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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Opinião


 



Precisamos falar sobre Victor Bobsin

 

Demorou, mas chegou a vez de Victor Bobsin aparecer no time de cima. E ele vem correspondendo; começou com migalhas de minutos, ampliou o seu tempo de participação e tudo converge para que ganhe um tempo integral, quem sabe uma partida inteira para exibir o seu futebol vistoso e eficiente.

Bobsin vem colocando em prática duas expressões consagradas no futebol, que são: “volante de área a área” e “jogador que se apresenta para o jogo”. Realmente, o menino demonstra ter o fôlego tão comum à sua idade, não se omite, aparece para receber o passe e não fica rodopiando com a pelota, nem a conduz, além do necessário. ”Toco y me voy”.

Ele me faz recordar de dois camisas 5 dos anos 70 que se deram muito bem. Fisicamente, Bobsin lembra Paulo Roberto Falcão e Zanata, este último, ídolo do Flamengo e Vasco da Gama. Altos, esguios, cabelos claros e encaracolados, passadas longas, discernimento e técnica.

Falcão no juvenil (não existia a categoria juniores) formava o meio-de-campo com Clóvis, irmão de Cláudio Duarte, ex-jogador e técnico consagrado. Curiosamente, quando nos profissionais, Falcão avançou para a segunda posição do meio e Clóvis recuou para primeiro volante no Caxias. O destino fez a troca.

Zanata era craque. Aos 20 anos chegou à Seleção Brasileira, onde teve a perna fraturada acidentalmente por Tostão (craque do tri/70 e atual comentarista). Ficou 10 meses parado, o que atrasou a sua brilhante carreira. Dentro de campo percorreu idêntico caminho de migrar de centro-médio para segundo do meio.  Foi grande, mas poderia ter sido mais.

O “Paletó Velho” como a crônica carioca carinhosamente o batizara, parece ser ancestral de Victor Bobsin, no trato da bola, na passada, na economia dos toques e, especialmente, na oferta de alternativas de passe para os seus companheiros. Jogador raro.

Resumindo: o Grêmio tem um tesouro no meio-de-campo que precisa ser valorizado.

 

 

 


3 comentários:

  1. Apesar de pequena, a amostragem do Bobsin é boa. Joga fácil e se movimenta muito bem.

    Uma coisa que eu realmente espero do novo treinador é a mudança de esquema do time. Acho que esse 4-2-3-1 fragiliza demais o meio de campo. Os extremas correm o tempo todo atrás dos laterais adversários.

    Vejo muito mais equilíbrio num meio sólido, onde também é possível bloquear os flancos sem desguarnecer a intermediária.

    Queria vem uma formação ao estilo.

    Tiago Santos
    MH (Pinares) Bobsin
    JP

    O Alisson é um a menos na frente. Vale o teste.

    Outra vantagem dessa formação é a abertura do corredor ofensivo para os laterais virem de trás. Com extremas, os laterais ficam bloqueados, e são obrigados a jogar pelo meio. A gente viu que não funciona.

    Na frente encosta o Ferreira no Diego Souza, perto da área pro 1 contra 1. Das duas uma, ou ele cava falta ou faz jogada de tabela com o centroavante.

    Com Kanneman e Geromel inteiros, a linha defensiva do Grêmio vai ser muito forte com os dois guris nas laterais mais o Brenno.

    E na frente o Diegão fez 29 gols nessa bagunça de time. Imagina o que não faria com um meio organizado?

    Ainda tem gente que pensa que o Grêmio deveria contratar atacante. Discordo veementemente.

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  2. Vinnie
    Concordo, especialmente se este atacante é Douglas Costa; para mim, pensamento mágico. O ideal, penso, é buscar jogadores como Richarlison, aliás, quando ele era do América Mineiro, eu citei aqui como bom reforço.
    Penso que um lateral esquerdo (na hipótese de insuficiência de Guilherme Guedes) com essas características.
    E o meio de campo vai muito da capacidade do treinador.Tem material humano para isso.

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  3. Para não ficar dúvida; critico a busca de atacantes, se forem nomes como Douglas Costa que na balança custo/benefício irão dar prejuízo ao Tricolor.

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