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terça-feira, 4 de julho de 2017

Opinião



Vitória em Noite Glacial

O Tricolor conquistou uma vantagem quase que definitiva em Mendoza numa noite gélida e chuvosa.

Ainda que o Godoy Cruz não seja um time forte, a atuação do Grêmio foi convincente e ficou um gostinho de que poderia ter sido liquidada a fatura hoje mesmo. Nos vinte minutos finais, já modificado em três posições, a equipe gaúcha cedeu demais o campo para os locatários; também, não soube "matar" a partida em estocadas. Éverton errou demais as "puxadas" de contra-ataque, chutou quando deveria passar para Cortez, segurou a bola em ações indevidas; enfim, dava para sair com um 2 a 0.

O time argentino bateu e aí apareceu a boa atuação do juiz, que se impôs, igualmente, o Grêmio não se intimidou, nem caiu na armadilha de revidar.

O gol aos quarenta segundos anotado por Ramiro, consequência de uma jogada bem concatenada, seja na casquinha de Barrios, seja na esperteza e velocidade de Pedro Rocha, que culminou com o arremate do camisa 17 mudou a configuração inicial que era a de uma previsível pressão.

Individualmente, Edílson mostrou que se adapta bem ao gramado molhado e jogo "pegado"; botou uma bola no travessão, a zaga foi o ponto alto, Kannemann e Pedro Geromel, nessa ordem; o argentino também gosta do contato, do arrojo, do embate. Bruno Cortez foi muito bem.

Michel e Arthur são dois grandes achados do treinador, que aliás, já encontrara lugar para Ramiro; são três volantes técnicos que facilitam o trabalho de Luan e Pedro Rocha. Na frente, Barrios apresentou uma faceta menos conhecida de sua biografia: O preparo da jogada, o passe, a escorada para os que vem do meio, no entanto, faltou mais abastecimento para ele.

Dos três que entraram, Fernandinho usou sua experiência para segurar o ímpeto do adversário, Éverton não repetiu Pedro Rocha e Jaílson fechou a bola aérea, único recurso do time argentino. No geral, as trocas fizeram o Grêmio cair de produção. Natural.

Deixo por último a análise da partida impecável que realizou Marcelo Grohe; o goleiro fez três grandes defesas, uma na primeira etapa. Se nesta, ele fez um movimento estranho caindo antes do arremate, defendendo com o pé, as duas da etapa complementar foram exemplares; numa, ele teve o tirocínio de tirar com o pé na pequena área. Uma ação diferente e o atacante chegaria antes. A terceira, uma cabeçada forte no ângulo, ele espalmou para escanteio, garantindo o zero do placar. 

Grohe foi o grande nome gremista numa noite em que o Tricolor teve grandes destaques.

39 comentários:

  1. Apesar dos secadores (que compraram camisetas do Godoy Cruz para torcerem, apesar dos revoltados (sabe-se lá com o que; talvez, com seus reais clubes sofríveis que perambulam por aí); apesar dos invejosos (que desejam provar por A mais B que são os maiores, mesmo sendo medíocres), passamos pelo teste de fogo.
    Mas o jogo é de 180 minutos. Portanto, muita calma nesta hora.
    Falar mais o que?
    Já havia descrito como seria antes, bem antes.
    Bateram, bateram e muito. Já sabíamos. Só não bateram mais porque a vergonha, talvez, tenha tomado conta.
    Gramado ruim, molhado.
    Grohe? Bem, deixo pra vocês falarem de Grohe.

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    1. Se o Grohe fosse sempre assim, não haveria restrições quanto a sua titularidade.

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  2. Grohe crescendo na hora decisiva? É isso? Negócio é torcer pra repetir Danrlei.

    No mais, cara, que Grêmio é esse !? Fazia tempo não via o Grêmio jogar libertadores como libertadores, as vezes, precisa ser jogada.

