A Dosagem Correta
Certa vez, período da República do Café com Leite, o senador gaúcho Pinheiro Machado, eminência parda dos primórdios republicanos do Brasil, quando exerceu forte influência sobre Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca, se viu acuado dentro do palácio do Conde dos Arcos, quando a multidão queria "lhe passar o laço", deu ordem para o seu cocheiro tocar em frente. O cocheiro indeciso, perguntou como deveria conduzir o transporte; o gaúcho respondeu: "Nem tão devagar que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo". Talvez essa seja a sua frase mais célebre.
Pois o Tricolor hoje deve buscar o equilíbrio nas decisões que tomar quanto aos jogadores poupados e também, a tática a ser adotada neste confronto inusitado pela ampla vantagem que leva antes do primeiro trilar de apito.
A opção por preservar alguns atletas não deve alterar a forma da equipe atuar fora de seus domínios, isto é, não ficar atrás, apenas se defendendo ou praticando o anti-jogo, a famosa cera, que poderá, além de lhe provocar embaraços por não saber agir assim, inflar de coragem o adversário.
Da mesma forma, não deverá desconsiderar por completo, o exagero no esforço de buscar um triunfo a qualquer preço, visto que vai encarar um oponente direto na disputa pelos primeiros lugares no Brasileiro, no caso, o Santos no final de semana. Vale recordar, que está 4 a 0 para o Imortal.
Aliás, a equipe da Baixada Santista acaba de "se matar" em disputa recém finalizada pela Copa do Brasil, onde buscou até o período de acréscimos (inutilmente) a sua classificação na Copa do Brasil.
O jeito de enfrentar o Atlético Paranaense passa pela lição que Pinheiro Machado deixou num momento de sufoco: Nem tão apático que comprometa a classificação, nem tão "copeiro" que esfalfe (verbo antigo esse!!!) o time para encarar o Santos.
Até aula de língua portuguesa agora, esfalfar, mais um pra lista...quando vierem perguntar como estou, vou largar essa.
ResponderExcluirEsfalfar:Cansar por excesso de esforço.
ExcluirAcho que era isso que eu queria dizer mesmo no texto. Abraços.
Sem saber as reais condições de cada atleta eu irá com: Gore, Edilson, Bressan, Kannemann, M. Oliveira, Michel, Jailson, Machado, Fernandinho, Pedro Rocha e Everton
ResponderExcluirIria - Groe
ExcluirCarlos!
ResponderExcluirBressan me dá calafrios; acho que não dá para comprometer o meio de campo. Dois desses três citados por ti, no máximo. Era jogo para o Gata Fernandez se ele tivesse a fim.
Geromel anda sentindo desconforto, Bruno Rodrigo? Então sobra o Bressan.
ExcluirRamiro é Arthur precisam de um descanso pois correm o jogo todo.
Acho que o meu time não perderia.
Ontem pela copa do Brasil pelo olhar dos groenometro foram 11 frangos
ResponderExcluirHeraldo
ExcluirPelo olhar dos "Devotos de Grohe" até penalidade virou frango ontem.
Kkkk é só o grohe que leva frango em pênalti.kkkkk.devoção pro bem ou pro mal é devoção.kkk
ExcluirSe teve gol com goleiro escolhendo canto ou com bola cruzando a pequena área...
Excluirgoleiro de braço curto lembro que teve (o do Palmeiras)
Vi apenas um gol de ontem: Bruno Henrique no ângulo. Nem Manga pegava.
ExcluirGolaço mesmo!
ExcluirTenho dito que esta Copa do Brasil 2017 é a mais difícil da história.
ResponderExcluirVejamos:
-entraram em campo nesta fase de oitavas de final, que se encerra hoje, só clubes que já foram finalistas da própria Copa; 32 títulos de Campeão Brasileiro; 17 títulos de Campeão da Copa do Brasil (sendo 7 títulos invictos); 10 títulos de Campeão da Libertadores da América; e, 4 títulos de Campeões Mundias de Futebol.
-o único que não está num bom momento é o Atlético-PR, que vinha bem e caiu de produção. Todos possuem muita tradição e são perigosos como adversários;
-temos, portanto, um Campeonato Brasileiro e uma Libertadores dentro da Copa do Brasil, com clubes de ponta.
Independentemente de quem vença, o título estará em boas mãos.
