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domingo, 24 de janeiro de 2021

Opinião




Grêmio toma virada no final 

Clássico de uma derrota doída, mas previsível, porque à medida que o Grêmio avançava na invencibilidade, se aproximava do final dela.

Esse Grenal do jeito que terminou, ficou parecido com aquele de 2003, Tite no Grêmio, Muricy no Inter, Luiz Mário abriu o placar e o Inter virou, arrancando para momentos vitoriosos em anos seguintes.

Independente se foi merecida a vitória do Inter (acho que o empate era mais justo), o conjunto recente da obra gremista é muito ruim. Até a classificação em cima do São Paulo, agora se vê que não foi a epopeia que pareceu.

Sobre o jogo de hoje, o Tricolor escapou de perder na primeira etapa, uma bola na trave e duas defesas importantes do goleiro gremista, impediram a abertura do placar.

A lesão de Geromel (sem relação com a anterior) foi uma ducha de água fria, a atuação de Alisson foi calamitosa, Matheus Henrique, muito mal e Pepê segue sumidaço. Sobrou pouca coisa positiva.

Na etapa final, Peglow perdeu um gol incrível na pequena área e aí, o Grêmio começou a jogar, Diego Souza cresceu, perdeu dois gols em momentos capitais, logo em seguida, deixou Jean Pyerre livre para concluir.

As mexidas de Renato melhoraram muito, enquanto que Abel errou na troca. Naquele instante, a vitória estava encaminhada. Faltaram duas situações: a marcação de penalidade em Ferreira e o time prender mais a bola, sem fazer faltas bobas que possibilitassem levantamentos para a defesa gremista.

Fica como ensinamento que tem jogador que não merece ser titular e outros que estão jogando muito pouco. Que o histórico de empates estava dando o seu recado. Até matematicamente, empates estão mais próximos das derrotas que das vitórias.

O Inter ganhou no lance mais antigo de times que estão perdendo no final, o chuveirinho, e se deu bem. 

Outra certeza: a bola entra no gol em que ela está mais próxima. É da física.

Agora, o negócio é torcer para que o Palmeiras ganhe a Libertadores e a Copa do Brasil, para ele, seja um estorvo.

Esperar por cirurgia no time (nem falo em comissão técnica) é equívoco, é desconhecer a biografia do presidente.




21 comentários:

  1. Uma boa análise da nossa crônica esportiva gaúcha é ouvir o que dizia do Grenal até os 44 minutos, momento do empate.
    É interessante.

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    1. O que diziam, Bruxo?

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    2. Bruxo, erro do treinador em não botar um zagueiro extra pra segurar a pressão. Inadmissível. Era a alteração óbvia. Não era para colocar o Pinares.

      O pênalty do Ferreira eu não sei - jogador sempre quer cavar. Mas o do Kanneman é ridículo. E o cara nem foi olhar?

      Repito, o descaso com o Brasileiro foi punido com a desmoralização de ser derrotado assim.

      No final melancólico tricolor, outra entrevista desastrosa também.

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    3. Vinnie
      Vou postar algo amanhã, mas para mim, duas situações estão bem claras: o Grêmio está mal 2020/21, porém, neste Grenal, sua derrota passa pela arbitragem.
      No lance do Ferreira é evidente o antebraço nas costas do atacante que está olhando para a bola.
      O que se tem em mente: Romildo, pelo menos deve ter esse sentimento, é que há forças muito grandes para virar a gangorra no Sul e se ele cruzar os braços, vai ser engolido.
      Perdeu muito tempo desprezando o Brasileiro na convicção que o Inter jamais ganharia. Agora, nem uma sexta Copa do Brasil ameniza o impacto da conquista pelo rival.
      Tido como grande estrategista, Bolzan Jr. errou feio nessa.

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  2. Vi pela televisão e ouvia a Bandeirantes por causa do Marco Antônio Pereira, os comentaristas (são sempre) dois por vez, aliás, nunca nenhum deles e são várias duplas, discordam, as duplas sempre observam o mesmo jogo.
    O que se dizia era que Abel mexeu mal, que o Inter estava aceitando o domínio do Grêmio, as mudanças melhoraram o Grêmio e ressaltavam o aumento da invencibilidade.
    Concordo com tudo isso; o problema está na mudança do discurso após a virada, que poderia não vir, se o pênalti no Ferreira fosse marcado.
    A vitória colorado, como por mágica, mudou o olhar sobre o jogo.

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    1. Ah, sim. Mas nessa profissão só comentam resultado. São pagos pra isso. A audiencia pós-jogo é sempre do time vencedor.