    Tô tapado de vacina, mas aos poucos começando a confiar de novo no time e em Renato. Como não ganho dinheiro pra acertar previsão, só curto o momento do time, bamo que bamo.

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    1. Você está totalmente certo Glaucio. Aproveite o momento, mesmo porque não possuímos bola de cristal. Amanhã é outro dia. Step by step!

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    2. O Grêmio foi ousado hoje, bem diferente de 2012 ou 2016, quando foi uma pálida sombra do verdadeiro Tricolor.

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    3. Bruxo, e olhe que o Grêmio tem um time mais leve, sem ranger de dentes, carrinhos, gritos, grama na cara ao fim do jogo, porrada, balões, etc - que muitos gremistas adoram e vão pedir de volta, se este atual entrar em crise (ocorreu isso na crise do time de Tite, por exemplo), chamando o time atual de "acariocado". Futebol é a arte do posicionamento, passe e harmonia coletiva hoje em dia, muito mais do que já foi em qualquer tempo passado.

      Do Glaucio: "Grohe crescendo na hora decisiva? É isso? Negócio é torcer pra repetir Danrlei".
      Vi Danrlei desde 1993... ele não crescia nas decisões, porque o nivel dele era sempre alto. Só Dida se comparava a ele nos anos 1990. A melhor atuação que vi dele foi num jogo de Supercopa, contra o Racing em 1994 na Argentina, primeira fase. Idade? 20 anos. 20! O Grêmio empatara a primeira em casa e tomou uma pressão inacreditável lá. Danrlei "se multiplicou" em três. E o Grêmio acabou vencendo num raro contrataque com um gol do então reserva Arilson. Depois, o Grêmio enfrentou o fortíssimo time do Independiente de Islas Usuriaga, Gustavo López, Rambert, etc; futuro campeão, que goleou de 4x0 brincando tanto Santos como Cruzeiro; o Grêmio perdeu as duas, mas no agregado não tomou levou uma sacola por causa de Danrlei. Era o melhor time do Independiente desde o de 1984 que bateu o Grêmio dando um totó no Olimpico. A fama de que crescer em decisões veio no fim da carreira dele, depois até da outra fama: de crescer em Grenais. Aliás eu diria que a segunda maior atuação dele foi num Grenal no Olimpico no Brasileirão de 2003, com o Grêmio já fragilizado rumando a uma campanha pífia: 0x0 foi o jogo que poderia ser sem injustiça 3 ou 4 a zero pro inter, o Grêmio mal saiu do seu campo, nem no 2x5 de 1997 foi assim. No segundo turno, um dos Grenais mais nervosos que vi: o 1x0 no Beira Rio com gol de Christian, onde o Grêmio do Adilson decidia, praticamente, a fuga ou não do rebaixamento e o Inter do Muricy brigava lá no alto da tabela. Tremendo show do Gilberto, o melhor lateral esquerdo/meia que passou no futebol gaúcho no século.

      Falando em Independiente de 1984 (base: Goyén; Clausen, Villaverde, Trossero e Alberto Enrique; Giusti, Bochini, Marangoni e Burruchaga; Buffarini e Barberón), dos 4 meias, todos jogaram em 1986 na copa do mundo vencida no México, 3 deles como titulares - só Bochini não foi titular, o tecnicamente melhor destes 4, mas que em 1986 já era bem veterano e ficou na reserva; jogou naqueles times do Independiente vencedores do início dos anos 1970 e era um dos ídolos de Maradona na época. Volante pifador, é mole? Perfeito tempo de segurar e soltar a bola. E que, num lance desses, corriqueiro seu, pifou Burruchaga no Olimpico...

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    4. Rodrigo
      O time vem numa "dosagem" certa; não se intimidou, nem caiu na armadilha do revide. Foi muito inteligente; uma expulsão gremista ontem e casa poderia cair.
      Este time do Independiente era muito bom e Bochini jogava demais.
      Grande lembrança; acho que foi o último grande time dos Diablos de Avellaneda.