Vamos torcer, mas o Cruzeiro não deseja deixar o Grêmio se distanciar em quantidade de títulos e é a sua única chance este ano (a não ser a Primeira Liga). Virá “mordido” (principalmente por 2016) e com “sangue nos olhos”. O Botafogo ainda tem a Libertadores e o Flamengo ainda disputa a Sul Americana. Portanto, a Copa do Brasil, com exceção da Libertadores, é o único título de maior relevância. No Campeonato Brasileiro somente Grêmio e Flamengo possuem alguma chance, se contarem com o fator sorte.
Vamos jogar três partidas contra o Cruzeiro, além do brasileirão. Dependendo dos resultados nas demais competições, poderemos jogar mais quatro contra o Botafogo, além do brasileirão.
Haja rivalidade!
E a imprensa põe mais pimenta nomeando Renato o “Rei do Rio” por ter vencido todos os cariocas neste ano. Será que continuará com o título?
Arih
ExcluirO Cruzeiro vai vir com tudo, mas o Tricolor hoje é o melhor do Brasil; pode não confirmar, pois é mata-mata, aí uma jornada infeliz como foi o caso do Furacão e as chances vão por água abaixo.
Camisas e títulos são folclores. Libertadores, fora a grife, não é mais difícil que copa do Brasil, é só ver os cruzamentos. Já escrevi que LA começa nas quartas e CoBra nas semifinais rotineiramente, há anos, só se cai antes por tropeço. Para o Grêmio é assim este ano com essa naba do Atlético-PR, mas para Palmeiras, Cruzeiro, Santos e Flamengo começou nas quartas. Seja como for, são papinhas perto do Brasileirão, um campeonato que desde 1959 o Grêmio só venceu dois e digo mais: se o Grêmio tivesse o mesmo número de participações em Libertadores (com essa atual dificuldade, "civilizada") e Copa do Brasil teria umas 5 Libertadores também.
ExcluirA grife rende muita comoção, digo que a grife do River Plate não pegaria G6 no Brasileirão. A copa do brasil (assim como a copa sulamericana, que o Grêmio não tem) é a guloseima infantil que o Grêmio come e perde apetite das refeições prioritárias - para gremistas que tem a ambições de acordo com a que o Grêmio tem ou deveria ter como um top da América: Brasileirão, Libertadores e Mundial, essa trinca tem o tamanho que o Grêmio deve ter. É com esses três títulos, e só eles, que se enterra a década trágica passada de vez.
Copa do Brasil mais dificil para quem? Para o Grêmio só tem duas fases, Cruzeiro e um carioca na final e fim de papo. Se é por folclore, grifes e passado, pode-se citar o Grêmio em 2001 que eliminou Fluminense, SPFC e Corinthians, em 1997 eliminou a dupla global Corinthians e Flamengo. Em 1995 perdeu do Corinthians no QUARTO confronto duro seguido (paralelo à LA) depois de eliminar Palmeiras, SPFC e Flamengo! O Cruzeiro venceu em 1996 eliminando Vasco, Corinthians, Flamengo e Palmeiras, o inter eliminou em 1992 Corinthians, Grêmio, Palmeiras e Fluminense. E por aí vai, só peguei os exemplos de cabeça. é possível que se encontre outro(s) quarteto(s) e talvez quintetos de adversários duros e tradicionais numa só edição, não é o caso deste ano.
Rodrigo
ExcluirÉ a mais difícil, porque Botafogo e Cruzeiro estão querendo, aliás, o Botafogo incrivelmente, pode até poupar na LA pela rivalidade regional, você imagina o Grêmio relevando a plano secundário um Grenal pela Copa do Brasil, mesmo jogando a LA ao mesmo tempo? A rivalidade não deixa.
O Cruzeiro quer porque só sobrou a CB para eles + o aditivo de poder igualar o número de títulos do Imortal.
É a mais difícil para os demais adversários do Grêmio, porque o Tricolor exibe um futebol competitivo e vistoso, o mais bonito do Brasil;para o meu gosto pessoal, necessita apenas de um ajuste, "apenas", mas essencial.
Deve ter algo de muito errado com esse Bruno Rodrigo.
ResponderExcluirPJ
ResponderExcluirTambém não compreendo. O cara foi destaque na Lusa, Santos e em boa parte do Cruzeiro. Se era para ficar atrás do Bressan na "linha sucessória" de zagueiros, então é muito caro.
E a imprensa o que diz desse "escanteiamento" de Bruno Rodrigo? Uma das coisas que me afastaram do pós-jogo das radios é o mundo de perguntinhas papai-mamãe, é a falta de coragem de fazer essas perguntas na lata, perguntas que se causarem desconforto colocam os churrascos e a boca livre em risco e podem até acabar o acesso como setorista.