      O pior é nem isso, é o "segundo Grenal do século." É dose.

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    2. Não ouvi nada dessa história de segundo Grenal do Século, pelo menos na Guaíba, pós jogo.

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  3. Não sei se abre para vocês, mas, eu que discordo quase do Coimbra, nesta estamos juntos:
    https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/david-coimbra/noticia/2021/01/arbitragem-prejudicou-o-gremio-mas-o-que-importa-ckkbow0pp0036017wbihvpati.html

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    1. Só li esse texto do David(o qual não suporto também) agora depois de fazer meu comentário aqui. E rapaz... essa praga de Grêmio cambaleante me fazendo concordar com o David Coimbra.

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  4. O que esse imbecil do Coimbra falou, eu não consigo ler, tem que ter assinatura pra ler, me recuso a pagar pra ler o lixo da IVI. Resume pra gente Bruxo, por favor.

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    1. André
      Segue:
      David Coimbra
      O ruim de escrever sobre um Gre-Nal como o deste domingo (24) é que é muito arriscado. O leitor sempre fará uma leitura emocionada do texto. Mas, exatamente por a leitura ser emocionada, é muito bom escrever sobre esse tipo de Gre-Nal. Porque o texto não será anódino.
      Então, o melhor é entrar logo no meio da polvadeira, da troca de manetaço e de pernada: a arbitragem prejudicou o Grêmio. O pênalti de Kannemann não aconteceu e, antes disso, houve um pênalti em Ferreirinha que poderia ter sido marcado. O árbitro, inexplicavelmente, nem conferiu no VAR. Outro erro foi o juiz ter encerrado a partida antes do tempo de prorrogação que ele próprio definira, como, aliás, aconteceu no primeiro Gre-Nal que ele apitou, quando o Grêmio venceu por 4 a 1.
      O que significa isso, ao fim e ao cabo? Nada. A vitória foi decretada, o Inter somou três pontos
      O jogo teve duas propostas diferentes: no lado do Grêmio, a estratégia; no lado do Inter, a proposição. O Inter jogou o tempo todo para vencer; o Grêmio, para segurar o empate por algum tempo e, depois, tentar a sorte em algum lance isolado.
      Curiosamente, pode-se dizer que ambas as ideias funcionaram. O jogo foi parelho no primeiro tempo, com poucas chances para os dois adversários. No segundo, o Inter pressionou por 15 minutos e quase marcou. Não conseguiu. Então, o Grêmio se reequilibrou, passou a dominar a partida e marcou seu gol. Só que o Inter insistiu. No upa-pupa, no abafa, no levantamento quase aleatório para a área, insistiu. E acabou obtendo o resultado que praticamente lhe dá o título.
      Foi um clássico muito parecido com o Gre-Nal do Século, de 1989: Abel de técnico, virando o jogo e subindo para a ponteira do Campeonato Brasileiro nas últimas rodadas.
      Mas uma partida dessas guarda outros significados. Para o Inter, é o recomeço. Um time com um goleiro seguro e um centroavante perigoso. Entre eles, um meio-campo forte. Ou seja: existe uma coluna de aço a sustentar a equipe. Os melhores? Patrick e Yuri Alberto, sem dúvida. Eles jamais deixam o adversário descansado, eles estão eternamente fustigando a zaga inimiga.
      Para o Grêmio, os sinais são mais sombrios. Em primeiro lugar, repete-se a extrema incapacidade do time em decisões, nos últimos anos. Afinal, o Grêmio vencia aos 38 minutos do segundo tempo, e permitiu a virada, mais ou menos como se deu diante do River, na semifinal da Libertadores. Some-se esses jogos aos fiascos contra Santos e Flamengo, à derrota para o Atlético Paranaense em 2019 e ao constrangimento da final do Gauchão, contra o Caxias, e vê-se aí um time que fraqueja na hora mais importante. Um time que vacila.
      É bastante óbvio, também, que algumas peças não funcionam mais. Diego Souza fez duas tentativas de arrancada angustiantes. Parecia que estava em câmera lenta, parecia um pesadelo. Mas ele é um jogador de 35 anos, grande e pesado. E Jean Pyerre, de 22, que, da mesma forma, não ganha na velocidade de ninguém e não dá mostras de se importar com isso? E Pepê, que, diria Felipão, perdeu a “alegria das pernas”? E o goleiro Vanderlei, que botou um tiro de meta no pé do centroavante do Inter? E Maicon e Geromel, que ficam mais em tratamento do que em campo? E Alisson, que é como se não estivesse lá?
      O Grêmio tem de mudar. E muito.
      O Inter ao contrário. O Inter não tem de mudar nada. Basta não mudar para ser o luzidio campeão do ano da vacina.