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    5. Bacana ler isso, Rodrigo. Obrigado. Como eu era muito criança no início da carreira do Danrlei, esses detalhas passavam, e fica na mente aquilo que se ouvia.

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  3. Uma pena que bem esse ano a LA vai terminar em novembro/Dezembro, se as finais fossem agora não tinha pra ninguém.

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    1. Esse é um detalhe importante que poderá modificar radicalmente o destino da Libertadores; isto é, como estarão Grêmio, Palmeiras e cia. daqui há 4 meses?

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    2. Esta é a grande questão, Bruxo. Sabemos que o tricolor precisa vender para se equilibrar. Palmeiras, com a torneira da patrocinadora, não terá este problema.
      Muito chão. Vamos ver até onde chega.

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    3. Realmente Carlos. Concordo que se o calendário fosse diferente haveria possibilidades. Ao contrário do que alguns falaram, o calendário de 2017 é o pior de todos já vistos. Usaram até como exemplo o Inter de 2006. Nada contra o Inter e seus torcedores, mas o calendário de 2006 até ajudou. O único choque de datas que houve foi da décima sétima rodada que foi transferida para mais de um mês depois porque haviam datas disponíveis. Neste de 2017 até para encontrar datas disponíveis é um exercício de xadrez. Lembrando que em 2006 o Inter não disputava a Copa do Brasil porque não se classificou e não existia a Primeira Liga. Bem mais fácil jogar assim (mesmo que houvesse alguns contratempos, foram plenamente administráveis).

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    4. Choque de datas não é choque de competições. Que se coloque os infantis no choque de datas, que o todo não é prejudicado. Inter: Não jogou a Copa do Brasil em 2006 porque os times da Libertadores ficavam de fora. Ainda assim, não seriam obrigados a engordar a maratona, e certamente muitos colorados se a jogassem a desprezariam pelo trio de ouro: Brasileirão, Libertadores e Mundial. Observe que já desprezaram sem maratona: anos depois, 2014, colocaram reservas e foram eliminados da copinha do Brasil e logo depois da sulamericana por Bahia e Ceará, e olhe que tudo que tinham era o Brasileirão e "taça da vaga" (o ano do Garnizé e seu binóculo, mordido pelo 4x1 no Grenal.)

      Mais: o Palmeiras, ano passado, em semifinais e desnecessariamente, colocou reservas contra o Grêmio e caiu fora. Os palmeirenses chamaram a atenção, descontentes, para o fato de que só tinham duas competições, e como vimos no fim do Brasileirão, com toda a vantagem verde, podiam mais que colocar reservas em casa.

      Não quero tudo, quero só as duas maiores (o resto é bem vindo como brinde), e sempre digo: Só para Brasileirão e Libertadores o Grêmio não terá time TODO ANO para ganhar. Talvez seja a última chance na década de ganhar Brasileirão, segunda década completa sem o maior título nacional, 2 títulos desde 1959 é quase nada. Vou comemorar que o Grêmio é o time que mais disputou o Brasileirão? Não comemoro participações nem em Libertadores.

      Mas o Grêmio está nas semifinais da Copa do Brasil, cruzou a linha limítrofe onde até então poderia colocar os mirins, agora terá clássicos e rivalidade seja contra Cruzeiro ou Palmeiras, e apoiarei titulares, como apoio titulares em Grenais no ruralito (que desprezo como "competição"). A rivalidade às vezes está acima da competição. Mas são só quatro jogos e se pode matar o título em dois jogos, como ano passado.

      Mas até as semifinais da Copa do Brasil e das quartas de final da Libertadores dá para fazer gordura no Brasileirão, tanto é o tempo entre um jogo e outro nas copas. Grêmio Palmeiras e Flamengo vão alcançar o Corinthians, que tem cara de Grêmio/2008, que até pontuava mais no primeiro turno.

