O Combo
Farei duas postagens hoje,
muito pela vontade de jogar para fora da alma a indignação pelos descaminhos
gremistas neste ano, principalmente. Começo por esta que trata de Luiz Felipe.
Com o equívoco monumental da
contratação de Tiago Nunes, cujos efeitos são os maiores responsáveis pela
posição do Tricolor no Z-4 (não é a causa única, óbvio), a Direção buscou
alguém que tem a biografia com os seguintes elementos: identificação com o
clube, experiência comprovada, carreira vitoriosa e, em especial, ser um gestor
de grupo. Aí, a lógica inclinou-se para
a escolha de Luiz Felipe Scolari. Diante dos 8% de aproveitamento até a 8ª
rodada do Brasileirão, poucos (ou ninguém) seriam contra. Era engolir a pílula
ignorando o amargo do remédio.
Acontece que o pacote era
indissociável; se veio o passado brilhante de Luiz Felipe, agregado,
logicamente, está o presente do veterano técnico. E ele depõe contra o
histórico dele. Trabalhos medianos e
principalmente, uma compreensão de futebol que estacionou ao longo dos anos. É
aquele de dois volantes de marcação e um centro avante grandalhão, cuja
principal característica, reside em ganhar a bola aérea e ir para o confronto
corporal com os zagueiros, quase o tempo todo.
Não vejo em Luiz Felipe, uma
ação, uma medida durante os jogos, que transforme essa maneira de jogar. Aquela
sacada que tira a tranquilidade do adversário. Decorrente disso, ontem, para
ficar num único exemplo, houve 45 bolas levantadas para a área pernambucana que
consagraram Rafael Thyere e parceria. Também, dar de forma primacial ao
insuficiente Alisson, a incumbência de municiar o ataque. Isso não foi o pior
da tarde do comandante técnico; a cereja do bolo, o certificado de falta de
leitura do que estava ocorrendo dentro das quatro linhas: o ingresso de Éverton
Cardoso no lugar de Ferreira, punindo o time e a torcida.
Como um atleta que não
justificou nunca a sua contratação, que teve compreensão disso pela Direção que
o separou do elenco principal, vira alternativa para mudar os rumos de uma
partida que pode ser emblemática para a queda gremista? É assustador para os torcedores mais antigos,
que vivenciaram os anos 90, assistir o ocaso opaco de uma carreira carregada de
títulos, competência e reconhecimento, hoje virar um espectro dentro de sua casa
mais acolhedora.
Por muito menos, a gente
presenciou críticas fortes em ocasiões anteriores com outros treinadores. Como
acredito que nessa fase terrível, a união de todos os gremistas é fundamental,
penso na manutenção de Luiz Felipe à frente desta empreitada até o final do
campeonato, mas, ele precisa se ajudar. Alguém tem dizer para ele que certas
escolhas vão afundar o clube rapidamente.
Bruxo, quando a principal justificativa para trazer um treinador é que ele tem estofo para fazer as mudanças necessárias, a gente pode concluir que realmente não vai dar certo.
ResponderExcluirSim, o Grêmio precisava afastar certas figuras do elenco principal, mas isso é trabalho para a direção do clube (alô Romildo, dá uma lida no Moneyball), porém a direção do Grêmio é composta por covardes que terceirizam suas funções, a começar pelo presidente do clube que está desaparecido faz tempo, mas como todo político vai aparecer após um vitória. O treinador deveria ter sido contratado para mudar taticamente a equipe, fazer o time render em campo, algo que já não existia com Portaluppi e com Tiago Nunes (que eu achei que daria certo) nem vale a pena comentar. Scolari, na sua penúltima passagem pelo Grêmio, já dava claras mostras de ser um treinador que parou no tempo, não seguiu as novas tendências do futebol mundial. Não seria agora, cinco anos depois, que ele seria diferente.
E é extremamente lamentável que temos de ver figuras nefastas como Everton, Alisson, entre outros ainda estão sendo utilizados, como se desses caras viesse a solução para os problemas do Grêmio.
E não dá nem pra entrar no campo de escalação e substituições promovidas por Luiz Felipe que aí vira covardia.
Correto. Em condições normais, o presidente deveria dar as caras.
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