ExcluirRealmente, quem é mais antigo sente falta das perguntas "cabeludas" dos autênticos repórteres, hoje é "papai-mamãe". Só quando o objetivo é derrubar o treinador, aí eles com tudo, senão é isso.
ExcluirÉ um bom time esse do Carlos, de Gaston larguei, Thyere é uma naba tão lamentável quanto Bressan. Os dois não existem. O Grêmio só tem um zagueiro titular, Geromel, e um reserva, Kannemann. Se não este ano para o ano que vem deve buscar não um "bom reserva" mas um titular e tornar Kannemann um bom reserva. Contratação de reservas, "para grupo" (com se diz num eufemismo) é como jogar para empatar: perde. Deve-se sempre buscar titulares para sair alguma coisa boa para o time.
ResponderExcluirMas discordo num ponto: Maicon deveria jogar. Seria burrice o treineiro não escalar Maicon nesse amistoso. Se para o desfalque de qualquer atacante entra Maicon, se para o desfalque de um lateral entra entra Maicon, se para o desfalque de Grohe entra entra Maicon, se para o desfalque de gandula entra entra Maicon - e sempre já com a braçadeira de capitão! - então que ao menos se dê o famoso "ritmo de jogo" para esse bruxo dele ser menos lerdo.
Seja como for, contra o Santos, ou qualquer outro forte ou pequeno retrancado não ganhará com 4 volantes no meio, e de melhor time do Brasil: ágil e marcador e agressivo que complica o adversário até para sairem do próprio campo, que contorna com sobras a falta de articulador (figura do passado, digo sempre, os neurônios devem se espalhar entre meio e ataque hoje em dia) passa a ser um time burocrático rothiano, 4 volantes é a revisitação do time retrancado fracassado de 2013. Com 4 no meio não podem ser todos volantes, mas o Grêmio só tem volantes, ainda que qualificados, Michel/Maicon, Arthur e Ramiro, três, nem um a mais nem um a menos. Com 4 volantes demora a tomar a bola por falta de agilidade, e isso leva o adversário para a frente, com o Grêmio recuando e tendo que partir do sua meta para o ataque, tendo que cruzar o campo.
Quatro volantes é uma aberração onde Renato Bieber, sob gritos eufóricos da tietagem, com camisas com a cara do ídolo na camisa, joga fora o melhor time do Grêmio, que as lesões moldaram (ou o Grêmio jamais usaria 4-3-3), sempre visto como algo faceiro em terras retranqueiras - ainda que sejam 3 meias com origem de volantes e 2 dos 3 atacantes sejam muito movediços, não pontas fixos de décadas passadas.
Só uma coisa nos salva do meio com 4 volantes: a falta de desfalque no ataque (ou uma nova lesão de Maicon!) O Grêmio não tem reservas para a zaga, mas a perda de um atacante, por não ser substituído por outro, ferra mais o time, porque ferra taticamente. Everton já provou (por exemplo, contra Chapecoense, Ponte e principalmente Cruzeiro, por ter jogado a partida inteira em Minas enlouquecendo a zaga mineira e o Fábio) que é excelente substituto para Barrios quando o time joga alto, colocando o cebolinha na área, mas o treineiro, a metros dele, o vendo cabecear, driblar pegar rebotes, chutar com os dois pés, com gás para o jogo todo, ainda pensa nele como jogador de um tempo só!
O Santos se desgastou, vamos ver se o Grêmio, que é o único a descansar (sim, descansar) na semana, vai choramingar peso de calendário. Repito: São Paulo, Atlético-PR, Santos e Atlético-GO = São Paulo e Santos, 4 jogos que são 2, os atléticos não contam, não geram desgaste, e o Grêmio deveria poupar meio time se os paranaenses jogarem a toalha com os reservas pensando em se poupar para a luta contra o rebaixamento, sei que vão ter vários desfalques, seis pelo menos, por outros motivos, ou por poupar mesmo.
É jogo para não se desgastar, quem espirrar deve ser poupado, é jogo para dar ritmo de jogo para o bruxo lerdo dele para quem sabe tomar a vaga de Michel (é um ou outro,não os dois), e não ser poupado como se fosse um grande trunfo quando na verdade é um fardo que deveria ser recondicionado para batalhar (e não ganhar necessariamente) vaga no time em 2018.
Tinha esquecido o Maicon, coloca ele no ligado Machado.
ExcluirCarlos
ExcluirAcho que fica mais experiente e equilibrado com ele.
