Samba atravessado
2017: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Jaílson, Arthur, Ramiro e Luan; Lucas Barrios e Fernandinho.
2019: Paulo Victor; Leonardo Gomes, Pedro Geromel, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Michel, Matheus Henrique, Jean Pyerre e Alisson, André e Éverton.
O atual estágio administrativo-financeiro do Tricolor, noticia-se, é melhor do que o de anos passados; então, o racional era que o elenco estivesse mais qualificado. Era o que parte da torcida imaginava (eu, entre eles). Está errado. Os desempenhos das contratações caríssimas endossam esta afirmação.
A impressão que fica é que os gestores do futebol azul não sabem tocar o clube em águas mais serenas. Basta comparar 11 com 11 e se vê que no gol não houve o acréscimo decisivo que um clube multicampeão com a guaiaca cheia deveria ter. Leonardo Gomes é superior ao Edílson, ex-jogador que integra o Cruzeiro, mas perde muito se comparado com o outro, aquele de 2017. Bruno Cortez, seu futebol encolheu, o mesmo se sucedeu, porém no superlativo com Luan. Jaílson estava em franca evolução, vendia saúde e era da base. Hoje, sem dúvidas, há um buraco à frente da zaga.
Sinceramente, sentir saudade do futebol de Ramiro é deprimente. E o baleado Lucas Barrios? Olha! Com um pé nas costas, ele bota no bolso todos, repito, todos os "peso-pesados" André, Vizeu e Marinho.
O que evoluiu? Saiu Fernandinho e entrou Éverton, também faria uma menção; Matheus Henrique foi a grande notícia da base. É óbvio que ainda não está no estágio de Arthur, no entanto, ele é o melhor substituto que o Grêmio poderia encontrar. É covardia compará-lo com Arthur atualmente.
Em algum momento, o Tricolor se perdeu na gestão do grupo; nas contratações; na comissão técnica (departamento médico, físico, etc...), o samba atravessou.
A grana conseguida com Jailson, Arthur, Pedro Rocha, Tetê, Marcelo Grohe, Edílson, Jael e até uma "babinha" na transação de Douglas Costa, está virando pó em renovações como a de Leonardo Moura e equívocos como Marinho, Vizeu e André.
Fico à vontade em criticar, porque muitas vezes, aliás, na maioria das vezes, elogiei esta Direção e seu treinador. Não sou defensor perpétuo, nem cáustico doentio.
O fato de acreditar em algumas destas contratações fracassadas não me desautoriza criticá-las, afinal, toda a contratação é de risco. O problema é seguir errando, seja na manutenção delas, seja na persistência no método ineficiente de avaliação das futuras aquisições.
Safo, por enquanto, Diego Tardelli, ainda que sua "estreia" esteja demorando acima do razoável. No presente, o Tricolor permanece sem contar com ele.
Para o resto da Libertadores, o Grêmio precisará ser cirúrgico na remontagem do elenco. É por aí que deve começar a retomada do caminho das vitórias.
6 jogos na Libertadores + 2 grenais + 5 jogos no Brasileirão: 5 derrotas, 5 empates e míseras 3 vitórias em 13 jogos. Está provado, time é comum igual aos demais.// Eu tenho avisado aqui no espaço e o amigo rebate dizendo que o time é um dos principais. Foi até para o River, depois virou comum
ResponderExcluirImagina um time onde o principal jogador entra em parafuso. Não foi apenas por isso como enumerei acima, mas a má fase de Luan tem muito a ver com a queda de qualidade do Imortal.
ResponderExcluirAcho que errei achando boa a renovação com Renato. O "negócio" dele é ciclos mesmo...
ResponderExcluirEstamos finando maio, hora de pensar em 2020....botar o pé no chão pra não fazer fiasco em 2019 e deu.
Ainda não joguei a toalha em 2019, apenas no Brasileiro, mas faltam muitos ajustes, hora da Direção e Renato mostrarem se tem café no bule.
ExcluirPois é, Grohe melhor que PV, Cortez melhor que capixaba, Maicon muito melhor que Michel/Romulo, Ramiro melhor que Alisson, Barrios muito melhor que Andre.
ResponderExcluirPor isso sempre penso muito antes de criticar quem já colocou taça no armário
Maicon não disputa com Michel, não tem pulmão pra ser primeiro volante. O problema ontem foi a esculhambação do que tava certo, foi a improvisação do melhor 5 do elenco na zaga.
ExcluirCerto. Mexeu para pior em duas posições.
ExcluirCarlos
ResponderExcluirO problema foi a transição; o Maicon de hoje não é titular, o Ramiro andou mal todo o 2018, o próprio Luan, depois da sacanagem do treinador da Seleção na Copa da Rússia, sentiu o golpe.
Concordo com a maioria das observações, mas vou deixar uma indagação: será que Tardelli foi mesmo uma boa contratação? Será que ter vindo com alto salário não causou estragos no grupo?
ResponderExcluirJoão, não dá para descartar nada.
ExcluirTer um grupo forte por muito tempo tem imensos pontos positivos, mas pode ocorrer isso; os donos do vestiário e aí, essa possibilidade de boicote ao jogador que vem com salário alto, é forte.
Pode ser, sim.
Jogos após jogos nosso treinador troca seis por meia dúzia. Os jogadores que entram, na maioria das vezes nada em contribui, apenas o Thaciano em dois jogos modificou algo. É hora de repensar no esquema em alguns jogos, faria como o Sampaoli no Santos, o Tite fez isso no próprio Grêmio na década passada. Um 3/5/2 cairia bem em alguns tipos de jogos, fortalecendo a zaga (mas primeiro contratar zagueiros iria bem, sem improvisações), dando leveza ao meio de campo e hora do ataque mostrar pra que vieram.
ResponderExcluirMicheiev
ResponderExcluirCom Geromel e Kannemann + um bom volante, o problema desaparece. O ruim é não contar com a dupla titular e ainda mexer no centro-médio que vinha recuperando o bom futebol (Michel).
Erro do treinador.