20 - O Hábito Não Faz O Monge - Grenal dos 4 a 0 - Ano 1977
Acompanhando essa ronha de interdita ou não interdita o Pinheiro Borda, refleti e vi porque eu estava interessado no imbróglio; muito simples! Depois do Olímpico e Baixada, o estádio que mais deu alegrias ao nosso Tricolor foi justamente o Beira-Rio. Grenal noturno então, nem se fala. Várias vitórias, seja o Grêmio entrando como favoritaço ou como o maior azarão. Basta buscarmos pela memória ou pesquisarmos que encontraremos belas lembranças do Gigante.
A começar pelo quebra-pau da inauguração. Brincadeira! Além das muitas voltas olímpicas, temos a maior goleada registrada em Grenais naquelas quatro linhas. Foi em 1977, início de Novembro. O Grêmio recuperara a hegemonia regional e em praticamente 10 meses daquele ano, havia ganho 4 clássicos;3 a 0, 2 a 1, 2 a 0 e o inesquecível 1 a 0 em 25 de Setembro, o Grenal do ENEA, como diziam os colorados; acabou sendo Enea mesmo, isto é: Eles Nunca Esquecerão o André (ENEA).
Era um domingo de muito calorem Porto Alegre , o Coirmão não estava totalmente convencido da superioridade tricolor, questionava na justiça o título gaúcho, o caso Trimedal que os mais velhos lembram bem. Vinha se rearmando. "Raptaram" o goleiro da Seleção paraguaia Benitez que viria para o Grêmio numa ação cinematográfica, digna dos filmes de espionagem; buscaram o ponta-esquerda Edu, tricampeão em 70 que finalizava a escalação do poderoso ataque santista: Manoel Maria, Toninho Guerreiro, Pelé e ele, Edu.
Para substituir Figueroa, após a frustrada tentativa com Marião, Beliato, um zagueiro promissor, ex-Palmeiras, trazido do Náutico e a camisa 9 foi para Luizinho, goleador do América carioca e Flamengo, de uma família de centro-avantes, pois era irmão de Cézar Maluco e Caio Cambalhota. Eles, mais os remanescentes Batista, Caçapava, Falcão, Jair, Escurinho e Valdomiro.
Numa jogada de marketing adotaram o uniforme do à época campeão do mundo, Bayern München que ganhara o título em cima do Cruzeiro, algoz do Inter nas várias Libertadores que se cruzaram. Iriam estrear o uniforme idêntico ao time bávaro naquele Grenal do Brasileirão; camiseta, calção e meias totalmente vermelhas. Seria o novo talismã; enfim, incorporar o futebol germânico em seus atletas.
O primeiro tempo foi de um predomínio vermelho que não conseguiu furar o bloqueio tricolor. Ladinho (foto) foi o destaque, parando o lado direito que era o forte com as combinações de Batista na lateral-direita, Jair e Valdomiro.
Quando tudo se encaminhava para um zero a zero, Iúra da entrada da área no gol à esquerda das cabines de rádio, aos 37 minutos, arrisca um chute que simplesmente saiu da tela da televisão; um "bago" para o alto que os deuses do futebol acabaram por soprar, sim, um vento inesperado fez com que a pelota literalmente "caísse" dentro do gol do azarado Benitez. 1 a 0.
Recomeça o prélio e aos 17 minutos, o mago Tadeu cobra penalti marcado por Dulcídio Wanderley Boschilla, goleiro estático e bola rasteira no canto direito do paraguaio. O Coirmão desandou; aos 26, Éder entorta Batista e serve Iúra no lado esquerdo, o Passarinho, como era chamado nosso camisa 10, invade a área e sem ângulo bate cruzado, 3 a 0.
A tampa do caixão foi fechada por Tarciso; Éder roubou a bola de Valdomiro, arrancou pela esquerda e fez um cruzamento, antes de chegar ao fundo, Benitez disputa no alto com o Flecha Negra que desviou sem muita força para o fundo das redes. Decorriam 85 minutos.
Nunca mais se repetiu um Grenal com diferença de quatro gols. O uniforme estreante foi aposentado. Virou peça de museu, o Grêmio de Telê Santana conquistou a sua quinta vitória num único ano. Começava a cumprir uma trajetória vitoriosa, sepultando quase uma década marcadamente vermelha.
Um Grenal que exorcizou os demônios que habitavam as cabeças tricolores. Um clássico para lavar a alma.
A começar pelo quebra-pau da inauguração. Brincadeira! Além das muitas voltas olímpicas, temos a maior goleada registrada em Grenais naquelas quatro linhas. Foi em 1977, início de Novembro. O Grêmio recuperara a hegemonia regional e em praticamente 10 meses daquele ano, havia ganho 4 clássicos;
Era um domingo de muito calor
Para substituir Figueroa, após a frustrada tentativa com Marião, Beliato, um zagueiro promissor, ex-Palmeiras, trazido do Náutico e a camisa 9 foi para Luizinho, goleador do América carioca e Flamengo, de uma família de centro-avantes, pois era irmão de Cézar Maluco e Caio Cambalhota. Eles, mais os remanescentes Batista, Caçapava, Falcão, Jair, Escurinho e Valdomiro.
