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domingo, 4 de julho de 2021

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (254) - Ano - 1986

O Goianiense e as Encruzilhadas Gremistas

Fonte:https://www.torcedores.com/

Interessante a sina deste clube de Goiás; ele enfrentou poucas vezes o Tricolor, especialmente, aqui no RS, no entanto, foram/são confrontos marcados por momentos delicados, de tensão, de  imperiosas tomadas de decisões do Imortal, como em 2008, quando Celso Roth balançou no cargo, após perder o Gauchão e cair na Copa do Brasil no Olímpico para ele, o Goianiense. Balançou, mas ficou.

Agora, 13 anos passados, Tiago Nunes vive situação semelhante, justamente, contra essa agremiação. Ganha bem ou perde o cargo.

Pois, o Alvirubro me enviou material de uma passagem semelhante, ocorrida há mais de 3 décadas, mais exatamente, 1986, quando Valdir Espinosa saiu do comando técnico Tricolor (sim, os grandes treinadores, também são demitidos) e nessa turbulência de troca de técnico, o primeiro jogo após a saída dele, já com Candinho, o Grêmio encarou o Atlético Goianiense em Porto Alegre.

Foi em 26 de Novembro e o primeiro "onze" de Candinho foi: Mazaropi; Casemiro, Baidek, Luis Eduardo e Adriano; China, Bonamigo e Luiz Carlos Martins, Valdo, Lima e Odair. Um time composto por nove juniores.

Roberto Oliveira, técnico do Atlético utilizou: Leonetti; Rubens, Néo, Nogueira e Célio Gaúcho (Valdeir); Marçal, Ticão e Palhinha; Osmarzinho, Ilo (Odair) e William. 

Dulcídio Wanderley Boschillia foi o árbitro.

O Tricolor entrou arrasador, em especial, pelas pontas, onde Valdo e Odair se sobressaíam. Ainda assim, a primeira chance de gol foi dos visitantes, William, aos 4 minutos, mas aos 9, Valdo abriu o marcador, após bater escanteio curto para Odair, receber de volta, trazer para o meio, abrir ângulo e bater. 1 a 0.

No final do primeiro tempo, o artilheiro Lima marcou, depois de iniciar a jogada no meio, com uma trama que contou com Valdo, Luiz Carlos Martins e Bonamigo, na direita e aparar o cruzamento, quase dentro do gol. Decorriam 40 minutos.

O final do primeiro tempo; reservaria mais dois gols, Palhinha, aos 42 minutos, descontou em falha defensiva e aos 45, quando o maestro Valdo bateu penalidade máxima sofrida por Luis Carlos Martins em ótima jogada desse. Placar da etapa inicial: 3 a 1.

O Grêmio se assustou, quando aos 8 minutos, Néo bateu falta de longe e reduziu a diferença: 3 a 2.

O receio que os maus resultados (2 vitórias em 11 jogos) se manteriam, reapareceu na memória e olhos dos torcedores.

E essa situação tensa prosseguiu até o último minuto, instante em que o artilheiro Lima fez uma de suas jogadas mais usuais, entrou driblando em diagonal e fuzilou o goleiro atleticano. 4 a 2.

Candinho estreava com vitória e ajudado pelos tropeços dos adversários, via o seu time subir quatro posições na tabela.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

Seguem os melhores lances:







7 comentários:

  1. Interessante, pois Candinho, que substituiu Espinosa, não durou muito, porque também não conseguiu mudar os resultados. Concluiu o Brasileiro de 1986, que avançou para dentro de 1987, nas oitavas de final, diante do Corinthians.
    Foram nove jogos de Candinho, com três vitórias, quatro empates e duas derrotas, uma para o Fluminense e a outra para para o Guarani, finalista contra o São Paulo. Em 1987, passado o Brasileirão, o Grêmio foi dirigido por Zeca Rodrigues e por Juan Mugica, até a chega de Luiz Felipe Scolari, em junho.

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  2. Não sabia que o Candinho tinha trabalhado no Grêmio. Valeu, Alvirubro.

    Valdo foi o melhor jogador do Grêmio nos 80. Jogou muito mais que o Renato. Mas era discreto, e nunca foi marketeiro. Ainda jogou duas Copas do Mundo, sendo titular incontestável em uma. Ídolo no PSG e no Benfica.

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    1. Bah! Achava Valdo um craque superior. Ele é o exemplo do craque que teve o futebol maior do que o nome. Talvez pela sua forma simples de ser, acanhado em demasia. "Na dele", como dizíamos.

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  3. Essa do Guarani, derrota, 1 a 0 no Olímpico. Única que vi no Olímpico. Sempre que fui, não perdeu.

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    1. Adenor Bachi jogava naquele Guarani, lembras?

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    2. Sim, assisti em jogo em companhia do meu irmão, que foi me visitar. Jogo em que Sérgio Néri se tornou titular e pegou o único pênalti que Valdo perdeu.

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  4. Valdo era extra-classe. Interessante: Possuía um fôlego tremendo e tinha um problema nos pulmões, desde antes de ser jogador. Refinado, técnico e tático, um daqueles atletas que fazia o time parecer ter 12 jogadores.
    Começou na ponta-esquerda, porque havia Renato, quando subiu, passou para o lado direito e fazia qualquer meia,seja pela esquerda, seja pela direita. Um Tadeu Ricci com mais fôlego

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