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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Opinião



A Travessia

Mais um fracasso, mais um que passa pela falta de competência da Direção e Comissão Técnica.

O que dizer da entregada da Primeira Liga? O que dizer de, depois de ser a melhor campanha, resolver ignorar a lógica e arriscar não sair vivo do Alfredo Jaconi botando Éverton e Pedro Rocha no ataque?

O que os atletas experientes e rodados do grupo pensaram, quando ouviram que o time seria misto na decisão de Caxias? Confiarão daqui para frente nas suas chefias, que botaram pelo ralo mais um campeonato? Acreditar no comando é fundamental.

Há um momento em que os jogadores e dirigentes passam pela prova de ser um lugar comum na história do clube ou ultrapassam essa barreira, percorrem a travessia que separa os perdedores dos ídolos e heróis da história de cada clube. O Grêmio atual parece não conhecer isto.

Para ilustrar, uma pequena historinha: Hélio Dourado em 1980 contratou o principal jogador paraguaio do Olímpia, Carlos Kiese. Caríssimo. O cara não deu certo, os colorados riam e sugeriam nova aquisição o meia espanhol Dani, ou seja, o Tricolor teria um meio de Kiese e Dani. 

Dourado era inteligente, arrojado e gremista da gema, não se intimidou, "gastou os tubos", empacotou o Kiese, devolveu e  trouxe Hugo De Léon.  Sabemos todos o que aconteceu depois disso. Não ficou fazendo contas.

Querem outra? Alexandre Kalil, indignado com a eterna situação do Galo de clube "vira-lata", perguntou qual era o maior problema do time, disseram que era goleiro, então ele fez mais uma pergunta: Qual o melhor do Brasil? Victor, responderam-lhe. Não interessa o preço, tragam o cara. Também sabemos como terminou essa história.

Para isso, o dirigente tem que ser arrojado e entender de futebol, tem que ser corajoso. Alguém imagina o Bolzan, o Romildinho, chegar e perguntar: Qual é o melhor goleiro que tem por aí? Qual é o melhor zagueiro por aí? Vamos atrás deles, não interessa o estrago no caixa.

Não, senhores, essa travessia de ser um dirigente comum para alguém que quer fazer história no clube, exige coragem, respeito à torcida. Não é para qualquer um. Não é tarefa para frouxos.

7 comentários:

  1. Se o Grêmio comprar o Cássio eu paro de te encher por causa do Dida...

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  2. Glaucio
    Danilo Fernandes ou Diego Cavalieri.
    Mas não pode parar nisso, tem que vir um lateral esquerdo e um patrão da área. Aí, duvido não ganhar o Brasileiro com Walace, Giuliano, Maicon, Bolaños, Luan, Lincoln, Bobô e Henrique, com o amadurecimento de Pedro Rocha e Éverton.
    Está muito perto, o problema que quem tem o poder de decidir, decide errado.

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    1. Com um lateral esquerdo e um patrão de área não precisa trazer goleiro.

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  3. Aí está o grande erro; Glaucio.
    Prioridade das prioridades: Um goleiro que a zaga confie; depois um lateral, veja que os gols tão falados nas bolas aéreas, só acontecem na pequena área, por último, um zagueiro
    São poucos os gols da marca do pênalti ou de fora da pequena área.
    Se vier um zagueiro de personalidade, a primeira coisa que ele vai fazer é enquadrar o Grohe, coisa que estes "fala mansas" baixam a cabeça e botam um capuz que não é deles.

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    1. Me preocupa a ausência de Geromel, precisamos de alguém melhor do que Fred e Bressan para jogar na ausência do primeiro, ao lado de um bom ambos quebram galho, juntos não dá.

      Se for alguém bom no alto, resolve também o problema do Grohe. No primeiro jogo foram tres lances pelo alto em que ele não saiu e quase levamos gol, chega a um ponto em que ele resolveu não ficar na mão e saiu, como é ruim nesse fundamento...

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    2. Glaucio
      O futebol é bonito por isso, eu acho que não adianta ser bom no alto, se a bola for do goleiro.
      Concordo que com Bressan e Fred, a zaga fica muito frágil, mas com quaisquer nomes do plantel (sem Geromel), ela fica fragilizada.

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  4. Complementando:
    O Cavalieri não é mais goleiro do que o Grohe, apenas que o que ele tem é o que o Grêmio precisa, um goleiro calmo, que passa confiança para a zaga, além de ser emérito pegador de pênaltis e sabe sair do gol.
    Olha as nabas que ele orientou e se deram bem: Gum, Leandro Eusébio, Helivelton, Marlon.
    Alguém imagina esses caras botando faixa, jogando na zaga do Grêmio?

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