Quatro, Quarenta e Quatro, Quatro e as Certezas
Algumas impressões sobre o confronto de ontem:
Quatro minutos decorriam do apito inicial, quando Valdívia cobrou uma falta, chute forte, mas que teve uma defesa correta, sem rebote, indo a pelota para escanteio. Naquele movimento, o novo arqueiro do Grêmio estava se apresentando para a massa torcedora.
Quarenta e quatro minutos da etapa final, Robinho, manhoso e experiente jogador, bateu a penalidade no centro da meta, bola alta, contando com o descompromisso do goleiro, que naquele instante deveria escolher um canto e ... Pronto! Missão cumprida para ambos, esfera no fundo da rede. "Bola indefensável".
Quatro anos, esse o tempo que se passou até que os gremistas vissem novamente um goleiro dar um tapa na bola e enviá-la para escanteio, sem pirotecnia, nem teatralidade. Um gesto simples e pouco reconhecido pelos entendidos e torcedores.
Quatro foram as Certezas no ocaso da partida:
- Bruno Rodrigo tinha certeza que o seu lance faltoso, igual a tantos naquela peleja, não seria notado ou considerado pelo árbitro; não no apagar das luzes
- O árbitro teve certeza que ninguém reclamaria de assinalar penalidade máxima naquela jogada, mesmo que ela tenha sido mais uma de tantas nos noventa minutos, afinal, 2 a 0 para os locatários, ninguém vai chiar. "O cobrador converte e eu acabo o jogo", deve ter pensado
- Robinho, ajeitando a bola na marca da cal, tem a certeza que com 2 a 0, partida definida, o estreante arqueiro gremista cairá para um dos lados; será o pênalti mais fácil da minha vida, pensou, basta bater no alto e no meio. "Responsabilidade zero para mim e para o goleiro", imaginou
- Paulo Victor não se agitou, não fez cena, teve a certeza que um atacante calejado como Robinho, imaginou que ele com a vitória assegurada, uma partida sem erros, se livraria da responsabilidade de pegar a cobrança, então, esperou inteligentemente o avante mirar o centro da meta. O tapa de mão esquerda foi "um abraço"
Paulo Victor fez a estreia perfeita (aliás, porque nota 9 na avaliação do "ivi" Benfica de ZH? O que faltou para o 10?). Margem zero de erro.
Não sei se o novo "goal-keeper" vai confirmar nas vezes que for escalado daqui para frente, de qualquer forma, ontem, eu vi o que sempre imaginei de um goleiro para o meu time, meu clube.
Renato já avisou que quarta-feira volta Marcelo Grohe. Acerta o treinador que não arriscará queimar o seu goleiro titular com uma reserva inesperada, ainda mais, se o outro escolhido for mal contra o Godoy Cruz.
Porém, é provável que seja apenas questão de tempo e de repetição de performances. De Grohe, de Paulo Victor.
Só não entendi a história dos 4 anos....ou o amigo esqueceu de como o Grêmio caiu no gauchão e da libertadores 2013?
ResponderExcluirGlaucio
ResponderExcluirFiz referência ao estilo técnico, ao conhecimento dos fundamentos. Sobre Libertadores 2013?
Vão os gols que nos desclassificaram; Medina passar por uma turma bem grande, antes de fuzilar o arqueiro no segundo jogo, no primeiro, pênalti:https://www.youtube.com/watch?v=yeczaC7bFos
https://www.youtube.com/watch?v=rX9jNtiASXs
Penalti com goleiro escolhendo canto, né....
ExcluirEstilo técnico e conhecimento sem aplicar na prática não me resolvem nada...tomara que Paulo Victor confirme.
ExcluirMas é isto que eu tratei, ou seja, duvido que o Grohe não conheça os fundamentos, a teoria, mão trocada, aguardar a cobrança até o último movimento do batedor, um olho no pé outro na bola na cobrança de penalidade, a saída de jogo com os pés, etc ... Só que na prática, a gente não vê isso.
ExcluirCom o Dida, nem sempre, mas quase sempre, a gente via a lógica do movimento sendo posta em prática.
Geralmente se via a falta de movimento...
ExcluirO Gláucio deve ter sentido falta do goleiro pulando no centro do gol e apontando o canto que o cobrador deveria ter chutado hehehe
ResponderExcluirPJ
ExcluirExatamente o que eu respondi para o Glaucio; gostaria de ver em que manual está escrito que o "otário" do batedor vai se desestabilizar com o teatro de algum goleiro.
