O Lado Preocupante na Vitória Gremista
O Tricolor realizou ontem uma partida vibrante, controladora e consequente; este último adjetivo entra especialmente pela classificação para as semifinais. Superou o momento de críticas (inclusive aqui) e começa a recuperar o crédito dos seus torcedores.
No entanto, segue uma limitação bem nítida que parece insolúvel a cada partida: o imenso percentual de posse de bola improdutivo*. Na Fonte Nova chegou a 75, 80% no primeiro tempo especialmente; não se traduziu em vantagem no placar. Terminou zero a zero.
Alguém poderá dizer que é possível/compreensível este placar zerado mesmo com uma aplastante superioridade de um dos contendores. Sim, é possível, mas o que é irreal, o nó da questão, é que com 3/4 de posse de bola, isto é, 45 segundos de 60, 34 minutos de 45, o goleiro do Bahia não fez uma única defesa difícil, o Tricolor de Aço não se sentiu ameaçado.
E isto não é um fenômeno exclusivo deste jogo, o Grêmio parece se especializar, ou pior, parece ter mais prazer em tocar, tocar, tocar a bola em detrimento do verdadeiro objetivo do futebol, o gol. Vale lembrar que goal em inglês é justamente, "objetivo".
Nem se trata de cobertor curto, isto é, se atacar mais, fragilizará a defesa. O Tricolor possui uma vocação de se defender bem no seu "dna", por isso, pode "se descuidar" um pouco deste detalhe e arriscar mais.
Com este elenco acrescido de um meio campista técnico, mas com vocação para defender (exemplificando: Walace, Rodrigo Dourado, Felipe Melo) sem ser um quebrador de bola, mais um avante efetivo (Pedro, Vágner Love), vira o grande favorito para as grandes competições.
Os medianos como Cortez, Leonardo Gomes** ou antes, Ramiro, crescem com o bom desempenho coletivo.
O problema é Renato insistir em buscar soluções há muito superadas, exaustivamente comprovadas que não darão a resposta exigida para por a mão nos canecos.
Falta pouco, entretanto, falta.
* Um palavra esquecida que alteraria totalmente o texto
** Erradamente, usei Moura; é para ser Gomes
* Um palavra esquecida que alteraria totalmente o texto
** Erradamente, usei Moura; é para ser Gomes
Com Edmilson e guerreiro do nosso lado a coisa ficaria interessante.
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirGuerrero é excelente centro-avante; está em baixa na carreira, mas ainda é bom. Lembra Lucas Barrios e Alexis Sanchez, velhos e eficientes.
Edenílson, jogador múltiplo, é menos do que Paulo Cesar Tinga,de qualquer forma, teria lugar no Grêmio.