Páginas

domingo, 19 de novembro de 2017

Opinião



Reservas perdem novamente

Aconteceu o previsível, o Santos com os titulares e o Grêmio desentrosado pelo uso de um time reserva, desfalcado dos melhores reservas: Leonardo Moura, Éverton e Jaílson ou Michel. Deu o Peixe, 1 a 0.

A partida serviu para escancarar a pobreza técnica que foi este Brasileirão. Mérito para o Corinthians que não deu mole e encarou com disciplina e "foco".

Este Santos que penou para bater a baba gremista mais Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro, todos eles abusaram no desprezo e/ou na ruindade nestas 36 rodadas. Merecem assistir a festa do Timão.

Hoje, mais do que nunca, está justificada a escolha Tricolor, mas é pontual. Não havia necessidade de adoção desta escolha em jornadas anteriores.

Especificamente tratando da partida; no primeiro tempo de campo encharcado houve chances para ambos os lados e aí brilharam os goleiros Paulo Victor e Vanderlei, este, o melhor do campeonato. Em todos os jogos que vi, ele fez defesas extraordinárias como a de hoje num chute à queima-roupa de Patrick. O gremista foi o melhor do time, apesar de jogar só nas "podres" com uma zaga inconfiável.

A defesa gremista falhou toda a tarde, aí, a gente lembra que Kannemann está pendurado e, convenhamos, entrar com Bressan numa final de Libertadores é semelhante a fazer uma roleta russa. Muito risco.

Kaio e Cristian foram medíocres, o primeiro é jovem, pode evoluir, mas o ex-corintiano cumpriu a sua pior jornada no Tricolor; se não possui velocidade para acompanhar o ritmo da partida, antes a atenuante era o acerto de passes; nem isso apareceu no Urbano Caldeira. Começou por aí o predomínio santista da etapa final.

Machado, o menino de origem humilde aqui da minha terra, fez a sua melhor atuação, inclusive cobrando faltas, Patrick começou bem, sumidaço na etapa derradeira, Dionatã, merece mais chances; não tenho dúvidas: Ele será titular em 2018. Veloz, técnico, desassombrado, atacante que vai para cima da zaga.

Jael; o que dizer? Muito esforço, dedicação. É da estirpe de Ariel. A bola é sua inimiga.

Os que entraram: Batista, Lucas e Pepê, este último também me chamou a atenção. Pode ser alternativa para o ano que vem.

Agora é Libertadores.

Seguem lances da partida:


https://www.youtube.com/watch?v=F0fRxkcn4Dw





17 comentários:

  1. Impressionante!
    Antes do jogo pensei que seria de 3 a 0, ou mais, para o Santos.
    Titulares do Santos, reservas dos reservas do Grêmio.
    Teve momentos do jogo que o Santos estava com os onze no seu próprio campo e o tricolor pressionando.
    Foi a primeira partida do Cristian que o vi se apresentando para o jogo, distribuindo e cometendo poucos erros (discordando do seu post). Para a infelicidade dele, novamente, no seu passe errado, contra ataque e gol do Santos.
    Tem coisas que não mudam.
    O Palmeiras está com a faca e queijo na mão para ser o vice.
    Mas, nos nos importa muito agora porque a respiração esta a dias e distante desse jogo.

    ResponderExcluir
  2. Arih
    O Grêmio fez um bom enfrentamento, mas o que chama a atenção é que nem Santos, nem Palmeiras estão jogando o suficiente para um vice-campeonato. O Grêmio desprezou a disputa "desde sempre" neste ano.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É necessário modificar a tabela da Libertadores e da Copa do Brasil.
      A CBF já se deu conta que o produto melhor do futebol brasileiro está afundado na mediocridade, pois os clubes estão escolhendo um caminho mais curto em direção às taças.

      Outras federações latinas também preferem a Libertadores da América no 1º semestre de cada ano.

      Simplesmente porque alongada no ano, a competição se coloca entre duas temporadas, para eles. Fora do Brasil, os campeonatos seguem a temporada europeia: de Agosto a Junho.

      Hoje, da forma como estão postos os torneios, concordo com as escolhas de cada clube. O negócio é taça no armário e projeções nacional e internacional. Mesmo assim, tudo poderia ser melhor pensado.

