A busca da maturidade
Tenho poucas dúvidas de que o nosso Grêmio está no caminho certo. Se o Gauchão pode ser uma referência movediça, uma convicção ardilosa, também é verdade que o Tricolor enfrentou o Naconal de Montevidéo lá na capital uruguaia e mesmo descontando uma pretensa fragilidade charrua, ganhou com bom futebol e o Grenal (dispensa comentários sobre o que ele representa). Em ambos os testes foi superior aos oponentes.
O elenco, mais do que o time, apresenta bons recursos humanos que fazem a torcida ter dúvidas quanto a melhor formação. O time propriamente dito, exerce um futebol mais ofensivo e de maior técnica do que em anos anteriores. No entanto, falta um fator fundamental presente em todos os times vencedores: a confiança. Equipes campeãs apresentaram esse fator, esse ingrediente, pois o ruim vira médio, o médio vira craque e o craque estraçalha. Há exemplos em profusão; cito alguns: Vacaria no Inter de 75 e 76, quem foi Vacaria antes e depois destes dois anos? Marinho, beque do Flamengo em 81 e mais recentemente, Pará, campeão da Libertadores pelo Santos.
A partida de amanhã à noite, além do ganho na tabela em caso de vitória, também poderá encaminhar a maturidade da equipe, se fizer uma grande atuação, não apenas coletivamente, mas de algumas peças como ocorreu diante do Novo Hamburgo.
Se conseguir isso, embala de vez nesta primeira fase; caso contrário, atrasará o time na tabela e mexerá na tão sonhada confiança que está se desenhando neste momento.
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