Maturidade na Vitória
Tem um filme inglês do diretor Terry Gilliam (integrante do Monty Python) que eu gosto muito chamado "Os Bandidos do Tempo", que mostra serem os deuses uns meninos que sacaneiam os mortais com suas brincadeiras.
Pois, eu lembrei dele quando Luan meteu o segundo gol, também de falta a exemplo do primeiro, autoria de Edílson. Por que lembrei? Porque nesta semana aqui no blog comentamos sobre a ausência de gols de falta pelo Imortal. Aí, benditamente, os deuses do futebol nos sacanearam, dando duas aulas de cobranças: Um petardo, outro colocado.
Voltando desta "viajada", Renato errou com quatro volantes e isso escancarou, quando Éverton ingressou, desentortando o time, que melhorou mais ainda com o ingresso de Fernandinho; o camaisa 21, praticamente, acertou tudo; até penalidade máxima não marcada, ele sofreu, além da falta que resultou no tento de alívio, também por dar assistência defensiva.
Desde o início, apesar de mal escalado, havia a impressão que o triunfo era certo. Ele começou a ser desenhado antes dos dez minutos. Muita maturidade no toque de bola, na serenidade do desarme, faltou apenas uma transição mais rápida e consequente do meio para o ataque. Faltou finalização.
Na etapa complementar, o jogo abriu e as chances apareceram, poderia ser três a zero, mas acho que ficou de bom tamanho o placar.
Individualmente, Marcelo Grohe fez sua melhor partida no Brasileirão, muito seguro e sereno nas saídas de bola.
A zaga perfeita, Edílson, sem ser Leonardo Moura, apresentou bom desempenho com o aditivo da cobrança perfeita da falta e um belo arremate no segundo tempo.
Pedro Geromel e Kannemann, impecáveis; aliás, eu fico imaginando os colegas Glaucio e Paulo Juliano que sei que não chegaram aos 30 ainda, daqui há algumas décadas falando para os netos: - Eu vi Pedro Geromel jogar. E os netinhos num misto de admiração e inveja (uma boa inveja) dos vovôs.
Michel errou uns passes que não costuma errar, mas se mostrou excelente nas roubadas de bola. Maicon, lento e dispersivo, está sem ritmo de jogo.
Arthur segue muito bem. Ele é uma das razões da excepcional campanha gremista.
Luan, decisivo. Recebeu a falta no primeiro gol, no segundo, ele mesmo meteu para as redes.
Deixei por último, os dois melhores em campo, Ramiro, o famoso motorzinho do time e Bruno Cortez, sensacional!!, especialmente, porque o Flu forçou muito pelo seu lado e ele foi perfeito. Se não bastasse, ainda teve fôlego para incomodar o lado direito carioca.
Tudo isso, sem Leonardo Moura, Bolaños e Lucas Barrios. É mole?
Geromel tem que ser proibido de envelhecer!
ResponderExcluirNo mais, bruxo, só um reparo: no gol de Luan, o goleiro deles de uma bela ajuda, a bola foi quase no meio do gol.
A comparação fica prejudicada, mas gostaria de comparar a outros grandes zagueiros que passaram pelo Grêmio; eu não vi melhor.
ExcluirPJ
ExcluirEu não vi melhor. Vi Airton no ocaso da carreira,67, depois no Cruzeiro, 70,71, pela Acafol de Cruz Alta, Áureo, Anchetta, Oberdan,Adilson, Mauro Galvão, talvez Gamarra, do Inter.
Contra o Fluminense, novamente, Renato comprova suas opções. Um detalhe interessante foi que contra o Vasco, com a escalação considerada ideal, o Grêmio também sofreu com a retranca e teve dificuldades. O que se concluiu é que, independente da escalação, o Grêmio continuará a ter dificuldades porque, junto com o Corinthians, é o time a ser batido.
ResponderExcluirBasta muitos estarem secando. Não precisamos de os próprios torcedores, grandes entendidos, criticarem o time só porque os “queridinhos” não jogaram.
Portanto, esse negócio de “entortar” o time para o “bruxo” jogar e outras similares não possui qualquer fundamento. Será que se fosse tão “bruxo” assim, seria substituído pela segunda vez seguida.
Palavras de Abel Braga, após a nova derrota: “... é difícil jogar contra o Grêmio, …, jogam com 4 volantes que sabem jogar, ...”.
“... .Pode ser que por característica, fique mais defensivo, que se ache isso, que tem mais a posse. Mas o posicionamento mais à frente, como atuei, no último jogo, faz com que a gente tenha a chegada à frente, não ficam os três volantes só defendendo. Renato me deu liberdade e pude chegar ao ataque e ajudar - opinou Arthur.”
http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/gremio/noticia/numeros-do-gremio-impressionam-e-sustentam-melhor-futebol-do-brasil.ghtml
http://blogdojuca.uol.com.br/2017/06/gremio-vence-com-absoluta-autoridade/
http://maurobeting.blogosfera.uol.com.br/2017/06/15/na-cola-do-lider-fluminense-0-x-2-gremio/
Ah, e um detalhe: esta “maturidade” na troca de passes e a “serenidade” no desarme se deve justamente aos 4 volantes (e continua sendo o melhor ataque, o que mais marcou gols como visitante, etc...).
Números e fatos comprovam e aprovam.
A muito tempo não vejo o Grêmio jogar com esta autoridade em campo.
Renato classificou o GRÊMIO para a libertadores com 3 zagueiros e 3 volantes( o Bayer faz isso direto) , 3-5-2 foi usado pelo Felipão e virou sinônimo de retranca , se fosse iniciado por qualquer outro treinador seria batizado de ofensivista.perfeito Arih, querer meu estilo de jogo em vez de gozar o momento é querer que todos aceitem o meu " bruxismo". Só respondam, como o cruzeiro ira treinar para nos enfrentar? E uma derrota lá é tão natural como água de fonte, então uma vitória será excelente, mas os torcedores de suas teses Sempre colocaram um mas,um se, e o jogo do Recife, bla-bla
ExcluirConcordo, Heraldo. Lembra do Tite e seu 3-5-2? Foi campeão da Copa do Brasil jogando ofensivamente.
ExcluirAcho que o Grêmio chutou apenas uma bola, a da falta no primeiro tempo (é apenas de memória).
ResponderExcluirCom a saída de Maicon e a entrada de mais um avante, o Grêmio ficou mais fortalecido e cresceu em relação a etapa inicial.
O Fluminense me pareceu mais desarrumado do que Vasco e Bahia, de qualquer maneira, não tira os méritos do Tricolor.
Além dos gols, teve um chute do luan, da meia lua, fraco, no meio do gol.
ExcluirNo segundo tempo teve um lance perigoso do Artur, em que Luan errou no rebote.
Muito pouco perto do que vinha fazendo.
Glaucio
ExcluirTambém achei; ontem, o grande mérito foi a solidez defensiva e a qualidade individual dos batedores. A produção ofensiva ficou aquém da desejada, veja que após a saída de Barrios, os gols foram marcados por Cortêz, Edílson e Luan, ou seja, em 3, 2 foram por defensores.
Todos de bola parada....
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