Eu simplesmente não via a tal "lógica" NEM em 2013...por isso discordo do post.
ExcluirPJ, Victor fazia isso, só pra lembrar...
Só tinha uma diferençazinha...
ExcluirLeonardo
ResponderExcluirBruxo: Se as atuações com a de domingo se repitirem, eu espero que o Renato se dobre as evidências em relação ao Paulo Vitor e o Marcelo. No entanto, acho que isso não vai ocorrer. Existe uma hieraquia dos "lideres de vestiário" que o Renato tem o histórico de obedecer. A efetivação dos melhores no time vai depender muito do fator sorte. Foi esse fator (nesse caso na minha perspectiva) que permitiu o Cortez substituir (por lesão) o Marcelo Oliveira na lateral-esquerda (embora o Renato, sempre que pode, poupa o Cortez para escalar o seu lateral favorito). A efetivação do Artur foi um caso semelhante.
Não existe nenhuma hierarquia de líderes do vestiário, isso já está provado, Léo Moura tomou a posição do Edilson, Cortez a do Oliveira e o menino Arthur desbancou o capitão do time.
ExcluirCarlos
ExcluirRespeitosamente, eu discordo; por isso, eu já coloquei o título de opinião, ou seja, é passível de erro, mas como ocorreram os ingressos dos citados por ti? Apenas, porque os titulares se lesionaram, Renato não trocou nenhum dos cascudos (Douglas, Maicon, Marcelo Oliveira e nem fará com Grohe) sem que os antigos titulares se lesionassem. Troca pura e simples por opção técnica, o treinador não fez. O destino ajeitou o time do Grêmio; Renato, o bom senso de não contrariá-lo (o destino).
Esses jogadores estavam bem, ganharam um título depois de anos e eram os titulares, acabaram saindo por um motivo ou outro e quem entrou jogando melhor ficou com a posição. Renato está sendo correto, quem está melhor joga, portanto não existe hierarquia alguma.
ExcluirLeonardo
ResponderExcluirAlém de concordar com o teu texto (existe uma hierarquia), ou seja, só as lesões retiraram Douglas, Maicon e Marcelo Oliveira do time, em condições normais, hoje estaríamos com esses três entre os 11 como temo Grohe entre esses 11; acrescento que é difícil trocar o goleiro por uma partida apenas do "novato", do "desafiador".
Renato poderia estar queimando o titular com uma reserva inesperada e correr o risco do escolhido não corresponder. Por enquanto, acho que deve seguir Grohe apesar de seu histórico de falhar em decisões.
Como é que é Bruxo? Histórico de falhar em decisões? Me mostra aí! Mas mostra tudo, inclusive o histórico de salvar o Grêmio em decisões....também.
ResponderExcluirVamos lá:
ResponderExcluir- Grenais do 6 a 2 decisão do Gauchão/14, consagrou o Rafael Moura, teve gol até pelo meio das pernas
- Juventude semifinal lá em Caxias, ano passado, 2 a 0
- Grêmio e Rosário, aqui e lá, 0 a 1 e 3 a 0
- Semifinais do Gauchão de 2017, jogos contra o Novo Hamburgo, aqui e lá
- Embora não fosse uma decisão propriamente dita, confronto de seis pontos diante do Corinthians primeiro turno do Brasileiro de 2017
Não vou citar a final diante do Atlético, gol do Cazares, porque o empate era nosso, senão a Arena viraria um funeral.
ResponderExcluirÉ bom citar a defesa lá em Minas quando o jogo ainda estava 1x0 pra nós, se não me engano.
ExcluirGlaucio
ExcluirMas são tão esporádicas, veja por exemplo Gatito Fernandez, Cássio,Vanderlei, toda a semana tem defesa decisiva deles; me aponte em 2017 duas partidas do Grohe que a gente diga que o resultado positivo passou pela atuação dele. Um lembro de apenas 1 jogo. Estamos em Agosto e o Grêmio não disputa Série B ou Sulamericana; disputa os principais torneios da América. É muito pouco, quase nada a colaboração de Grohe.
André vou mostrar só os dos dois Grenais porque é deprimente para nós:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=iTZFg7p-AyE
https://www.youtube.com/watch?v=H6Y8S4PFnV8
Observe os movimentos do goleiro nos lances