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  4. Vai depender da venda; acho que será Pedro Rocha. É o mais "europeu" do jovens. Arthur deveria ser preservado, mas ...

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    1. As duas piores perdas para o Grêmio São Pedro Rocha e Ramiro, dois jogadores que se multiplicam em campo e sem reservas semelhantes. Luan e Arthur até podem ser substituídos por Bolanõs e Maicon se esses resolverem sair do DM e jogar futebol.

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    2. Acho que Luan já está vendido Bruxo.
      Bolzan falou em um ou dois, mas acredito que as negociações deverão prever a entrega só no fim do ano.

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    3. Carlos
      Tu levantaste uma questão importantíssima: A multiplicidade de funções de certos jogadores; além destes citados, incluiria Ramiro. Organizados taticamente,esses jogadores fazem uma diferença tremenda num time, vide Tinga no Grêmio e no Coirmão.

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    4. PJ
      Se não tem como segurar; que seja o Luan pela grana e pelo espaço que pode abrir para o Bolaños.

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    5. Bolanos, se chegar proposta, acho que vai. Me parece que tem certas questões que envolvem o equatoriano, acredito que esse Arroyo, além da bola parada, tenha vindo pra ser uma "babá".

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    6. Explica melhor essa história aí PJ.

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    7. Cara, perceberam o tempo que ele ficou fora? Essas lesões repetidas misteriosas? Tem caroço nesse angú...

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  5. Como disse o Arih, são 180 minutos, mas arrisco dizer que passamos.
    Os caras batem - muito - mas futebol mesmo, é bem pequenininho...

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  6. Concordo; pela bola apresentada ontem, o Grêmio é favoritaço para as quartas-de-final.

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  7. Ah, vocês viram o jogo River e Guarany? Pauleira do início ao fim. Libertadores com a verdadeira face argentina: porrada, mais porrada, futebol (de menos). Não esquecendo que quase todo o time do River anda "bolado" (a la Maradona ou não, mas bolado). O Atlético Mineiro que arregale os óio!

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    1. Arih
      Por isso, eu até relevei a penalidade máxima em cima do Pedro Rocha; o juiz peruano segurou a violência argentina, além do que o nosso time não se encolheu, foi muito inteligente ao não reagir e ainda saiu para o jogo. Maturidade.

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    2. Realmente Bruxo. Mas eles iniciaram a série "porrada" justamente pra que houvesse o revide, perdêssemos a cabeça. Certamente haveria expulsos do nosso lado e não no deles. No segundo tempo mudariam o placar com superioridade numérica. Quanto ao penal sobre Pedro Rocha, o PR estava impedido antes do penalte. Portanto não considero esta.

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    3. Aí o grande mérito do Grêmio, para nós, Arih, que acompanhamos a carreira de Renato dentro das quatro linhas, temos uma certeza, ontem, ele seria expulso se jogasse. Quanta mudança.

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  8. Não considero o Grêmio "favoritaço" por vários motivos. Vamos nos ater somente no resultado. Ganhar de um não dá garantias. Quanto ao tamanho do adversário, bem, basta lembrar que o Botafogo pensou que iria "patrolar" o Juventude. Ficou na saudade e chora até hoje .