Che, depois de "velho" revi a maioria dos jogos da libertadores 95, e Rivarola não me pareceu melhor do que Kannemann,
ExcluirGlaucio, Adilson sairia no fim de 1995, mas houve um rolo com o Olympique de Marselha e Adilson ficou mais um ano no Grêmio. O Grêmio já tinha substituto: Mauro Galvão. Resultado Adilson e Galvão? Não Adilson e Rivarola e Galvão, o melhor dos três, no banco. Isso foi absurdo. Felipão preferiu a continuidade. Rivarola era bom ao lado de bons: Adilson, Galvão, Gamarra na seleção, mas caia muito ao lado de limitados como Luciano, outro reserva da época. Kannemann vai nessa linha na minha opinião. Se Geromel não joga complica muito contra bons ataques.
ExcluirMetendo o meu pitaco: É incompreensível (se verdadeira) a ausência do Maicon. Não tem porque preservar um reserva.
ResponderExcluirSobre volantes; em tese, eles são defensores, mas no caso do Grêmio é um exagero classificar Maicon, Ramiro e Arthur como volantes. Eles são meias que sabem defender, a origem pode ser. Falcão era de origem volante, mas quem arrisca dizer que não armava e concluía, também?
Você tocou num dos segredos já desvendados do tricolor. O Grêmio não possui meias (autênticos), mas volantes que sabem jogar. Abel Braga já cantou pros quatro ventos esta diferença. Poucos no futebol brasileiro possuem quatro volantes que sabem chegar à frente, trocando passes, concluindo, etc... .
ExcluirQuanto a utilizar alguns "reservas", tendo em vista a diferença, não vejo problemas. Maicon não é reserva. É um dos "décimo segundo" jogadores. Bruno Rodrigo está com uma lesão. Gostaria de vê-lo. Jogou bem no Cruzeiro.
O Grêmio não pode se descuidar. O Santos "quase" reverteu a vantagem do Flamengo.
Quanto ao restante, só enxerga quem quer. Quem não quer, fazer o quê? Resta a lástima de percebermos estarem muito abaixo de qualquer compreensão sobre o assunto (isso se não possuir interesses escusos no tópico).
Bruxo, 4 Falcões seria ótimo. Melhor ainda seria tirar um deles e colocar um Jair ou Mario Sérgio ou Carpegiane, que acha? Eu acho que Geromel tem talento para ser volante, mas não me serve 4 Geromels no meio, eu acho Arthur fantástico, mas não me serve no ataque, etc. Eu vejo que os volantes do Grêmio tem qualidade, Maicon com ritmo de jogo melhoraria o Grêmio, tem um passe longo qualificado como nenhum outro tem. Falta aquele passe longo "alemão" no Grêmio: rasteiro, longo, rápido e certeiro, "aparando a grama" e dominado pelo companheiro imediatamente. Maicon se aproxima disso. Os outros levantam a bola, com medo desta ser interceptada, mas que dificulta domínio do companheiro, isso quando não vai para fora, alta demais e até por isso o time deve se aproximar e trocar passes curtos. Mas que Maicon entrasse ainda formando trio: substituindo Michel. Mas o calendário não dá ao Grêmio o luxo de esperar Maicon ganhar ritmo de jogo. Melhorou seu ritmo contra o São Paulo ao custo de dois pontos. Se para de se machucar pode ser reforço ano que vem, é o que estou achando.
ExcluirAlgo mais, Bruxo. Eu gosto de ter meias com origem na volância porque eles reduzem a necessidade, em número, de gente no meio campo porque são três que conhecem marcação e o articulador não faz falta, dada a agressividade do time com três atacantes e marcação alta e meias que sabem jogar, isso tudo, numa rápida troca de passes, abre defesas. Não se tem problemas defensivos e libera um ataque mais agressivo com três caras, que é o atual ataque. Hoje em dia velocidade é mais importante que criatividade, é claro que é preciso talento: fundamento bom para se dominar rapidamente a bola, para um passe de primeira qualificado, etc, a velocidade depende de bons fundamentos técnicos, talento sempre será necessário. Mas quando se tem 4 meias, um deles deve ser meia nato, articulador nato, habilidade e criatividade diferenciada. Porque 4 volantes, ainda que a qualidade esteja presente, ainda que estejam todos com ritmo de jogo, deixa o todo mais pesado, e nenhum vai ter aquele talento a que me referi ao citar no outro comentário Jair, Mario e Carpegiane. Um volante bom pode ser meia mas aí a ser articulador o furo é mais embaixo. Nem Falcão era articulador, o compare com os meias articuladores da época, companheiros ou não de Falcão; um Zico, por exemplo, fazia melhor o trabalho criativo.
