Páginas

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Opinião



 O Risco do apequenamento 

Vendo o atual estágio gremista nestes últimos anos em diversas competições, me ative à lembrança da adolescência e, em especial, dos brasileirões que disputava.

Fui pesquisar, porque a memória me indicava, que mesmo tendo um elenco inferior aos grandes clubes do centro do país, vencer o Imortal no Olímpico nos campeonatos nacionais era algo raro, raríssimo. 

Quem for atrás de mais detalhes, verá que o Tricolor tinha na maioria da década de 70, de dois a três craques, no máximo, exceção foi o final da década, depois de quebrar a hegemonia colorada nos Gauchões, antes, esquadrões modestos, se comparados as potências do "Eixo". 

Vamos aos números de derrotas em casa por edições de Brasileiros:

1971 (o primeiro Nacional): 1(uma) - Palmeiras

1972 (uma crise de cinco derrotas consecutivas entre 02 e 16 de Novembro): 3 (três): Vasco, Santa Cruz e Palmeiras. Caiu o treinador Daltro Menezes

1973: 1 (uma): Guarani

 *** Correção a partir da informação que o Brasileiro de 73 acabou em 74. Obrigado, Alvirubro 

1974: 1 (uma): Santos 

1975: 2 (duas): Coritiba e América (RJ)

1976: 2 (duas): Vasco da Gama e Fluminense

1977: 1 (uma): Santa Cruz

1978: Zero derrotas

1979: 1 (uma): América (RJ)

1980: 2 (duas): Atlético Goianiense e Ponte Preta

MÉDIA: 1, 4 derrota por Brasileiro nas 10 edições.

Em 2023 foram 4 (quatro) derrotas: Botafogo, Flamengo, Athlético Paranaense e Corinthians Paulista. 

No ano seguinte houve o episódio das enchentes como atenuante, o números de derrotas como locatário chegou a 7 (sete): Atlético Mineiro, Criciúma, Corinthians, Bragantino, Internacional, Juventude e Cruzeiro.

Em 2025, tem 1 (uma) derrota em quatro partidas em casa, no entanto, nem quando venceu (Santos) ou empatou com Inter e Bragantino, o time mostrou-se dominador como locatário.

Por isso, a massa torcedora, por mais otimista que seja, em nenhum dos confrontos anteriores, nem o de domingo diante do Bahia, "crava" que o time passará por cima dos baianos e conquistará os três pontos.

O temor de enfrentar o Grêmio em seus domínios virou página do passado. Infelizmente.






2 comentários:

  1. Tenho impressão que a comparação com décadas passadas tem alguns pontos que "amenizam" essa diferença: O primeiro, e mais óbvio, é que atualmente jogamos 38 jogos no campeonato, sendo 19 em casa. Na década de 70 era bem menos do que isso. Portanto, há que se proporcionalizar as coisas. O segundo ponto, é que alguns desses campeonatos eram inchados de clubes, dividindo-os em grupos. Ou seja, enfrentávamos vários clubes nanicos em casa, e não jogamos contra vários dos grandes.

    De toda forma, entendo que estamos nos apequenando mesmo. É só olhar para as últimas CINCO temporadas:
    - uma na segunda divisão (2022)
    - uma boa (2023) como vice campeão
    - três lutando para não cair (2021, 2024, 2025).

    Ou seja, em 4 dos últimos 5 anos estamos na lama.
    Também o apequenamento político atual do Grêmio me impressiona.

    ResponderExcluir
  2. Teddy
    Mas à medida que avançava no campeonato, havia disputas de ida e volta contra grandes, o que neutraliza a diferença do enfrentamento com os pequenos.

    ResponderExcluir