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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Opinião



Tonhão Rodrigues 

Hoje, por conta da bela atuação do zagueiro Rodrigues, me veio à lembrança três nomes de jogadores dos anos 70 e 80 (me desculpem os mais novos): o ponta esquerda Lupercínio (com essa grafia mesma) e os beques Luiz Pereira, lenda do Palmeiras e Luiz Eduardo, quarto-zagueiro do Imortal da segunda metade dos citados anos 80.

Nilton Santos, mítico lateral do Botafogo e da Seleção Brasileira era dirigente do seu time do coração, quando chegou do Paysandu de Belém, o ponta Lupercínio e a "Enciclopédia do Futebol" determinou a troca do seu nome, porque para jogar na ponta e se destacar, os nomes dos jogadores teriam que ser de grafia pequena; então, o jovem virou "Lupi". Pouco adiantou, saiu em seguida; foi brilhar no Nordeste brasileiro, onde fez história.

Quando Hugo De León partiu do Tricolor em 84 para o Corinthians, a torcida tinha convicção que seu lugar ficaria por longo período num entre e sai de nomes como ocorrera com o lado Colorado, quando Figueroa retornou para o Chile; aí, um menino de Dom Pedrito subiu dos juniores e ficou quase uma década "gastando" a bola com muita competência: Luiz Eduardo.

No início dos anos 70, o Palmeiras tinha um timaço, a chamada Academia, igualmente, uma zaga de respeito na qual se evidenciava o zagueiro Baldocchi, tri campeão em 70 no México. 

Ele foi embora e no seu lugar um jovem desconhecido tomou conta  do lugar; Luiz Chevrolet, apelido ganho por ter trabalhado na montadora; como Lupercínio, houve implicância com o seu nome e ele virou Luiz Pereira, um defensor artilheiro que dava arrancadas idênticas as que foram vistas ontem na Arena.

Luiz Pereira jogou a Copa de 74 na Alemanha e brilhou no Atlético de Madrid por muitos anos. Era o único zagueiro brasileiro que rivalizava com os estrangeiros Ancheta, Figueroa, Ramos Delgado, Reyes e Perfumo no país.

Rodrigues, antes Tonhão, que veio da base, que pode substituir um ídolo (Geromel), que tem grandes arrancadas; é uma das grandes descobertas da Direção gremista.

E saiu mais barato do que muito medalhão. Nem tudo está perdido no horizonte azul.

4 comentários:

  1. Che, minha sogra tem um cachorro chamado "Baldoqui", e ela se dizia torcedora do Palmeiras, nunca questionei o porquê do nome do bicho...

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    1. Glaucio
      Está explicado: José Guilherme Baldocchi. Pior é que anos depois de Academia do Parque (Antarctica), ele passou paraoutro Parque, o São Jorge (Corinthians).

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  2. Bruxo, não vi o jogo terça. Mas até aqui, todos os jogos que vi do Rodrigues gostei. Ele tem velocidade e muita força. É caprichar no tempo de bola, que é o que quebra muito zagueiro, e irá fazer carreira.

    Luis Eduardo era muito bom jogador. Também tio do Régis, que jogou no Inter em 97 mas que era cria da base tricolor até ser dispensado no juvenil. Aliás, muito bom zagueiro também.

    São poucos os zagueiros da Série A hoje que engraxam a chuteira desses caras todos.

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  3. Vinnie; verdade; não lembrava desse detalhe (Régis). Luiz Eduardo jogava o fino, mas sabia engrossar quando necessário.
    Rodrigues é dessa linhagem.

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