ExcluirImagine que eu esteja no adversário, no campo de defesa, com a bola, contra o Grêmio num 4-3-3. O Grêmio cola nos meus companheiros, eles correm mas o Grêmio, leve e movediço, gruda neles rápido demais... que faço? Rifo a bola, passo e erro, tomando um "recontrataque" com meias do Grêmio chegando junto com os atacantes (lembram daquele 4 a 1 de jogadores do Grêmio contra o Cruzeiro no primeiro tempo no 3x3? pois é), isso porque os meias gremistas ainda não teriam descido à defesa pelo meu aprisionamento no meu campo que parou meu time todo. Ou, sem saber o que fazer com a bola eu desisto e a recuo para o goleiro dar um balão. A minha situação seria muito complicada. Isso ocorre porque meus companheiros ficam muito pouco tempo desmarcados, ainda que se movimentem muito.
Mas com um Grêmio num 4-4-2, com meio técnico mas mais pesado e lento, sem muitos atacantes ágeis correndo de um lado a outro, o tempo do meu colega desmarcado sobe o suficiente para que eu passe a ele e acerte o passe antes da recomposição defensiva, e o time segue adiante, nem que com dois toques para frente para cada um para trás. E demorando mais com a bola e evoluindo, coloco o Grêmio aos poucos na defesa e só vou encontrar bloqueio duro próximo à grande área. Se o Grêmio retomar a bola levará mais tempo para chegarem a minha meta. Os atacantes podem chegar rápido mas os meias vão levar alguns segundos preciosos, suficientes para que meu time se recomponha defensivamente. Muito melhor que perder a bola no meio campo, com o Grêmio tendo só metade do campo para chegar na minha área e no meu goleiro com vários jogadores, incluindo laterais e meias.
De certa forma isso lembra Michael Jordan: todos lembram de assistências e cestas sensacionais, mas nem todos reparavam que ele era o maior ladrão de bolas em quadra quase sempre, genial defensor também. Em todo esporte de contato vale mais posicionamento e agilidade em se reposicionar de acordo com a movimentação do adversário, coisas que não envolvem músculos, mas cérebro.
Rodrigo
ExcluirUma coisa é certa; nós todos no blog, estamos discutindo um Grêmio muito melhor do que um tempo recente, nem vou falar de alguns anos. Isso não tem preço; estamos discutindo/tratando do acabamento do time. Algo impensável.
E o mais interessante é ver um desconhecido, o tal de Michel nos fazer esquecer de um campeão olímpico, Walace e um craque surgido nos juniores, Arthur.
Há pouco tempo, nós sonhávamos com Musto do Rosário Central.
É um grande progresso; não te parece?
Que fique bem claro: não é um discurso conformista este comentário. Está aqui alguém que queria Grohe, Marcelo Oliveira e Maicon, substituídos por gente melhor. Falta pouco.
Arih
ResponderExcluirEu aprendi essa história de volantes com características diferentes na década de 70: Chicão, Orcina eram volantões, denominados "brucutus" por Evaristo de Macedo, já Caçapava, Falcão, Batista, Fernando Redondo, Dinho eram técnicos, inclusive o citado Caçapava que errava poucos passes.
Bruno Rodrigo está lesionado, mas mesmo quando em condições, ele não foi aproveitado. Mais um mistério gremista.
Caçapava sendo possuidor de técnica? Naquele time qualquer mediano jogava como sendo possuidor de muita técnica (tipo Zé Alcino no time do Felipão). Já Dinho é um exemplo típico do que é a imprensa bairrista do centro do país. Quando foi campeão mundial com o São Paulo, era ovacionado como um dos principais do time, um xerifão. Bastou chegar no Grêmio e virou o maior "batedor" do futebol brasileiro. Opiniões diferentes para clubes de interesse. Dinho realmente não perdia muito a viagem, mas não era assim tão "brucutu". Poucos viam ou por falta de melhor observação, indução ou por interesses que também tinha técnica (não muito apurada, mas tinha). Muito superior a um dos nomes que citastes: Chicão (tão aplaudido em sampa).
ExcluirArih
ExcluirCaçapava pelo sua avantajada condição física, embora o porte médio, era confundido como sendo um jogador tosco, mas raramente errava passes, passes curtos e médios.
Realmente, Dinho veio para cá e a imprensa do eixo central do Brasil mudou o conceito sobre ele.