      Ainda acho que premiações melhores no Brasileiro de pontos corridos ajudariam a aumentar o interesse dos disputantes.

      Diminuir o número de classificados para os torneios continentais faria renascer a disputa no Brasil. Não é muito inteligente que clubes briguem para não cair de divisão ou para se classificar para os certames latinos. O que está acontecendo hoje, no Brasileiro, é isso. Basta olhar a tabela de classificação. Ou cai para a Série B ou vai para a Libertadores / Sul Americana.

      Quando temos a facilidade de classificação para competições que podem expor mais os clubes, é claro que diminui o interesse por se buscar melhor posicionamento na tabela.

      Vamos ver o que vai acontecer futuramente, mas não acredito muito nessa ideia de Copa do Brasil e Libertadores o ano todo.
      Os campeonatos nacionais de todos os países da América do Sul estão morrendo porque os clubes estão focados no campeonato do continente.

      Excluir
    2. PREMIAÇÃO DO BRASILEIRÃO-2017

      Campeão - R$ 18.069.300,00
      Vice-campeão - R$ 11.373.030,00
      3º - R$ 7.759.170,00
      4º - R$ 5.633.370,00
      5º - R$ 4.092.165,00
      6º - R$ 2.763.540,00
      7º - R$ 2.391.525,00
      8º - R$ 2.072.655,00
      9º - R$ 1.806.930,00
      10º - R$ 1.594.350,00
      11º - R$ 1.381.770,00
      12º - R$ 1.222.335,00
      13º - R$ 1.062.900,00
      14º - R$ 956.610,00
      15º - R$ 850.320,00
      16º - R$ 744.030,00

      Total - R$ 63.774.000,00


      Pelo que se noticia, a premiação para a Copa do Brasil de 2018 será:

      Campeão: R$ 50 milhões
      Vice-campeão: R$ 20 milhões
      Semifinal: R$ 8 milhões
      Quartas de final: R$ 4 milhões

      O Campeão da Copa do Brasil, receberá em torno de 68 milhões, desde que participe a partir da primeira fase da competição.

      https://www.cbf.com.br/noticias/campeonato-copa-brasil-masculino/campeao-recebera-ate-r687-mi-a-partir-de-2018#.WhKn_jdryUk


      Só pela premiação envolvida, já se nota que a própria CBF "boicota" o melhor campeonato do Brasil.

      Excluir
    3. Pode ser que as prioridades sejam repensadas com essas premiações.

      Excluir
    4. Libertadores não pode ter esse tamanho.

      Excluir
  3. Goleiro espetaculoso, estabanado (me soca uma bola pro meio da área), no gol se joga ao chão antes do chute, de novo....espalmou cabeçada fraca quase no pé do santista. Por essas e por outras, não é nenhum absurdo que Grohe, apesar das deficiências conhecidas, continue titular. Paulo Victor tem a vantagem de ser mais corajoso e imponente nas bolas aéreas, e só.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. rsrsrsrsrs. Mas foi bem, não tanto quanto, mas bem.

      Excluir
    2. Glaucio
      Foi o melhor jogador da partida; no gol, eu desconfio que poderia segurar um pouco pela definição do Copetti, mas isso é opinião, é subjetividade.
      O que não é subjetivo; é real, estatístico, a redução drástica dos gols de dentro da pequena área; aí, eu fico lamentando a sua ausência naquela bola parada, o gol de Hudson, que nos alijou da final da CB.
      Mas para o ano que vem, pode me cobrar, Paulo Victor vira titular.

      Excluir
    3. Podemos avaliar custo benefício, bruxo. Aí Paulo Victor se torna melhor. Mas dentro de campo...volta e meia comete os mesmos "erros" pelos quais, alguns, Grohe é criticado. E isso jogando bem menos tempo do que o titular.

      Excluir
    4. Glaucio
      Se tu fizeres uma análise mais acurada, desconfio que o Paulo Victor foi escolhido o melhor em campo em 80% da sua participação. E ele não é queridinho da mídia.

      Excluir
    5. Com a defesa vazando, mais finalizações do adversário...

