Opinião

Grêmio para na qualidade do Flamengo 

Alguém pode contradizer: a qualidade do Flamengo não apareceu diante do Bragantino e América MG, mas o que é incontestável é que ela (a qualidade) existe. O normal é esta partida contra o Grêmio; devem haver várias causas para explicar os insucessos, porém, a rotina é vencer pelas individualidades e pela organização tática. O Rubro-negro é excelente: Alan, Pedro e Éverton Cebolinha estavam no banco, todos seriam titulares nos principais clubes da Série A.

O Tricolor fez uma partida muito ruim (para minha surpresa), imaginei que a parada seria torta, mas com sufoco para o Flamengo, isso não aconteceu, desconfio que mesmo sofrendo gol e correndo atrás, o time carioca não perderia a partida. A esperança residia numa partida mágica de Suárez e na fragilidade da defesa adversária, no entanto, Luizito foi muito mal, assim como todo o time, a começar pelo meio de campo, onde todos estiveram igualmente mal, o menos ruim foi Villasanti, já Bitello, Carballo e Cristaldo realizaram a pior jornada juntos. 

Não dá para achar que tudo está errado, mas o meio precisa urgente ser revisto. Penso que as últimas atuações deixam evidente a insuficiência do uruguaio e do argentino para figurarem juntos. 

A lamentar também, embora não tenha sido determinante para o resultado final do confronto, a expulsão de Kannemann. A reação contida da torcida é diferente, porque se trata de um ídolo com imensas demonstrações de qualidade e entrega, caso contrário, a indignação com a irresponsabilidade do capitão teria maiores dimensões no humor da massa.

Como consolo: o Grêmio pegou o mais pesado adversário dos três possíveis nestas semifinais. Vai ficar no caminho, perdendo para o melhor dos quatro.

Agora é esperar pelos reforços e de um improvável ressurgimento de Luan, além de buscar razões para Botafogo e Grêmio serem os ponteiros do campeonato. São casos para estudo ou reflexão.