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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (197) - Ano - 1983


O Começo foi com vitória sobre o Casal 20

Fonte:http://globoesporte.globo.com
Na primeira metade da década de 80, uma das grandes atrações na televisão era a série Hart to Hart, estrelado por Robert Wagner e Stephanie Powers, um casal (uma jornalista e um empresário) afinadíssimo, que nas horas vagas virava uma dupla de detetives. Aqui, o seriado ganhou o nome de "Casal 20". 

O sucesso estrondoso "exportou" o título para todo o duo que fosse entrosado, harmonioso e principalmente, exitoso. Inevitavelmente, o termo chegou ao futebol e definiu os feitos de Washington e Assis (foto, nessa ordem), uma dupla de atacantes negros, longilíneos, jeitão de maratonistas etíopes ou do Quênia, torres gêmeas especialistas em fazer gols. 

Eles jogaram juntos no Internacional (sem sucesso), depois foram para o Atlético Paranaense, onde rebentaram, viraram ídolos após um bicampeonato estadual (82/83), feito raro para o clube, isso não acontecia há mais de 50 anos; lembro deles acompanhados por duas loiras, dois "aviões" que poderiam parar o aeroporto Afonso Pena (Curitiba). O ponto alto da carreira ocorreu no Fluminense, onde ampliaram o sucesso e reforçaram a história do casal 20, conquistando o Brasileirão de 1984 num timaço, que além deles, tinha Ricardo Gomes, Branco, Romerito, o goleiro Paulo Vitor e o treinador Carlos Alberto Parreira.

Washington teve uma doença grave e faleceu em Maio de 2014. Assis, deprimido, seguiu o caminho; morreu em Julho, portanto, dois meses depois.

Pois em Janeiro de 1983, um Grêmio em reformulação encarou esta dupla no estádio do Coritiba, o Couto Pereira, primeira rodada do Brasileiro. Pela escalação daquele dia, nem em sonhos imaginou que estava começando a caminhada que levaria ao título mundial em Tóquio.

Valdir Espinosa utilizou um grupo recheado de jogadores oriundos do interior do estado: Silmar (São Borja), Lambari (Ypiranga e Esportivo), Róbson (Inter SM e Caxias) e Nei Fumaça (Inter SM). O time ficou assim: Remi; Silmar, Leandro, De Leon e Casemiro, China, Osvaldo e Jorge Leandro (Paulo Bonamigo); Lambari, Nei (Robson) e Tonho.

Geraldo Damasceno escalou o Furacão assim: Rafael; Soter, Jair Gonçalves, Mauro e Sérgio Moura; Detti, Peu e Ivair; Capitão, Assis e Washington.

O clube paranaense estreava Peu, Soter e Mauro; o Tricolor, Osvaldo; este e Peu se destacaram, o baiano arrematando por duas vezes com defesas de Remi, além de China tirar a bola em cima da linha fatal em arremate de Ivair e o camisa 8 gremista fazendo o gol único da partida.

Nos acréscimos da primeira etapa, Nei fugiu pela direita, cruzou, Lambari se passou, a bola sobrou na marca do pênalti para Osvaldo que bateu de canhota. 1 a 0.

O Tricolor segurou o resultado, tendo Osvaldo e Jorge Leandro como os maiores destaques, inclusive, um dos jornais chegou a colocar em dúvida a titularidade do novo contratado, Tita, estrela rubro-negra que chegara na troca por Baltazar.

Maurílio José Santiago foi o árbitro e o público chegou a 20 mil pessoas com os não pagantes.

Fontes:  Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
               Wikepedia
               http://globoesporte.globo.com

Segue o gol:





9 comentários:

  1. Um pouco de números do confronto:

    Grêmio x Atlético Paranaense, jogos fora do Rio Grande do Sul:
    36 jogos
    11 vitórias
    13 empates
    12 derrotas
    36 gols marcados pelo Grêmio
    40 gols marcados pelo adversário
    .......................................

    Grêmio x Atlético Paranaense, jogos fora do Rio Grande do Sul, pelo Campeonato Brasileiro:
    24 jogos
    07 vitórias
    08 empates
    09 derrotas
    21 gols marcados pelo Grêmio
    27 gols marcados pelo adversário
    .......................................

    Grêmio x Atlético Paranaense, na história do confronto:
    68 jogos
    32 vitórias
    21 empates
    15 derrotas
    100 gols marcados pelo Grêmio
    64 gols marcados pelo adversário
    .......................................

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  2. Bom retrospecto gaúcho.
    Viste que dois ex-Interzinho estavam na escalação daquele dia: Nei Fumaça e Robson.

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    1. Sim, Bruxo!
      Eu lembro daquele time do Coloradinho, de 81 e 82.
      Era um ótimo time. Wlamir, Foguinho, Donga, Roberto, Sadi Pedalada, Helio Oliveira, Robson, Valdo, Francisco, Nei, Toninho. Tinha ainda Guinga, Chicota, Gerson, Beto, Libório, Xiru, Moroni, dentre outros que a memória não alcançou.

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  3. Aqui, um compacto daquela espetacular vitória do Coloradinho com gol de Nei e dois pênaltis pegos por Émerson Leão.
    https://www.youtube.com/watch?v=79t1lN98EPQ

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    1. Pois é! Anos 80. E tu viste a marcação? Sem espaço. Uma correria incrível. 75, 80 jogos por ano, sem time alternativo, etc e tal.

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    2. Antigamente; o interior fazia frente com a Dupla se interessando pela taça; agora, com exceção do episódio "Nóia", basta um empurrãozinho para botar a mão no caneco.

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    3. Certa vez escrevi, acho que aqui no teu Blog, que os Campeonatos Estaduais são uma enganação. Servem para nada. Absolutamente, nada, da maneira como são montados.
      Já não cabem mais estaduais, que tiram toda e qualquer chance de vários clubes pequenos subirem de patamar.

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  4. E o pênalti cometido pelo De Leon? Se o Bressan fizer um desses é corrido do clube.

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  5. Carlos
    Lance ridículo que daria inclusive, expulsão.

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