      Excluir
  4. A própria CBF boicota seu principal campeonato.
    Hoje a Copa do Brasil é tão ou mais importante quanto, ainda mais pelo valor envolvido. O brasileirão tem valido muito mais pelas vagas (excessivas, pode chegar até G9 neste ano) nas competições continentais do que pelo título. Todos fazem as contas “da vaga” e só.
    Querem valorizar o brasileiro, é só aumentar as premiações que devem ser iguais aos da Copa, valorizando ambos. A própria Copa deveria dar vaga ao vice campeão, ou seja, duas vagas (campeão para a Libertadores e vice para a Sul Americana) e as demais para o Brasileiro (este levando as vagas extraordinárias, se houver).
    Há sempre os casuístas. Pelo brasileirão estar “meio morno” nos últimos anos, já querem abandonar a fórmula de pontos corridos e voltar ao “mata-mata”. Já querem voltar a discussão da unificação casuística de títulos.
    Quanto a isso, creio que o justo seria mantê-los como sempre foram: campeões nacionais (qualquer um deles, de igual valor, apesar dos casuísmos do passado e do presente). No caso de unificar, seria equiparar Taça Brasil e Copa do Brasil; o Robertão com o Brasileirão.
    É extremamente salutar ter duas competições com fórmulas diferentes, privilegiando as diferentes maneiras de se comportar dentro de uma competição. Abre-se um leque onde há possibilidades de outros clubes que não sejam os tradicionais vencerem. Hoje todos querem “salvar” os tradicionais. Alguns vivem só do passado. Não há mais lugar para este tipo de proteção.
    Quanto ao calendário, o maior entrave são os estaduais.
    Particularmente sou contra a eliminar os estaduais. Estes deveriam ser disputados só pelos que não estão envolvidos nas competições nacionais e internacionais (ponto). Seriam somente classificatórios para os nacionais.
    Creio que é uma boa fórmula distribuir todas estas competições durante o ano desde que se faça uma logística e distribuição equilibrada. Porém, todas devem terminar até meados de novembro (inclusive a Libertadores), tendo em vista Recopas e a final Mundial. Quanto a isso, sendo dessa maneira que expus, é possível reeditar a Recopa Brasileira entre o campeão Brasileiro e da Copa do Brasil. Nós, hoje, não temos recopa nacional.
    Nosso calendário deve permanecer ao longo de um ano e não bipartido como na Europa e alguns “hermanos”.
    Há solução para tudo, desde que se queira realmente solucionar.

    ResponderExcluir
  5. Perfeito, Arih.
    Acho salutar realmente, duas competições com estilos diferentes, mas deveriam (a Comenbol e assemelhados) reduzir o número de vagas na LA e consequentemente, as do Brasileiro.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este é um dos outros problemas: política. Todos querem beneficiar seus "chegados" e se beneficiar. Tudo é simples, desde que todos queiram realmente tornar simples as soluções. Mas enquanto todos quiserem "puxar a sardinha para a sua brasa", sempre haverá discussões e "fórmulas mágicas".
      Política, fórmulas mágicas, protecionismo, bairrismo, corrupção, casuísmos. Eis a fórmula do fracasso. Depois não entendem o por que de alguns investirem alto e não conseguirem nada, outros não investirem nada e conquistarem tudo. "Históricos" na corda bamba, "novatos" sem espaço. Administrações amadores desde clubes até federações e confederações.
      Tudo apoiado pela mídia bairrista.
      Enquanto a visão brasileira for limitada (como mula com viseira), nunca chegaremos a uma estabilidade e "verdadeiros" campeões e competidores. Pior, não é só no esporte, é em tudo. Este é o retrato desse país.
      Neste imbróglio, a lisura vai "pro saco".
      Altruísmo é a palavra chave. História e futuro é o que pode advir, é o legado.

      Excluir
  6. Kaio é novo ainda... ele ainda tem chance de repensar a carreira, talvez tentar uma faculdade.

    ResponderExcluir
  7. Nicolas
    Às vezes, o jogador precisa passar por um clube médio ou pequeno. Não sei se é o caso.

    ResponderExcluir