Opinião

O Campeonato Gaúcho

Assisti ontem o jogo do Internacional versus Aimoré no estádio Cristo-Rei, local aprazível, cercado de muito verde (pelo menos, há 20 anos era assim).

Além do baixo nível técnico, ouvi com tristeza a informação pela Guaíba, que havia 900 pessoas como público total. Dava para ver pela tevê o deserto à frente, isto é, no lado oposto às câmeras da televisão. Uma tristeza, toda a arquibancada interditada.

São José x Cruzeiro não teve 50 assistentes, houve também partida com portões fechados, se não me engano do mesmo Cruzeiro.

Na cabine da rádio Guaíba ontem, abelhas picaram os profissionais da cobertura. Já nem falo do calorão, porque o argumento utilizado é que é do clima da época, então ...

Acontece que a suposta evolução do certame através das suas edições é um papo-furado tremendo, basta recorrer a internet e jornais dos campeonatos passados e lá encontramos os mesmos  problemas, as mesmas situações.

Até a cobertura da televisão se resume a dupla intragável, insuportável de colorados, que sabe tudo do clube da beira do rio e sonegam informações do Tricolor até nas transmissões de dentro da Arena.

O Correio do Povo revelou as distâncias percorridas pelos clubes durante o regional e adivinhem quem, novamente é o que percorrerá a menor quilometragem? O clube do conselheiro Francisco Noveletto. 

Aliás, já que citamos um Francisco, não se admirem se aparecer na "tela da sua tevê", mesmo que seja como quarto árbitro, Francisco Silva Neto, o eterno. Outro personagem emblemático deste horror chamado Gauchão.

Gramados sintéticos, jogos com portões fechados, estádios às moscas, desrespeito ao Estatuto do Torcedor, pois  até Sábado, não se sabia qual o local do jogo que, enfim, foi realizado em São Leopoldo; é isso aí.

Aí eu pergunto: Dá para colocar atletas como Luan, Walace, Lincoln, Geromel ou Bolaños em certos gramados do Rio Grande?

Difícil, não é.