Que Suárez é extra classe,
poucos duvidam; mas isso que é uma grande qualidade, pode ser o fato motivador
para o uruguaio “pedir o boné” no final do ano. Explico:
Há situações no clube, fora e
dentro das quatro linhas, que podem ir, aos poucos, desagradando o centro avante; uma delas é a
carência técnica do time, em especial, do meio e dos demais atacantes.
Luizito é uma ilha de
exuberância técnica cercado (ele) por um universo de atletas insuficientes ou
mal treinados.
A primeira hipótese é mais
visível; a segunda tem a ver com movimentação coletiva, ou
seja, a mecânica de jogo.
Os mais antigos haverão de
lembrar de expressões como: “toca para o Rei, que ele resolve’; “toca para o
Galinho de Quintino, que ele resolve”, “toca para o Dinamite, que ele resolve”,
“toca para o Baixinho, que ele resolve” e até: “toca para o Jardel, que ele
resolve”.
Estamos tratando de grandes
jogadores, que tinham um poder avassalador de conclusão a gol. O que ocorre no
Grêmio? Suárez não recebe uma bola à feição, quando isso deveria ser a “tônica”
dos movimentos gremistas; a missão de todos os demais atletas, já que o mundo
esportivo brasileiro clama por um especialista na arte de botar a bola para as
redes.
Aí, o paradoxo; o Tricolor
tem, mas não sabe como utilizar.
Suárez vai “encher o saco” e
poderá pedir para sair no final do ano; algo do tipo “foi bom, enquanto durou”,
porque ele é competitivo e perfeccionista: não gosta de perder; aliás, nem sabe
o que é isto.
Outro assunto:
Nenhum torcedor gosta de passar
por trouxa; a entrevista de Renato, ontem, após a partida é para humilhar a
massa gremista. Dizer que está rodando o elenco para conhecer, justificando a
ausência de Villasanti, mas então, ele não conhece o Thiago Santos que chegou
antes do paraguaio? Precisa testá-lo todo jogo? E Lucas Silva não será testado?
E Pepê não terá um descanso para experimentar outro jogador ou mesmo, outra formação?
Não ficou só nisso; aí aparece
a minha ironia na frase sobre a “estabilidade do setor” com o atual camisa 5,
porque isso nunca ocorre, aliás, ocorrem dois fatos: o time sofrer gols e o
volante tomar cartões. Dizer que entrou, pois é melhor na bola aérea e mais
rápido do que Villa é outro escárnio à inteligência da torcida, pois o antigo
titular atuou serena e eficientemente as disputas da Série B com Roger e
Renato, com bola aérea ou rasteira, pelas laterais ou pelo meio. Villa, ele
sim, deu estabilidade ao setor do meio de campo.
Essas escolhas protecionistas,
preconceituosas, minam o elenco e dentro dele está Suárez, que não deve ser
afeito a esse comportamento; se participou alguma vez, a panela tinha Gerrard, Touré,
Sterling, Neymar, Messi, Lucas Leiva, etc… é outro mundo.
Renato parece ter “estacionado” como técnico e de quebra, manteve certas atitudes que sempre atrapalharam
a sua carreira.
Bruxo, tenho o mesmo refeito.
ResponderExcluirEmbora o Tiago Santos não necessariamente se enquadre nisso, a comissão técnica do Renato, historicamente, apadrinha e protege jogadores do Rio ou com passagem pelo futebol carioca.
Os exemplos mais recentes são o Pepê e o zagueiro novinho, Gustavo Martins. Menino que até pode ter potencial, mas não mostrou nada pra ganhar tanta chance logo no início. Afoito. Faz faltas bobas. E cometeu uma falha bisonha no último jogo na Arena. O Grêmio tinha dois jovens ano passado, Heitor e Emanuel. Foram muito bem no Gauchão 2022. Nem sei se ainda estão no clube. O Natan realmente se machucou, mas aposto que quando voltar, já terá perdido lugar na hierarquia.
Pepê muito provavelmente não tenha a intensidade e dinamismo pra ser maestro de meio campo. Espero que não, mas não me surpreenderia se o futebol começasse a sumir a medida que os adversários melhorem. Veremos em alguns meses.
Em tempo, Vina foi uma boa contratação. Vai ser útil este ano.
Vinnie
ResponderExcluirSobre o penúltimo parágrafo; com certeza, o Grêmio terá imensas dificuldades, sim. Os setores são estanques e o toque-toque infrutífero.
Se não mudar, Suárez vai pedir para sair.