Pequenas Histórias (63) - Ano 1995
A América se curva ao Grêmio de Luiz Felipe
Aquele Agosto de 1995 não foi o mês do desgosto para a massa Tricolor. Verdade que começou triste; dia 02, estádio Parque Antártica, o Imortal safou-se, apesar da surra de 1 a 5 que levou do Palmeiras, uma derrota que em qualquer análise isolada seria vexatória, mas combinada com o resultado do Olímpico, um 5 a 0 inesquecível, encaminhou o Grêmio para a fase seguinte. Para mim, ali a virtual decisão acontecera. O título era questão de tempo.
A próxima fase começou dia 10 com o Tricolor indo a Guayaquil, Equador pegar o Emelec. Aliás, um dos adversários de grupo na primeira fase. Muita pressão, muito sufoco, mas o 0 a 0 foi garantido.
Passados seis dias, Olímpico com 28.000 torcedores, com gols de Jardel e Paulo Nunes, o Imortal despachava o time equatoriano e se qualificava para a final contra o Nacional da Colômbia dos ídolos Higuita, Juan Pablo Angel e Aristizábal, mesmo adversário desta caminhada de 2014.
Diferentemente de 1983, o primeiro jogo era no Olímpico, a volta na temível Medelín, ainda marcada por ser uma das sedes do narcotráfico sul-americano.
Com a lotação praticamente esgotada (55.000 pessoas) no dia 23 de Agosto, o Grêmio venceu com grande tranquilidade; chegou fácil ao 3 a 1 com gols de Marulanda contra e Jardel no primeiro tempo. Paulo Nunes ampliou e num cochilo da zaga, que reacendeu as esperanças colombianas, Angel descontou. Ficasse no 3 a 0 e a "coruja estaria pelada".
Na noite de 30 de Agosto, quarta-feira, estádio Atanazio Girardot com mais de 50.000 torcedores, o Imortal utilizou a força máxima; isto é: Danrley; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Luis Carlos Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel. Entraram ainda Luciano, Alexandre Xoxó e Nildo. O Nacional mandou a campo: Higuita; Santa, Marulanda, Foronda e Mosquera; Gutierrez, Serna, Alexis Garcia e Arango; Juan Pablo Angel e Aristizabal. Contou também com Herrera, Pabón e Matamba. Os gols foram de Aristizabal logo aos 12 minutos da etapa inicial e Dinho cobrando pênalti sofrido por Alexandre, gol assinalado aos 40 minutos do segundo tempo.
O bicampeonato da Libertadores foi consequência da grande arquitetura engendrada pelo tripé Koff-Luiz Felipe- Paulo Paixão. Além do bom futebol, o grupo apresentou atletas de personalidade muito forte, especialmente Adilson, Nildo Dinho, Rivarola, Vágner Mancini e Luis Carlos Goiano, cuja liderança repercutiu fortemente nos jovens Darnley, Arce, Roger, Carlos Miguel, Arílson, Paulo Nunes e Jardel, titulares, mais Luciano, Alexandre, Murilo, Scheidt, entre outros.
Se no primeiro título, luziu absoluta a estrela de Renato, neste, o coletivo qualificado foi o ponto alto, apesar de Jardel se tornar o artilheiro da competição com 12 gols. Mérito para Luiz Felipe Scolari.
Em 1995, a estrela estava na casamata.
Obs: Agradecimento muito especial ao colega e amigo Alvirubro pelos subsídios (informações) utilizados nesta crônica.
A próxima fase começou dia 10 com o Tricolor indo a Guayaquil, Equador pegar o Emelec. Aliás, um dos adversários de grupo na primeira fase. Muita pressão, muito sufoco, mas o 0 a 0 foi garantido.
Passados seis dias, Olímpico com 28.000 torcedores, com gols de Jardel e Paulo Nunes, o Imortal despachava o time equatoriano e se qualificava para a final contra o Nacional da Colômbia dos ídolos Higuita, Juan Pablo Angel e Aristizábal, mesmo adversário desta caminhada de 2014.
Diferentemente de 1983, o primeiro jogo era no Olímpico, a volta na temível Medelín, ainda marcada por ser uma das sedes do narcotráfico sul-americano.
Com a lotação praticamente esgotada (55.000 pessoas) no dia 23 de Agosto, o Grêmio venceu com grande tranquilidade; chegou fácil ao 3 a 1 com gols de Marulanda contra e Jardel no primeiro tempo. Paulo Nunes ampliou e num cochilo da zaga, que reacendeu as esperanças colombianas, Angel descontou. Ficasse no 3 a 0 e a "coruja estaria pelada".