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  9. Atuação modesta, começou boa e foi desandando a uma retranca pura e simples. Gramado nem ficou tão embarrado quanto o de Chapecó, mas parecia mais escorregadio. O Grêmio busca a troca de passes rápida, curta e certeira, não raro usando toques de primeira, e às vezes um simples biquinho na bola; esses lances sutis se perdem facilmente com grama e bola molhada, isso exige mais tempo com a bola no pé antes de a soltar. Como um carro na chuva: pista escorregadia não atrapalha a velocidade mas as alterações de velocidade. O Grêmio faz muitas corridas curtas, tipicamente trocando de posições e partido para o ataque do meio campo, times mais fracos ou desorganizados usualmente correm menos vezes por mais tempo, tipicamente numa tentativa de contra ataque de uma meta a outra. Quanto mais corridas, ainda que curtas, mais se tem o suplício de patinar, no começo, na grama molhada. O godoycruz tem correria e fôlego, a marcação forte também atrapalha a troca de passes, é como ter mais bobos numa roda de bobo, sem a chuva eles seriam melhor envolvidos. O Grêmio comumente absorve bem times que tentam atacá-lo ou marcar forte com muitos jogadores (e isso ficou mais claro no primeiro tempo quando o Grêmio subiu mais) porque em geral o Grêmio tem mais harmonia em juntar marcação e ataque com bom número de jogadores, ainda que no campo adversário, porque, entre outros motivos, faz isso há mais tempo, questão de repetição de trabalho simplesmente. "Vamo que vamo" não funciona contra o Grêmio nas "CNTP".

    Mas tanto a defesa do Grêmio quanto o seu ataque começam pela posse de bola firme, e isso foi complicado naquele campo "ensaboado". Sem a posse de bola firme o Grêmio teve dificuldade de se manter no campo de ataque; quando chegou encontrou espaços generosos, e com bom número de jogadores. O Grêmio ficou naquela coisa que nos dá uma expectativa à qual estamos acostumados quando o Grêmio cerca a grande área adversária: a qualquer momento um cara correrá da marcação e receberá dentro da área para meter na rede... mas aí acontecia, ontem, um passe errado, uma bola que escorregava por baixo do pé tendo que ser recontrolada perdendo-se tempo, espaços abriam e não eram aproveitados, e estes se fechavam logo depois. Com grama e bola seca a coisa ficaria bem feia para esse time argentino.

    Com o tempo, essas dificuldades da chuva, do campo molhado, permitiram chegadas perigosas do godoycruz, na força, na correria, na rifada para a área, e o Grêmio os viu criar algumas "chances de gol", pouco claras e pouco perigosas, é verdade, e ainda por cima com jogadores de baixo talento para concluir ou driblar. Com o tempo também, na segunda etapa, o Grêmio começou a se acomodar e caiu na tentação de, dadas as dificuldades de segurar a bola ensaboada na frente (e o desgaste muscular de correr num campo com pouca aderência), jogar no erro do adversário posicionado atrás, trocar muitas corridas curtas por menos corridas longas, o que dificilmente o Grêmio faz bem, e protege pior o resultado assim. E com o passar do segundo tempo ficaram os dois times a trocar balões, passes longos sem precisão, disputas físicas, contato, jogo ríspido, essa não é a praia do Grêmio. O Grêmio, que às vezes parece ter vergonha de meter balão quando é preciso aqui e ali, exagerou neles ontem.

    Barrios e Rocha seguravam a bola, quando saíram o Grêmio, que já estava caindo, despencou para o seu campo. Porque Luan não jogou nada, Arthur saiu (mas sem lá muita inspiração segura melhor a bola que os que ficaram em campo), Everton não segura posse de bola, não funciona quando o time não tem quem o acione, não é acionador, mas jogador a ser acionado. E Fernandinho protege a bola no drible e força, mas isso é pouco comparado à posse de bola coletiva. E ainda o meio não subiu sem a coordenação de Luan, o que era preciso e faltou (ainda mais sem Arthur.) O meio campo gremista viu a bola passar pelo alto nos balões e pelo lado nas espichadas em busca do contra ataque. E o jogo foi me dando sono simplesmente.

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    1. Rodrigo
      Talvez a partida mais fraca de Arthur nos profissionais, mas foi importante o "batismo" dele neste time de jogo, gramado, clima, etc... Vale lembrar que foi nos Andes.
      O cansaço de PR e Barrios realmente afetou o rendimento, mas eu acho que o Grêmio controlou bem; faltou usar Bolaños; acho que Renato levou em conta o seu retorno recente para botar na fogueira.

