Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (198) - Ano - 1978

Batendo o "Boca Negra"

Fonte:http://botoesparasempre.blogspot.com/

Lá no final dos anos 60, eu comecei a descobrir os adversários do Imortal além do Rio Mampituba; era o tempo da Taça Brasil e dos amistosos. Entre os mais próximos estavam o Metropol e Comerciário,  ambos de Criciúma (SC), também os melhores paranaenses, o Ferroviário mais o Água Verde.

Passados 50 anos, nenhum deles existe, a maioria partiu para fusão ou se licenciou. Atualmente, os herdeiros destes clubes são o Criciúma e Paraná Clube. Para chegar a este último, recorro à "genealogia" futebolística que necessita citar o Britânia, Palestra e Ferroviário que em 1971 transformaram-se no Colorado Esporte Clube. Naquele mesmo ano, o Água Verde virou o Pinheiros.

Em 1989, Colorado e Pinheiros ao se unirem, criaram o Paraná Clube. O vermelho e o azul.

Daquele tempo saudoso, escolhi o confronto de 11 de Maio de 1978, Grêmio 2 x 0 sobre o Colorado, pois o Tricolor gaúcho vai encarar o Paraná nesta caminhada em busca da terceira conquista do Brasileirão.

Para aquela disputa, o clube curitibano chegou a Porto Alegre com um time recheado de jogadores cascudos como o goleiro Célio (ex-Coritiba), Levir Culpi (atualmente, treinador), Queirós (ex-Botafogo), Raul Giustosi (ex-River Plate, ARG) Edu (ex-América RJ, irmão de Zico), Helinho (ex-Corinthians), Carlos Alberto Rodrigues (ex-São Paulo e Grêmio), Buião (Corinthians, Atlético Mineiro, Flamengo e Grêmio), Marciano (ex-Inter) e Pio (ex-Palmeiras). 

Utilizou também, Ari Marques, atleta que vestiu por mais de 500 vezes a camiseta da instituição e Thyrson, mais tarde, jogador do Bahia. Na casamata, simplesmente, Elba de Pádua Lima, o Tim, ex-craque da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938, um grande estrategista. Boa parte deles está na foto acima.

O Grêmio de Telê entrou em campo com:Walter Corbo; Eurico, Oberdan, Vicente e Ladinho; João Alfredo, Tadeu Ricci e Yúra; Tarciso, André e Éder. Valderez e Jorge Leandro substituíram respectivamente, João Alfredo e Yúra.

Na primeira etapa, o Colorado fechou-se defensivamente, não dando chances ao time gaúcho. Ainda neste tempo, o árbitro Márcio Campos Salles expulsou Carlos Alberto, por reclamação, situação que fez o clube paranaense ampliar os cuidados defensivos, formando um "ferrolho" à frente de seu arqueiro Célio.

Telê fez algumas modificações e o time foi para o abafa; aos 23 minutos, o zagueiro Oberdan acertou uma cabeçada, abrindo o placar. 1 a 0.

Aos 31 minutos, o ponta esquerda Éder cobrou uma penalidade máxima e definiu o placar da contenda. 2 a 0.

Neste curto período de existência, o Boca Negra como era conhecido o Colorado paranaense, jamais conseguiu superar o Imortal. 

A vantagem gremista sobre os paranaenses inclui os demais clubes, inclusive o adversário deste Sábado, o Paraná Clube que luta para se manter na Série A.

Fontes:  Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
               Wikipedia