Na noite de 30 de Agosto, quarta-feira, estádio Atanazio Girardot com mais de 50.000 torcedores, o Imortal utilizou a força máxima; isto é: Danrley; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Luis Carlos Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel. Entraram ainda Luciano, Alexandre Xoxó e Nildo. O Nacional mandou a campo: Higuita; Santa, Marulanda, Foronda e Mosquera; Gutierrez, Serna, Alexis Garcia e Arango; Juan Pablo Angel e Aristizabal. Contou também com Herrera, Pabón e Matamba. Os gols foram de Aristizabal logo aos 12 minutos da etapa inicial e Dinho cobrando pênalti sofrido por Alexandre, gol assinalado aos 40 minutos do segundo tempo.
O bicampeonato da Libertadores foi consequência da grande arquitetura engendrada pelo tripé Koff-Luiz Felipe- Paulo Paixão. Além do bom futebol, o grupo apresentou atletas de personalidade muito forte, especialmente Adilson, Nildo Dinho, Rivarola, Vágner Mancini e Luis Carlos Goiano, cuja liderança repercutiu fortemente nos jovens Darnley, Arce, Roger, Carlos Miguel, Arílson, Paulo Nunes e Jardel, titulares, mais Luciano, Alexandre, Murilo, Scheidt, entre outros.
Se no primeiro título, luziu absoluta a estrela de Renato, neste, o coletivo qualificado foi o ponto alto, apesar de Jardel se tornar o artilheiro da competição com 12 gols. Mérito para Luiz Felipe Scolari.
Em 1995, a estrela estava na casamata.
Obs: Agradecimento muito especial ao colega e amigo Alvirubro pelos subsídios (informações) utilizados nesta crônica.
De arrepiar:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QZM92QXy9NM
De arrepiar (2).
ResponderExcluirOlhando o golaço do Máxi dá para concluir que o problema é mais de cabeça do que falta de futebol.
Eu estava naquela final, no Olímpico. (Creio que fui em quase todo os jogos daquela campanha). O gol do Nacional deixou a torcida preocupada, tanto que o estádio calou-se um pouco no final. Muito por causa do trauma do jogo contra o Palmeiras, penso agora. E pensar que no início do ano não davam nada por aquele time. Alguns torcedores, quando contrataram o Jardel, cantavam uma musiquinha que dizia "gaúcho não é otário quem tem Jardel não precisa de Romário". Eu achava um exagero, mas estava muito enganado. Boas lembranças! !!
ResponderExcluirMarcos!
ExcluirValorizo por demais a presença de Luiz Felipe, porque se formos ver o time de 1994, campeão da Copa do Brasil, este de 1995 foi remontado, isto é, a filosofia era a mesma, mas as peças eram outras, casos de Arce, Rivarola, Adilson, Goiano, Dinho, Paulo Nunes e Jardel, ou seja, 7 jogadores novos, mais de 70% do time.
Alguém sabe se passa na Fox Sport hj?
ResponderExcluirPJ!
ExcluirPelo menos, está na grade deles.
Bruxo, fico lembrando daquele ano de 1995. Posso estar enganado mas acho que o Emerson lesionou-se gravemente no início do Campeonato Gaúcho. O Vágner Mancini e o Arílson chegaram a disputar posição. Para o ataque, a dupla era Magno, do Flamengo, e Mário Jardel. Nildo estava em recuperação de uma lesão. Paulo Nunes, trazido como “enchimento” na negociação com Magno, firmou-se como titular. Ele e Jardel formaram uma dupla inesquecível para o torcedor tricolor.
ResponderExcluirAcompanho futebol há muitos anos. Poucas vezes vi um time com tanta determinação como aquele do “Felipão”. Enquanto parte do Brasil queria saber de times técnicos, Luiz Felipe Scolari ia empilhando troféus com seu time de abnegados jogadores de raça. Aquele espírito de entrega e busca incessante do resultado virou lenda. Aquele time mereceu ser campeão da América e por uma infelicidade não foi campeão do mundo. Só vi outro time tão guerreiro quanto o Grêmio de 1995. O Inter de 74/75/76, embora tecnicamente tenha sido superior. Foram apenas 22 derrotas em 3 anos. Mais de 220 partidas. Mesmo assim, não foi bem na Libertadores de 76 e 77. Havia o Cruzeiro no meio do caminho. Outro baita time! Esses times são daqueles que moram no nosso imaginário como invencíveis. Que times, amigos, que times! Entraram para a História do Futebol.
Alvirubro!
ExcluirPara mim, o Flamengo de 80/81/82/83 foi o maior de todos.
Timaço!
ExcluirAlvirubro!
ResponderExcluirLesão no dia 18 de Fevereiro de 1995, joelho.
Dale dale tricolor!!! Três a zero perdendo gols feitos!
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