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  10. Luan não pode ser insubstituível, não dá para ferrar o time na fé religiosa de que o "craque" (que Luan não é, sou exigente com a palavra "craque") vai decidir num lance mas, mesmo para um craque isso não é a regra: o jogo coletivo vale mais. Luan, certa vez, matou no peito uma bola e meteu uma bucha de canhota e de fora da área contra a Ponte Preta dando a vitória num jogo até ali empatado e encardido, nos descontos, há dois anos, mas o Grêmio estava na pressão. Com o time e Luan jogando sem lá muita fome, como ontem, as coisas costumam ficar como ocorreu contra o Iquique fora: nada acontece. Tem 24 anos, longe de ser novato, não costuma se assustar com jogos importantes e estádios lotados contra, perdeu pênalti contra o Corinthians mas acertou numa decisão Olímpica com o mundo assistindo. Mas estou achando que a violência do jogo ontem assustou Luan e ele se escondeu, pipocou mesmo, sem meias palavras.

    Edilson quase fez outro gol de falta mas tropeçou nas pernas feito bêbado no lado da área mais adiante, quase na linha de fundo, situação potencial de muito perigo a favor do Grêmio. Ele vive de faltas; tecnicamente é sofrível e atrapalhado em se posicionar. Leo Moura, sozinho, dará mais lateral, meio campo e ataque ao time e isso é mais perigoso que as faltas que Edilson raramente acerta. Ficarei aliviado de ver Moura de volta ao time, uma vez que a saída de Edilson é incerta, porque é bruxo e sempre existe essa coisa mágica da esperança no gol de falta, mais ou menos como uma jogada desequilibradora de um craque apagado num jogo. Menos mal que Renato, creio, conhece bem Moura, viveram muito tempo na mesma cidade, "falam a mesma língua" e o indicou para que o contratassem. Moura é tão habilidoso e lúcido que com 20 de cada lado é capaz de dar um passe lúcido e de primeira certeiro. De canela a bola dele é mais macia e precisa que uma batida de chapa de 3 metros de Edilson.

    Geromel foi muito inseguro ontem: para um campo daquele jeito, ensaboado, Kannemann, que não joga de terno e gravata, se sai melhor.

    Ramiro já foi mais tranquilo: tem dado "piti" demais, reclama demais e foi um dos que começou a confusão no fim, nunca teve muita banca no Grêmio, talvez se sinta mais confortável em se exaltar agora que é (e ele sabe disso) um dos jogadores mais importantes, com todos os méritos. Fora isso sou fã desse jogo moderno dele: é volante, é meia, é centroavante, pifa, faz gol, jogo frio, sem enfeites, parece um alemão jogando. Se tivesse mais talento com a bola e fizesse isso tudo em um nivel mais alto seria espetacular. Aliás, isso vale para o Grêmio todo, boa qualidade geral individual, nada demais, mas tem um futebol mais moderno que os outros - ou os outros é que estão atrasados e o Grêmio vem buscando sair da nhaca inspirado no desgosto do clube e de todos os telespectadores ao compararem os grandes europeus e os grandes sulamericanos jogarem. Que Ramiro e o Grêmio aprimorem mais o jogo coletivo e continuem à frente nesse atrasado e feio futebol brasileiro e sulamericano.

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    1. Apesar de muita força e possuidor de um grande chute (Edílson), a distância técnica entre ele e Leonardo Moura é um oceano, mas é um alento ter essas alternativas no grupo. Para quem ficava entre Matias Rodriguez e Pará é um avanço.

