Páginas

sexta-feira, 22 de junho de 2018


Os acréscimos salvadores!


O Brasil tentou jogar e não achou muitos espaços. A Costa Rica postou-se em campo para evitar uma goleada e por pouco não saiu com um ponto na bagagem. O time de Tite começou devagar, burocraticamente, com Casemiro e Paulinho muito lentos. Fágner pelo lado direito foi discreto. Marcelo, pelo lado esquerdo, atuou como de costume, avançando muito.

O domínio brasileiro, com um percentual alto de posse de bola, não encontrou espaço diante de uma defesa bem postada e um goleiro de ótimo desempenho. Willian foi nulo; Neymar quase nulo; Gabriel Jesus, sem receber uma bola sequer, só fez número; e outro placar, além do 0x0, não seria possível. Um primeiro tempo sonolento, meio adormecido.

Na volta para a etapa final, Tite fez uma mudança que mostrou uma Seleção com outra característica. Douglas Costa, jogador movediço, deu ao time o que faltou nos 45’min iniciais. E as chances de gol apareceram. Depois, com a entrada de Firmino e a saída de Paulinho, Philippe Coutinho recuou para o lugar deste e o time brasileiro passou a ameaçar mais a meta de Navas. A bola saia do meio de campo com mais rapidez.

A partir dos 25’min do 2º tempo, o jogo ficou dramático. A bem postada Costa Rica já nem passava do meio de campo. A pressão brasileira aumentava. As chances apareciam e o gol não saia.

Aos 91’min, já dentro do tempo de recuperação, na pressão, Philippe Coutinho salvou a Seleção de Tite. O segundo gol, aos 97’min, foi apenas o fechamento do jogo.

O futebol moderno exige velocidade. Com Casemiro e Paulinho, o time anda tão lento que vai encontrar muita dificuldade ao enfrentar seleções mais fortes. Hoje, foi apenas a Costa Rica. E o Brasil sofreu muito! Quem olha apenas o placar pode se enganar. O time de Tite teve os acréscimos salvadores!

12 comentários:

  1. Bom apanhado e o título correto sintetiza tudo.Há um sentimento de tolerância com a seleção, mas isso só ocorreu, porque o jogo não finalizou aos 90 minutos, senão o humor seria outro.

    ResponderExcluir
  2. De minha parte, este foi o primeiro jogo que vi completamente. Não fiquei decepcionado com a Seleção, porque a considero igual ou levemente superior a de 1994,que como sabemos, levantou o caneco, apesar de toda a força para perdê-lo.
    Nosso time em relação a média até agora está entre os menos ruins. Quem fez melhor? Croácia, pode ser.
    O problema é o oba-oba, o "pachequismo" reinante; assisti pelo Sportv, que horror, fico imaginando o intragável Galvão como não foi.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bruxo, há muito tempo não torço. Só assisto. É claro que é visível a diferença técnica. O problema maior é ver que "querem porque querem" arrumar "um segundo maior jogador do Brasil", depois de Pelé. Ora, menos, bem menos. Há gigantes na nossa histórica Seleção Verde-Amarela. E gigantes que foram campeões mundiais. Apenas não tinham uma câmera filmando eles 24 horas por dia. O resto é só uma maneira de tentar arrumar um ídolo a toco o custo.

      Excluir
    2. Bruxo, não entendi:
      "este foi o primeiro jogo que vi completamente"
      mas depois:
      "Nosso time em relação a média até agora está entre os menos ruins."

      Em relação aos outros se baseia em quê? Comentários, melhores momentos?

      Seco direto, sem meias palavras. E como disse, antes do jogo, não vi o jogo com a Costa Rica, não achava que seria complicado para esses minions repugnantes. Ainda bem, gols nos descontos são gols mata secador.

      Vi cerca da metade dos jogos, e apostaria que os europeus farão a final e talvez as semifinais. A diferença de organização nas equipes europeias e sulamericanas é abissal e mantém o que se vê em clubes. Levariam de novo a copa se esta acontecesse na América do Sul.

      E repito o que digo sempre: esse negócio de dar organização para "eles, os malvados beneficiados da arbitragem" e talento para os sulamericanos (principalmente brasil, "o bonzinho, segundo time de todos, em todas as copas") é lorota ufanista. Há mais talento nos times europeus.

      A Copa está de bom nivel, primeira fase nunca empolga muito, qualidade espalhada, mas quando se afunilarem vai ficar evidente o bom nivel.

