O Grêmio precisa se reinventar
O Tricolor foi superior, aliás, bem superior, nos enfrentamentos diante do Atlético Paranaense, Grenal e hoje; todos encerrados em 0 a 0. São seis pontos que ficaram no meio da caminhada em busca do título do Brasileiro.
Há diferenças mínimas entre esses empates, talvez as três penalidades não marcadas no clássico, fora isso, o comum e irritante toque sem a verticalidade necessária, sem repercussão no arco adversário. Quantas defesas fizeram os arqueiros Santos e Danilo Fernandes? Ambos jogos na Arena. O mesmo ocorreu com Tiago Rodrigues; este até um pouco mais, duas.
O Tricolor foi mal escalado: Se errei conjuntamente com o treinador na sugestão do ingresso de Maicosuel, acertei quando coloquei Cícero desde o início ao lado de Maicon. O Grêmio só melhorou com as saídas de Maicosuel e Jaílson.
Aliás, o atacante que veio do São Paulo me lembrou a passagem de Tarciso pela Seleção Brasileira nas eliminatórias da Copa do Mundo da Argentina. O Flecha Negra voava em campo pelo Tricolor, arrojado, impetuoso, sempre buscando a vitória pessoal sobre o oponente; já na Seleção, inibiu-se de tal maneira que virou uma "assessor de lateral", no caso, Toninho, ex-Flu e Fla, nunca tentou a jogada individual. Um fiasco cujo corte dos 22 (na época era esse número) não se constituiu em injustiça. Maicosuel está assim, um carimbador, que se auto proibiu da jogada da linha de fundo. Deve sair, sem dúvidas.
Luan realizou uma das piores partidas neste ano, porque não soltou a bola, errou passes, faltou inteligência, pois é muito caçado, a receita nestes casos é soltar a bola rapidamente ou segurar mais perto da área. Luan errou tudo. De bom, a sua intensidade, mas é pouco para quem é o centro criativo do time.
André está muito abaixo do esperado, em parte, pela sua pouca participação, em parte, pela escassez de bolas colocadas à sua feição.
Destaco Ramiro como o menos ruim, porque buscou a jogada produtiva e uma referência aos bons ingressos de Pepê, Cícero e Lima, que deram outro ritmo ao time, mas nada de empolgante. De qualquer forma, já se inscrevem para ficar à frente de alguns medalhões.
O Tricolor precisa buscar novas formas de jogo e dar chances para os jovens.
O Tricolor precisa buscar novas formas de jogo e dar chances para os jovens.
Concordo com os seis pontos perdidos e acrescento mais um: a derrota para o Botafoto, pois penso que um empate seria aceitável. E agora assistindo Fluminense x Atlético PR fico ainda mais convencido de que o Grêmio deveria ter ganho aquele jogo. Sobre o Maicosuel, apesar de não ter tanto conhecimento como o Bruxo, acertei. E tem mais: parece que é proibido cruzar a bola. Basta ver que as chances de gol vieram a partir de cruzamentos já no final do jogo. Abraços
ResponderExcluirConcordo com a análise.
ExcluirJoão
ResponderExcluirTu além de grande conhecimento, tem também um "feeling" apurado.
Sobre Maicosuel; cheguei a ser contraditório, pedindo a sua escalação para hoje. Está na pior fase de sua carreira. Possivelmente tem a ver com a falta de confiança. Nunca foi uma brastemp, mas possuía o arranque e velocidade. Tudo sumiu.
Ele não está na pior fase, é sim um ex jogador. Acabou.
ExcluirNão há justificativas para ter só empatado com o Paraná.
ResponderExcluirArih
ResponderExcluirSe a gente comparar 11 com 11 de Paraná e Grêmio no início de partida, apenas Silvinho entraria no lugar de Maicosuel; além disso,pela postura do time locatário, não tem justificativas para esse empate.
Contra o Atlético o time perdeu algumas chances claras, contra o Inter parou na arbitragem, mas ontem foi dureza, Everton faz muita falta e até Jael seria mais negocio que André. A vitória contra o Ceará passa a ser obrigatória se a pretensão de brigar pelo titulo realmente existir.
ResponderExcluirEm tese, Carlos, o Ceará é mais difícil do que o Paraná, a diferença é que o Ceará não ficará tão na defensiva.
ExcluirQuando muitos saudaram com o jogo do ano, Grêmio versus Furacão, eu fiquei com um pé atrás; logo se viu que o time paranaense não era tudo aquilo.
Já enumerei várias coisas que faltam (não lembro qual foi a postagem). O Grêmio privilegia a posse de bola no que faz muito bem. Hoje o futebol é assim. Mas faltam mais variações para produzir mais. Falei de um batedor de faltas. Se não temos um bom, apareceram vários que o menos acertam uma de vez em quando. Bola alçada na área. Pelo que já vi do André, ele não é um Jardel, mas é bom no quesito. Tem que ser mais acionado. André tem que ter maior movimentação, participação. Tem sido pouco acionado. Tem que ter mais arremates na entrada da área, de média distancia. Os laterais devem finalizar mais pelos lados. Tem que ter mais gente com ousadia para partir para o um contra um. Uma das maneiras de “furar” retrancas é no drible. Ocorrem poucos lançamentos, cruzamentos. Tem que ter maior velocidade e verticalidade. O time tem feito, de vez em quando, tudo isso, mas ainda é muito pouco. É por isso que alguns discutem que não resolve só a posse de bola. Concordo parcialmente. A posse dá o controle do jogo e possibilidade de criar melhor e se defender melhor, mas as variações é que devem ser com maior frequência, se não ocorre o que aconteceu nos dois últimos jogos. Vejam que depois das mudanças, foi outro jogo. Deveria ter entrado com o time que terminou a partida. Realmente o Grêmio tem que se reinventar.
ResponderExcluirConcordo, Arih.
ResponderExcluirA última parte do "campo", o calcanhar de Aquiles gremista; ele chega ali e não acelera o jogo, não verticaliza, não há infiltrações do pessoal do meio e, como tu colocaste, não há aquele chute à distância. São problemas que não são tão difíceis de resolver.
A bola está com Renato.
E o elenco tem jogadores pra isso? E se tem, esses jogadores dão perspectivas de futebol competitivo?
ResponderExcluirGlaucio
ExcluirAcredito na gurizada;apenas não devem (os guris) ser lançados ao mesmo tempo.
Glaucio, pior que tem. Maicon, Ramiro, Cortez, Luan, Michel, Everton todos já fizeram gols de fora da área. O negócio é eles chutarem mais. Estão querendo entrar na área tocando. Quanto mais tentarem, mais revezarem nos chutes, mais confunde os marcadores. Acaba sobrando uma brecha. Aí entra Renato para incentivar. Creio que eles não tentam mais porque sempre existirá o erro e é esse o medo. Errar e Renato reclamar, o torcedor "ir a loucura". Quanto a ser competitivo, ora, os títulos falam tudo.
ExcluirBruxo, não sei se há problemas, mas Jean Pyerre pelo que já vi é o que está pronto para fazer o término da lapidação jogando com os titulares. Mais do que Thonny Anderson. Creio que o Tetê é melhor do que o Pepê.
Brabo é que ontem descobri que Michel também está lesionado, aí complica.
ExcluirArih, é muita gente importante fora, ao mesmo tempo.
Arih
ResponderExcluirVi alguns jogos do Tetê na Copa São Paulo, é excelente. Ele e Victor Bobsin são pule de dez.