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  11. Grohe merece elogios quando joga bem. E foi muito bem, achei as defesas dele não de reflexo, que talvez ele nunca volte a ter, mas de boa colocação. A espalmada na bola no segundo tempo era gol que ele tomava antes pelo braço curto mas estava atento e não deixou o espaço aberto à la falta do Iquique no Chile, a defesa no chão e depois na trombada estava bem colocado, enfim estava sempre perto da bola. Grohe costuma oferecer espaço para o chute, e os pegava quando tinha velocidade, e não os pegava mais há tempos. Ontem não houve esse problema. Há anos não tem como apelar para as defesas espetaculares e precisa trabalhar posicionamento. Ontem não tinha como a bola entrar, fechou os espaços antes. A espalmada foi linda, mas foi relativamente fácil, um Dida ou um Taffarel dariam dois passos, ergueriam o braço e mandariam a bola à escanteio e o lance nem chamaria a atenção. Mas para Grohe é um lance desafiador, e se saiu bem: bola ao alcance para o voo espetacular, porque? porque aquele ângulo estava sob seu alcance, isto é, sob seu controle, o monitorava. Se Grohe trabalhar o posicionamento (e aprender, é claro) seria ao menos a suavização do ponto fraco do time. Mas temos que lembrar a tosquisse dos caras que concluíram ontem, melhores atacantes tem melhores soluções de conclusão. Vamos ver se Grohe se anima tendo tido uma jornada tão boa, ele que vinha sendo o patinho feio no time, e não sem motivos. Mas precisa ter regularidade, jogos bons se forem esporádicos e nada dão no mesmo.

    Cagou só no amarelo, ele acha que aquela amarrada de chuteira espalhafatosa iria ser tolerada? Foi ele que bolou aquele truque frustrado? Cera aceitável foi na trombada, teve até pano no joelho, e não era nada, mas até eu pensei que ele estava machucado. É assim que se faz cera: deixa o cara tocar numa saída de bola, trombada, etc e finge um machucado aos berros. Enrolar para bater um tiro de meta, amarrar chuteira, etc é patético, cartão certo, mas ele não aprende. Assim vai acabar pendurado e suspenso.

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    1. Rodrigo
      O meu reparo ontem para o desempenho do Grohe foi aquela queda antes do chute no primeiro tempo, que felizmente ele tirou com o pé.
      Achei mais difícil aquela defesa com o pé na pequena área, porque se ele erra o movimento, a bola poderia bater no atacante e entrou. Grande jornada dele.

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    2. A lesão não era nada? Ele levou 7 pontos no joelho.

      No tal lance do primeiro tempo, ele, como geralmente faz, caiu antes da bola, sorte que ela foi ao alcance do pé.

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    3. Sim notei isso, se o atacante tem talento toca alto. Mas em comparação ao Grohe mesmo, ele ao menos tomou uma decisão. Pior é quando fica de pé, joelhos flexionados, e sem velocidade para cair na bola rasteira ou pular na bola alta, sem ação e bola na rede. Viu o chute mais provável no atacante apertado tendo apenas um carrinho para dar (que na maioria das vezes sai rasteiro) e escolheu o chão.

      Eu costumo assistir às partidas sem audio, com as escalações e números, sem rádio também; não sabia que Grohe tinha se machucado, ainda assim, quando se trata de joelho, só ligamento é sério. Cortes na canela e mesmo no joelho equivalem a sangramento no nariz em treinos de boxe.

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    4. Rodrigo
      Provavelmente,o atacante estava com travas altas e de metal nas chuteiras + chuva, frio, qualquer corte é considerável.

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  12. Vocês repararam que a partir de hoje, para um possível título de campeão, na (o):
    -Copa do Brasil faltam 5 jogos
    -Libertadores faltam 7 jogos
    -Campeonato Brasileiro faltam 27 jogos (mais do que o dobro da Libertadores e Copa do Brasil juntas)
    -Primeira Liga faltam 3 jogos (se for só de ida) ou 5 jogos (se tiver ida e volta) (quero ver datas pra isso)

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    1. Sabendo usar a cabeça, um desses canecos poderá ser nosso.

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