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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Opinião



A Substituição

Eis que a boa impressão que as ações de Romildo na condução do futebol provocaram em boa parte dos gremistas, desaba com a chegada de Renato a Porto Alegre. Parece que o verdadeiro comandante do clube é o treinador.

Saem as contratações que tem a lógica e bom senso na sua origem, sejam em nomes, sejam nas posições, entra o bruxismo tão condenado por todos.

 A possibilidade das vindas de Diego Souza e Thiago Neves é um baque no ânimo da torcida e vai ferir de morte o elenco gremista dentro do vestiário.

O que Romildo Bolzan está permitindo é aumentar a chance de ressurgimento do Coirmão, assim como ocorreu em 2003, quando a coleção de erros da gestão liderada por Flávio Obino, abriu as portas para a construção da hegemonia colorada no estado e também o seu maior título, o de 2006. Não pensem que só os méritos vermelhos são a causa daquela fase. As raízes, em parte, se desenvolveram pela incompetência gremista, pela sua incapacidade de antever os reflexos das más escolhas em seu dia-a-dia e penou quinze longos invernos para botar a cabeça para fora da água turva que banha a frustração.

Repito, o que ocorre hoje é a impressão triste para nós, que a boa cabeça de Bolzan dá lugar a volta de um gerenciamento infeliz e atrasado de buscar na "ressurreição"de  atletas que não tem nada mais a contribuir nos clubes.

É assim que pensam superar o Flamengo, por exemplo? Ou alguém imagina encarar o time de Jorge Jesus com Maicon, Thiago Neves e Diego Souza, todos ao mesmo tempo entre os onze sem o risco de levar mais cinco no placar? Se há chance de ocorrer, não é bom desafiar o destino.

Deixo um apelo: presidente reassuma o comando daquilo que o senhor chamou de "processo de reorganização" do futebol gremista.

É triste tratar deste assunto na véspera do grande clássico gaúcho que poderá dar ao Grêmio o inédito título da maior competição nacional da categoria "sub alguma coisa".

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