Opinião

A Resistência

Sendo redundante, este espaço é de opinião, portanto, não será nunca unanimidade. O que tratarei a seguir é um olhar pessoal sobre o assunto Renato, o comandante técnico gremista.

Penso que o lado “auto suficiente” (para alguns, arrogante) projeta um sentimento de rejeição,  má ou viciada avaliação ao seu belo trabalho à frente do Imortal. Parte das pessoas analisa o "pacote" Renato, assim como, por exemplo, ocorria com Paulo César Lima, o Caju, que jogava muito, porém, muita gente tinha visão contrária, embaçada pelo lado polêmico dele. Um equívoco, certamente.

Eu consigo separar a "casca" do conteúdo interno, vale também para o bom mocismo que torna jogadores medianos em "craques" aos olhos da massa e suas limitações são minimizadas, relevadas ou mascaradas por conta da empatia.

O bom conceito de Renato é fonte corrida no eixo Rio-São Paulo, que não está infenso ao ambiente que permeia o território gaúcho. São observações sem pré - conceito. (Eles) Comentam o que é visto.

Renato vem realizando um trabalho muito bom desde que chegou em 2016, rompendo o ciclo perdedor que perdurava há anos. Mesmo assim, o seu trabalhado foi tentado (sem sucesso) ser desmerecido várias vezes; ora era herança de Roger, aliás, este que está se tornando a versão moderna do Pet de 2 L, pois tem gás apenas nas suas arrancadas; noutra, outro absurdo: era Espinosa quem escalava, por fim, os títulos, padrão de jogo, revelação de craques da base, tudo isso, consequência de sua sorte.

Há uma resistência, para mim inexplicável como demonstro com estes números recentes: Acho exagero falar no 100 % de aproveitamento, depois do vexame no Maracanã, portanto, resolvi pegar uma amostragem que julgo suficiente para justificar o bom trabalho do treinador gremista.

Peguei os últimos três meses (05/08 a 03/11) do Grêmio no Brasileirão com o time titular. Foram 13 jogos, 9 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota (Bahia na Arena); 33 gols marcados, 9 sofridos, saldo de 24, Aproveitamento de 77%, repito, 77%. Não é pouca coisa.

Colocando um hipotético quadro de 2 vitórias contra CSA (em casa) e Chapecoense (quase em casa), esse percentual chegará a 80%, repetindo, 80%; convenhamos, é muita sorte, quanto mais ele treina, mais a sua sorte aumenta como ocorria com Tiger Woods.

Renato/Grêmio não é o melhor time do campeonato, perdeu a vaga da Libertadores para o ocupante desta condição, mas fica num orgulhoso segundo lugar.

Vi os dois confrontos de Boca versus River e arrisco dizer que o chaveamento colocando o Grêmio contra um desses argentinos, o Tricolor estaria na final.

Há muito a acertar no futebol do clube, inclusive Renato que se auto boicota, quando aposta em jogadores sabidamente insuficientes para as empreitadas que o clube encara, entretanto, isso não deveria reduzir os méritos imensos que o comandante técnico possui.

É só uma opinião.