A conquista do tricampeonato da Copa do Brasil (89, 94 e 97) tem uma particularidade; o fato de todos os primeiros jogos terem terminados em 0 a 0; Recife, Fortaleza e Porto Alegre. Os três foram considerados bons resultados, dois fora de casa e o do Olímpico diante do Flamengo, um clube grande, sem levar gols e isso foi essencial na conquista do título no Maracanã.
Já o tetra de 2001 foi eletrizante na ida e na volta, dois atos de idêntica relevância. O sufoco do primeiro, um misto de tristeza por sair em desvantagem para o jogo decisivo e uma alegria por ter transformado um 0 a 2 num empate empolgante, obra especialmente de Luiz Mário, o grande herói daquela tarde com os seus gols.
Ainda assim, bater o Corinthians em São Paulo numa decisão parecia tarefa quase intransponível, apesar do belo elenco do Tricolor; isso mesmo, elenco, porque havia banco qualificado. Roger era reserva, apesar de ter jogado a final.
Naquele Domingo, 17 de Junho, o Imortal contaria novamente com Marcelinho Paraíba, grande ausência do confronto de Porto Alegre e isso era um senhor acréscimo, então, Tite utilizou: Danrley; Marinho, Mauro Galvão e Roger; Anderson Lima, Eduardo Costa, Anderson Polga, Tinga e Zinho; Luiz Mário e Marcelinho Paraíba. Entraram ainda, Fábio Baiano, Itaqui e Alex Xavier nos lugares de Luiz Mário, Anderson Lima e Mauro Galvão.
O Corinthians Paulista de Luxemburgo: Maurício; Rogério (Andrezinho), João Carlos, Scheidt e Kléber; Otacílio, Marcos Senna (Pereira), Ricardinho e Marcelinho Carioca; Ewethon e Müller (Gil).
80 mil corintianos no Morumbi esperavam pela hora do grito de Campeão, mas o Grêmio superou as mais otimistas expectativas e dominou por completo o primeiro tempo, perdendo várias oportunidades até que aos 42 minutos, Zinho cobrou escanteio na primeira trave, Marinho se antecipou e de cabeça marcou o 1 a 0.
O segundo tempo começou praticamente 2 a 0, porque no primeiro minuto, Marcelinho Paraíba roubou a bola de João Carlos, serviu para Zinho, que marcou de pé direito.
Aos 24 minutos, a tarefa gremista foi facilitada pela expulsão do ex-tricolor Scheidt, que fez falta em Marcelinho Paraíba.
5 minutos depois, o único susto: Ewerthon descontou e poderia ter posto fogo na partida, porém, o Grêmio seguiu controlando bem o seu adversário.
Aos 42 minutos, Fábio Baiano fez grande jogada pela direita e deixou Marcelinho Paraíba, livre, leve e solto para empurrar a pelota para as redes corintianos. 3 a 1.
Vitória incontestável, onde brilharam Zinho e Marinho. O camisa 11 estraçalhou.
Quarta-feira, o Grêmio entra em campo na situação mais confortável em termos de vantagem, que jamais usufruiu na Copa do Brasil. Apenas a situação inusitada de comoção mundial, que envolveu a Chapecoense, poderá deixar as coisas "fora do lugar".
Amei o texto Hu flor
ResponderExcluirGracinha!!! Beijos, filha.
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