      Excluir
    3. Rodrigo
      Veja que tive o cuidado de escrever "completamente"; tem jogos que cheguei a assistir um tempo e meio, porque sigo trabalhando e na sala ao lado da minha, meus colegas possuem uma televisão, quando posso, dou uma "bombeada".
      Está entre os menos ruins, porque, a exceção da Bélgica hoje pela manhã, nenhum me empolgou, até gostei de alguns movimentos da Suíça.
      Assisto na internet os melhores momentos e no noticiário noturno do Sportv.
      Com mais de cinco décadas acompanhando futebol, a gente aprende alguma coisa. Erramos, mas acertamos mais, normalmente.

      Excluir
  3. Exato!
    O narrador do Sportv viu pênalti no Paulinho no primeiro tempo, os comentaristas, por orientação ou servilismo, são omissos;ninguém rebateu o cara;aí entra o papel das câmeras e a casa caiu.
    Lendo o teu material (que pedi) sobre 74, fico imaginando quanto "pachequismo" rolava nos textos e narrações.
    Ainda bem que existem as imagens hoje.

    ResponderExcluir
  4. Os narradores de hoje preocupam-se mais em dizer o nome e sobrenome do jogador(mesmo que só seja conhecido por um deles) e em entrar em detalhes extra-campo(negociações, histórias, etc.) do que realmente descrever o que está acontecendo no jogo. O Galvão é insuportável(chega a esquecer-se de narrar) e o Luiz Carlos Jr. está indo no mesmo caminho(especialmente pelo fato de querer dar o nome completo dos jogadores).

    ResponderExcluir
  5. Perfeito, João!
    O que mais me irritou foi a tal narração de "Keylor" Navas; uma hora, tudo bem, mas sempre, é f#da.
    O Luis Carlos Jr. deve ter um padrinho muito forte, o Milton Leite é muito mais narrador.

    ResponderExcluir
  6. A onda é o "narrador animador de torcida", isso se espalhou da seleção aos clubes. Se voltam ao público imbecilizado, é decisão institucional isso. Para que vão se incomodar perdendo a audiência de manés que veem críticas como coisa de secador e torcida rival? Os caras até decoram musiquinhas de torcida, além de levar ao extremo o maniqueísmo, o nós contra os outros, enojante. É assim com Grêmio e inter contra times "do malvado eixo SP-RJ" em transmissões locais, é assim em LA em transmissões nacionais, principalmente e muitos gremistas e colorados não percebem, gostam! Corro para função mudo e transmissões estrangeiras - onde acertam até mais os nomes dos jogadores do Grêmio que nas transmissões nacionais!

    Mas os narradores não saberiam fazer outra coisa, além da animação de torcida, não narram porque, entre outros motivos, não sabem quem está com a bola. Os narradores "jovens" são péssimos e os bons estão caquéticos, não acompanham nada mais, mas mantém seus ares de majestades nas radios e TV's. Esse Galvão (que pelo jeito só vai largar quando o brasil for campeão, vem prometendo sumir há 3 copas e não larga) ainda por cima determina a opinião do "time de transmissão" e ai de quem discorda: corre risco de demissão. Ele determina a linha opinativa e os comentaristas, como engenheiros, devem elaborar o projeto, dar corpo à ideia.

    Espero que um dia deixem as transmissões apenas com o som ambiente e legendas informando quem tá com a bola. Nesse dia, descanso a função "mudo" da TV. Um dia também, quem sabe, deixam o telespectador escolher o ângulo e permitam, assim, a quem gosta de ver a movimentação integral das equipes e não só a bola, ter uma imagem que pegue o campo todo, parada. Sempre penso nisso naquele momento em que colocam escalações e deixam a câmera parada apontada para o campo todo, geralmente atrás de uma das goleiras num ponto alto, como marquise. "Deixem assim", penso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rodrigo!
      Vejo dois problemas bem localizados que levaram a isso: O monopólio das transmissões no caso da televisão e a ideia (equivocada), quando não há monopólio que a forma de conquistar o telespectador é imitar o líder (que em copas do mundo tem o monopólio).
      São seguidores da mediocridade.

      Excluir
    2. Concordo com o Rodrigo e vou mais além, o tal do Tiago Leifert que só fica de zoeira quando apresenta programas de futebol. Não posso afirmar sobre essa copa pois faço questão de não ver o programa dele, mas na copa passada foi ridículo. Só para resumir: ele foi o cara que disse que cortaria o braço se o Ronaldinho Gaúcho voltasse a jogar no Brasil!!! Está devendo essa!!!

      Excluir
  7. João
    É isso mesmo;se trouxermos para a "nossa terrinha" temos muitos exemplos de pessoas incapacitadas donas de espaços generosos na mídia:

    https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/mauricio-saraiva/noticia/2018/04/o-placar-do-jogo-entre-gremio-e-atletico-pr-nao-sera-0-a-0-cjg89hyyl01wb01qlzmk24yl3.html

    ResponderExcluir