Pequenas Histórias (153) - Ano - 1987
O Grande Desafio Vencido
Foto: Edson Vara - Jornal Zero Hora |
Há poucos dias, o Daison (Sant'Anna) me sugeriu postar algo sobre a primeira passagem de Luiz Felipe pelo Imortal, porque este ano fecham três décadas (1987) e foi o primeiro passo grandioso da vitoriosa carreira do treinador gaúcho.
Lembro como se fosse há pouco tempo, o tricampeonato estadual capitaneado pelo futuro treinador da Seleção Brasileira. O Grêmio acabou conquistando o Hexacampeonato com seis diferentes técnicos (85 a 90): Minelli, Espinosa, Luiz Felipe, Otacílio, Cláudio Duarte e Evaristo. O Hepta foi, digamos, "subtraído" por fatores "adversos e extra-campo" em 91. Até hoje, eu não engoli aquele desfecho.
Voltando ao terceiro título gremista, ele ocorreu num Grenal no Olímpico Monumental, dia 19/07 com mais de 47 mil pagantes e Carlos Martins no apito.
O 3 a 2 foi "mentiroso" pelo massacre prematuro, pois aos 18 minutos da primeira etapa, já estava 3 a 0 para o Imortal, início arrasador bem ao estilo do treinador.
Aos 80 segundos, Fernando dividiu violentamente com Pinga, a bola sobrou para Valdo, que venceu Laércio e cruzou para trás. Lima concluiu. 1 a 0.
Este lance lesionou gravemente o promissor zagueiro colorado, que nunca mais foi o mesmo. É uma discussão eterna, que lembra o conto de Luis Fernando Veríssimo, vide O Jogo, difícil a conclusão. Foi maldade, não foi maldade? Nicou, não nicou, como no conto.
Aos 16 minutos, o mesmo Lima ampliou, Jorge Veras superou Luis Carlos Winck, cruzou para o camisa 9 no segundo poste e ele escorou para a rede. 2 a 0.
Dois minutos passados, Valdo deslocou-se pela esquerda, superou Airton Caixão e cruzou para trás, Veras vinha entrando na área e bateu à direita de Taffarel, no contrapé do arqueiro. 3 a 0.
Aos 20 minutos, Amarildo chutou forte e a bola foi em direção ao braço do chileno Astengo; Carlos Martins entendeu como intencional. Winck cobrou o pênalti e descontou. 3 a 1, placar da primeira fase.
O mestre Ênio Andrade mexeu no time, que voltou diferente e exigiu muito de Mazaropi (foto), um dos melhores em campo pelo seu segundo tempo.
O resultado definitivo foi determinado aos 18 minutos, quando Balalo bateu falta da esquerda, Amarildo cabeceou para o gol; Paulinho se antecipou a China e surpreendeu o arqueiro Mazaropi. 3 a 2.
Foi um jogo cheio de jogadas violentas, tendo sido expulsos Lima e Laércio.
Scolari utilizou: Mazaropi; Alfinete, Astengo, Luis Eduardo e Casemiro; China, Bonamigo e Valdo; Fernando (Cristóvão), Lima e Jorge Veras.
Ênio usou: Taffarel; Luis Carlos Winck, Pinga (Nórton), Aloísio e Laércio; Norberto, Luis Fernando (Marinho Rã) e Aírton; Paulinho, Amarildo e Balalo.
Valdo, sempre ele, recebeu cotação 10 da Zero Hora, secundado por Mazaropi e Lima, ambos com nota 9.
Esta foi a primeira faixa de Felipão pelo Grêmio. Ficou escondida diante do resto de sua biografia, mas não tem como negar: Foi o seu primeiro passo relevante, "o grande desafio vencido", título que retirei do jornal para batizar esta crônica.
Fonte: Zero Hora
Seguem lances da decisão:
Voltando ao terceiro título gremista, ele ocorreu num Grenal no Olímpico Monumental, dia 19/07 com mais de 47 mil pagantes e Carlos Martins no apito.
O 3 a 2 foi "mentiroso" pelo massacre prematuro, pois aos 18 minutos da primeira etapa, já estava 3 a 0 para o Imortal, início arrasador bem ao estilo do treinador.
Aos 80 segundos, Fernando dividiu violentamente com Pinga, a bola sobrou para Valdo, que venceu Laércio e cruzou para trás. Lima concluiu. 1 a 0.
Este lance lesionou gravemente o promissor zagueiro colorado, que nunca mais foi o mesmo. É uma discussão eterna, que lembra o conto de Luis Fernando Veríssimo, vide O Jogo, difícil a conclusão. Foi maldade, não foi maldade? Nicou, não nicou, como no conto.
Aos 16 minutos, o mesmo Lima ampliou, Jorge Veras superou Luis Carlos Winck, cruzou para o camisa 9 no segundo poste e ele escorou para a rede. 2 a 0.
Dois minutos passados, Valdo deslocou-se pela esquerda, superou Airton Caixão e cruzou para trás, Veras vinha entrando na área e bateu à direita de Taffarel, no contrapé do arqueiro. 3 a 0.
Aos 20 minutos, Amarildo chutou forte e a bola foi em direção ao braço do chileno Astengo; Carlos Martins entendeu como intencional. Winck cobrou o pênalti e descontou. 3 a 1, placar da primeira fase.
O mestre Ênio Andrade mexeu no time, que voltou diferente e exigiu muito de Mazaropi (foto), um dos melhores em campo pelo seu segundo tempo.
O resultado definitivo foi determinado aos 18 minutos, quando Balalo bateu falta da esquerda, Amarildo cabeceou para o gol; Paulinho se antecipou a China e surpreendeu o arqueiro Mazaropi. 3 a 2.
Foi um jogo cheio de jogadas violentas, tendo sido expulsos Lima e Laércio.
Scolari utilizou: Mazaropi; Alfinete, Astengo, Luis Eduardo e Casemiro; China, Bonamigo e Valdo; Fernando (Cristóvão), Lima e Jorge Veras.
Ênio usou: Taffarel; Luis Carlos Winck, Pinga (Nórton), Aloísio e Laércio; Norberto, Luis Fernando (Marinho Rã) e Aírton; Paulinho, Amarildo e Balalo.
Valdo, sempre ele, recebeu cotação 10 da Zero Hora, secundado por Mazaropi e Lima, ambos com nota 9.
Esta foi a primeira faixa de Felipão pelo Grêmio. Ficou escondida diante do resto de sua biografia, mas não tem como negar: Foi o seu primeiro passo relevante, "o grande desafio vencido", título que retirei do jornal para batizar esta crônica.
Fonte: Zero Hora
Seguem lances da decisão:
Nenhum comentário:
Postar um comentário