O Instantâneo do Imortal
Passadas quase 24 horas da excepcional vitória gremista na Argentina, dá para olhar para a fotografia desta jornada com menos adrenalina e menos paixão; ainda assim, o saldo é muito positivo. Palavras no superlativo não serão exageradas.
Comecemos pelo adversário: Estava completíssimo, não perdia em seu estádio desde Novembro do ano passado, não perdia em 2018 desde Fevereiro (exceção agora diante do Colón, utilizando a baba), talvez seja o time mais ajustado da Libertadores juntamente com o Palmeiras, resumindo, estava na "ponta dos cascos".
E o Grêmio? Bem, o que se dizia era que não repetia as performances da LA de 2017, veio desfalcado dos dois melhores atacantes e meio time diferente da foto do tricampeonato sul americano. Tudo verdade.
Aí, ele entra em campo e Marcelo Grohe faz três defesas importantes e tecnicamente corretas. Foram chutes de média distância, evidenciando o ótimo trabalho da zaga e dos volantes gremistas que permitiram um único arremate de dentro da área (cabeceio de Maidana).
Leonardo Gomes pareceu um veterano. Muita solidez defensiva; não tem a volúpia ofensiva de Edílson, mas em compensação, tem mais "cérebro" do que o atual lateral cruzeirense. Leonardo é mais tranquilo e está evoluindo.
Geromel fez uma de suas maiores atuações, simplesmente ganhou todas, dançou conforme a música. Simplificou quando necessário. Seu parceiro Kannemann deu uma aula, exemplo de jogador copeiro. Posso afirmar mesmo que irresponsavelmente: Fosse outro zagueiro em seu lugar ontem e o Grêmio não teria vencido.
Bruno Cortez, além da luta constante, também apresentou uma das suas melhores características; a cobertura dos zagueiros e a prova mais didática foi o primeiro gol sofrido diante do Ceará, quando Juninho Capixaba não acompanhou o camisa 7 cearense; ali, a relevância tática de Cortez aflorou nitidamente. Sem jogar, ele comprovou a sua qualidade.
Michel é o "arrumador de time". Com ele, os zagueiros melhoraram, Maicon e Cícero não comprometeram e Ramiro pode resistir bem em sua volta após longa parada. A cereja do bolo em sua atuação,o golaço de cabeça.
Alisson e Jael cumpriram uma função tática invejável; com eles, o River começou a ter problemas na armação das jogadas e como um time sem soluções ofensivas, passou a levantar a bola para área, consagrando os já consagrados Geromel e Kannemann.
Os que entraram não comprometeram.
O Grêmio entrou "tinindo, trincando" e mereceu o reconhecimento da imprensa portenha.
A partida da volta poderá ter outro desfecho, a vaga está em aberto, o River é do "ramo"; no entanto, hoje devemos elogiar o desempenho do Tricolor. É um momento, um instantâneo, mas se confirmar a ida para a final, esta partida em Buenos Aires jamais será esquecida.
Show de bola. Show do maestro Renato.
Tudo pode mudar na volta, mas Grêmio e Boca estão com a LA na veia.
ResponderExcluirVi uns pedaços de Boca x Palmeiras, acho que faltou "espírito de LA" para os brasileiros.
ResponderExcluirResolveram correr depois de tomar o primeiro, aí Felipão achou que 1x0 tava bom, reversível, tirou um meia e botou um volante mais marcador, de prêmio, levou o segundo.
ExcluirMuito se falava no River, mas o Boca me pareceu ter mais e melhores soluções ofensivas. River é mais organizado taticamente, faz trocas rápidas de passes, a transição da defesa ao ataque é rápida, deu "azar" de enfrentar a melhor defesa da América.
O Boca me parece mais letal, mais inspiração do que organização tática, tem melhores valores individuais.
Final de ano muito mais empolgante do que o início.
Glaucio
ResponderExcluirO Palmeiras tentou cozinhar demais o Boca; erro crasso. Nem o Roger fez isso na fase de grupos.
Mas empatou em casa na fase de grupos, dando chance a eles....agora tá aí.
ExcluirPois é; o que é ética, o que é estratégia? O Palmeiras escolheu.
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