha um time definido, que fora moldado durante o campeonato, portanto, também chegava forte, apesar da falta de Odair. Eram 4 grandes times: ele, a Ponte, o São Paulo mais o Botafogo.
A expectativa tomava conta de todos nós, gremistas, lembro que estava no penúltimo semestre do curso e alguns colegas festejavam a ausência do centro-avante Jorge Campos, eu, como conhecia e admirava o futebol de Lola, desde o tempo em que, cadete do exército, fazia parte do ataque do Atlético Mineiro (Vaguinho, Amauri, Lola e Tião), alertava que o reserva era melhor do que o titular. Não era motivo para comemorar.
Desta forma, a Macaca mandou a campo Carlos; Edson, Juninho, Nenê e Odirlei; Zé Mário, Osvaldo e Dicá; Serginho, Lola e Abel. Ainda utilizou Humberto e Celso.
O Imortal com Leão; Paulo Roberto, Newmar, De León e Casemiro; China, Paulo Isidoro e Vílson Tadei; Tarciso, Baltazar e Jurandir. Contou também, com Vantuir e Renato Sá.
Logo aos 3 minutos, Dicá cobrou falta de forma rápida, surpreendeu a zaga e Lola cabeceou. 1 a 0. Um problemaço para quem jogava fora.
Mas o Grêmio tinha Vilson Tadei (na foto, o segundo atleta agachado). O camisa 10 realizaria naquela noite, sua maior partida com a camisa Tricolor. Comandou a equipe como muita qualidade e personalidade.
Mesmo sendo dominado pelos locatários, o Imortal ainda empataria na primeira fase; Baltazar arrancou pela esquerda, serviu Paulo Isidoro, que bateu e venceu o arqueiro da Seleção, Carlos. Decorriam 35 minutos. 1 a 1.
Antes do encerramento, houve tempo para o árbitro Wilson Carlos dos Santos expulsar o lateral direito Paulo Roberto e o ponta esquerda Abel. Ambas as equipes iriam até o final com 10 atletas.
O lance determinante para desequilibrar o confronto ocorreu aos 16 segundos; grande vacilo defensivo campineiro, Tarciso lançou Paulo Isidoro que cruzou na cabeça de Vilson Tadei. Gol com menos de 1 minuto. 2 a 1.
A inspiração do treinador Ênio Andrade apareceu, quando trocou os posicionamentos de Tarciso e Paulo Isidoro, confundindo a zaga ponte-pretana. Numa das estocadas, o Flecha Negra, pelo meio, driblou Juninho e bateu da entrada da área no canto esquerdo de Carlos. 3 a 1.
Dois minutos após, isto é, aos 22, Lola diminuiu. 3 a 2.
E ficou nisso, apesar de duas grandes estocadas de Tarciso, numa delas, a bola achou a trave paulista.
Uma vitória sensacional, que permitiu, inclusive, a passagem para a final, mesmo perdendo em casa, três dias depois.
Foi o último triunfo do Grêmio contra a Ponte Preta na cidade de Campinas. São 34 anos de espera.
Utilizei nesta crônica, dados recolhidos no Correio do Povo de 24 de Abril de 1981.
Mas o Grêmio tinha Vilson Tadei (na foto, o segundo atleta agachado). O camisa 10 realizaria naquela noite, sua maior partida com a camisa Tricolor. Comandou a equipe como muita qualidade e personalidade.
Mesmo sendo dominado pelos locatários, o Imortal ainda empataria na primeira fase; Baltazar arrancou pela esquerda, serviu Paulo Isidoro, que bateu e venceu o arqueiro da Seleção, Carlos. Decorriam 35 minutos. 1 a 1.
Antes do encerramento, houve tempo para o árbitro Wilson Carlos dos Santos expulsar o lateral direito Paulo Roberto e o ponta esquerda Abel. Ambas as equipes iriam até o final com 10 atletas.
O lance determinante para desequilibrar o confronto ocorreu aos 16 segundos; grande vacilo defensivo campineiro, Tarciso lançou Paulo Isidoro que cruzou na cabeça de Vilson Tadei. Gol com menos de 1 minuto. 2 a 1.
A inspiração do treinador Ênio Andrade apareceu, quando trocou os posicionamentos de Tarciso e Paulo Isidoro, confundindo a zaga ponte-pretana. Numa das estocadas, o Flecha Negra, pelo meio, driblou Juninho e bateu da entrada da área no canto esquerdo de Carlos. 3 a 1.
Dois minutos após, isto é, aos 22, Lola diminuiu. 3 a 2.
E ficou nisso, apesar de duas grandes estocadas de Tarciso, numa delas, a bola achou a trave paulista.
Uma vitória sensacional, que permitiu, inclusive, a passagem para a final, mesmo perdendo em casa, três dias depois.
Foi o último triunfo do Grêmio contra a Ponte Preta na cidade de Campinas. São 34 anos de espera.
Utilizei nesta crônica, dados recolhidos no Correio do Povo de 24 de Abril de 1981.
Por incrível que pareça, Bruxo, a Ponte Preta é uma verdadeira "touca", pois normalmente os confrontos do Grêmio contra equipes medianas é repleto de vitórias. Contra a "Macaca" é diferente. Enfrentamentos muito parelhos.
ResponderExcluirSão 30 jogos na história, com 11 vitórias do Grêmio, 11 empates, e 8 vitórias da Ponte Preta.
A primeira vez foi assim:
Grêmio 1x1 AA Ponte Preta
Torneio Roberto Gomes Pedrosa
Data: 25.10.1970 (Domingo - 15h30)
Local: Estádio Palestra Itália, São Paulo-SP
Árbitro: José de Assis Aragão
Renda: Cr$ 18.865,00 - Público: 3.499
Gols: Roberto Pinto [pênalti] 12', Flecha 29' do 1º tempo
GFBPA: Arlindo, Espinosa, Ary Hercílio (Di), Beto Bacamarte, Everaldo, Jadir, Gaspar, Flecha (Bebeto), Caio, Paraguaio, Volmir. Técnico: Carlos Benevenuto Froner
AAPP: Wilson, Nélson, Samuel, Henrique (Bazaninho), Santos, Teodoro, Roberto Pinto, Ditinho, Manfrini, Nélson Oliveira (Paulinho), Adílson. Técnico: Cilinho
Observação:
1) Aos 31' min do 2º tempo, Espinosa bateu penalidade máxima e o goleiro Wilson defendeu.
Esse time da Ponte (do primeiro jogo) era uma máquina: Nélson é o atual Nelsinho Batista, Samuel jogou na Seleção, quando do São Paulo, Teodoro, também foi para o São Paulo, jogava muito, Alan, que nesse jogo foi substituído por Ditinho foi para o Vasco, Dicá e Manfrini (tb ausentes nesse confronto) dispensam apresentações e o melhor deles, Roberto Pinto, não por acaso, sobrinho de Jair da Rosa Pinto.
ExcluirBruxo, havia ainda Dagoberto, o quarto zagueiro, que era titular, Waldir Péres, o goleiro reserva do Wilson, e Aílton Lira, meia, em início de carreira.
ResponderExcluirO Ailton Lira, acho que foi o sucessor do Pelé com a 10.
ExcluirTambém Chicão, o centro-médio e Mosca, o meia que sucedeu Dicá, além de Tuta, o ponta esquerda.
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