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    2. Boa resenha, deste cidadão que, às vezes, me dá náuseas. haha

      Mas resumiu de forma muito lúcida o acontecido.

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  5. Lamentável. Perdeu quando não podia. A arbitragem errou? Sim, foi um pênalti bem discutível. Mas simplesmente não se pode entregar um jogo assim! Depois de abrir o placar já mais pro final do jogo chamar o adversário e deixar jogar assim, com todo espaço e boa vontade, é coisa de time acomodado e descompromissado.
    Se fosse um Grêmio x Fortaleza por alguma rodada qualquer do Brasileiro já seria um vexame. Mas sendo um Grenal, com esse peso todo que deixa o Inter com uma mão na taça, é mais inadmissível ainda. Um fiasco, por mais que a arbitragem tenha errado não apaga a grande entregada que o Grêmio deu. Eles chegaram no ataque porque tinham todo campo e a bola pra jogar, o Grêmio fez o gol e botou a mão na cintura. Chamou a derrota.
    Lembrou aquela dolorida queda pro River Plate, que teve beneficio da Conmebol e arbitragem pros argentinos mas teve o Grêmio entregando a paçoca também. Ano passado foi o 5x0 do Flamengo agora foi esse 2x1 pro Inter, além da queda pro Santos. Qual vai ser o próximo fiasco? Espero que não seja na final da Copa do Brasil... Que aliás agora o Grêmio vai com um caminhão nas costas pra jogar essa final. E como foi dito mesmo vencendo ela vai ficar ruim igual se o Inter levar o Brasileiro.
    Sobre o jogo só vou novamente destacar a inoperância do lado direito com Ferraz e Alisson que já acontece a sei lá quantos jogos. Alisson em especial fazendo um jogo péssimo mais uma vez. Pepê apagado, JP fez o gol e teve lampejos mas segue jogando uma bolinha murcha e Matheus é outro que segue devendo.
    Renato segue errando. O time simplesmente parece retroceder e retroceder, não sabe o que fazer em campo e sempre parece meio acabado fisicamente. Sem falar na falta de vontade. Até os "guris" que antes eram um sopro de vontade tão com aquela postura acabada.
    Como disse o Vinnie perder com um pênalti mandrake nos acréscimos foi até poético dada a entregada vexatória que o Grêmio deu. E como tu colocou Bruxo, esperar "revolução" com Romildo chutando a porta do vestiário é surfar na ilusão. Teremos o mais no mesmo a principio.
    Hoje é só corneta da minha parte. Depois a gente lambe as feridas e pensa melhor sobre o Grêmio. Mas se antes desse grenal o desanimo já era grande, agora então...

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    1. É isso aí, Lipatin.
      Esse espaço é nosso, de gremistas, se estamos de cabeça quente é porque gostamos do Grêmio.
      Amanhã, a adrenalina baixa, mas que é duro perder um jogo ganho, ainda mais, Grenal, é realmente revoltante.

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  6. Um adendo, o que foi a coletiva... Foi um fiasco em campo e outro pior nos microfones. Foi ridículo o que Renato falou, uma atitude patética de mau perdedor pra deixar o torcedor com vergonha do próprio clube.
    Vamos ser atropelados até pelo time B do Palmeiras assim.

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  7. Valeu Bruxo...
    O grêmio simplesmente não podia levar 2 gols em 7 min, não existe!!! Fomos roubados sim! Mas não vamos deixar passar que seu Estátua fez muita merda!

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  8. Perfeito, André!
    São duas coisas distintas; o Grêmio não merecia perder pelos erros de arbitragem; em 31 jogos, ganhar apenas 12 é preocupante.
    O choro é justo, mas não dá para encobrir a má performance no campeonato.

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  9. Eu grito contra esse treinador há tempos... Obrigado tempo por me dar razão. Daison.

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  10. Verdade, Daison; sempre achei esta tua conclusão precipitada, mas os últimos meses de Renato acabam unindo as opiniões que eram discordantes.
    O Grêmio não soube domar o seu treinador, que extrapolou a condição de comandante técnico apenas.

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  11. Exatamente meu querido amigo, no qual sou fã. A única coisa que eu não soube me expressar. Mas eu queria a saída após Mundial. Uma pena, acertei. Deu merda em 2018, 2019 e 2020 (mesmo com a final da Copa do Brasil na biografia).

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