Numa jogada de marketing adotaram o uniforme do à época campeão do mundo, Bayern München que ganhara o título em cima do Cruzeiro, algoz do Inter nas várias Libertadores que se cruzaram. Iriam estrear o uniforme idêntico ao time bávaro naquele Grenal do Brasileirão; camiseta, calção e meias totalmente vermelhas. Seria o novo talismã; enfim, incorporar o futebol germânico em seus atletas.
O primeiro tempo foi de um predomínio vermelho que não conseguiu furar o bloqueio tricolor. Ladinho (foto) foi o destaque, parando o lado direito que era o forte com as combinações de Batista na lateral-direita, Jair e Valdomiro.
Quando tudo se encaminhava para um zero a zero, Iúra da entrada da área no gol à esquerda das cabines de rádio, aos 37 minutos, arrisca um chute que simplesmente saiu da tela da televisão; um "bago" para o alto que os deuses do futebol acabaram por soprar, sim, um vento inesperado fez com que a pelota literalmente "caísse" dentro do gol do azarado Benitez. 1 a 0.
Recomeça o prélio e aos 17 minutos, o mago Tadeu cobra penalti marcado por Dulcídio Wanderley Boschilla, goleiro estático e bola rasteira no canto direito do paraguaio. O Coirmão desandou; aos 26, Éder entorta Batista e serve Iúra no lado esquerdo, o Passarinho, como era chamado nosso camisa 10, invade a área e sem ângulo bate cruzado, 3 a 0.
A tampa do caixão foi fechada por Tarciso; Éder roubou a bola de Valdomiro, arrancou pela esquerda e fez um cruzamento, antes de chegar ao fundo, Benitez disputa no alto com o Flecha Negra que desviou sem muita força para o fundo das redes. Decorriam 85 minutos.
Nunca mais se repetiu um Grenal com diferença de quatro gols. O uniforme estreante foi aposentado. Virou peça de museu, o Grêmio de Telê Santana conquistou a sua quinta vitória num único ano. Começava a cumprir uma trajetória vitoriosa, sepultando quase uma década marcadamente vermelha.
Um Grenal que exorcizou os demônios que habitavam as cabeças tricolores. Um clássico para lavar a alma.
21 - O Estraga-Festa - Ano 2006
2006 definitivamente não é um ano de boa lembrança para nós tricolores se formos comparar com o que ele representou para o Coirmão; mesmo assim, tivemos uma alegria lá em uma de nossas casas mais tradicionais de espetáculos, o Pinheiro Borda, naquele ano.
Para recordar, lembro que foi mais exatamente em Abril, mês muito especial para os colorados. O Gauchão foi decidido em dois Grenais, o primeiro no Olímpico, zero a zero, o segundo e definitivo, no dia 09 de Abril no Beira-Rio que recebeu naquela tarde mais de 57 mil almas.
O Inter era franco favorito e ia em busca do penta-campeonato. O Imortal vinha remontando o time que subira no ano anterior da segunda divisão do campeonato brasileiro. Mantinha o competente treinador Mano Menezes e isso era um trunfo que se mostrou essencial para a retomada da hegemonia gaúcha.
Os times entraram em campo com desfalques, o Inter sem Fabiano Eller expulso no primeiro embate e o Imortal sem o zagueiro argentino Maidana, lesionado e Alessandro, lateral que jogara no meio no primeiro confronto, onde se constitiu em grande destaque. Ele também cumpria suspensão automática. Tcheco ficou no banco, descontado.
Poucos acreditavam que o título voltaria para o clube do Olímpico Monumental; o estado anímico indicava uma disputa forte, mas que a balança da vitória penderia para as cores vermelha e branca, senão vejamos as escalações: Clemer, Ceará. Bolívar, Ediglê em lugar de Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Fabinho, Paulo César Tinga e Mossoró;Michel, Fernandão e Iarley. Ainda entrariam no Colorado, Rafael Sóbis, Perdigão e Rentería. O treinador, o conhecido Abel Braga. Esse time, 4 meses depois seria campeão da Libertadores.
O Grêmio de Mano Menezes entrou com Marcelo Grohe, Patrício, Pereira, Evaldo e Escalona; Jeovânio, Lucas,Marcelo Costa e o lateral esquerdo Wellington repetindo a "pardalice" que deu certo com Alessandro na primeira partida; na frente, Ramon e Ricardinho. Praticamente um 4-5-1, pois Ramon era mais um meia do que atacante. Participaram também, Tcheco (sem condições para os 90 minutos), Nunes e Pedro Júnior. Este último, ainda sofrendo as vaias da massa, porque no jogo recente pela Copa do Brasil contra o XV de Novembro perdera penalti decisivo.
A partida foi muito parelha no primeiro tempo, chances de abertura de placar existiram para ambos os lados, mas os 45 minutos iniciais ficaram sem gols. Começa o segundo tempo e aos 12 minutos, Fernandão acerta as redes azuis. A festa vermelha começa.
Em número maior no seu estádio, a massa colorada sequer sonhava com a hipótese de perder o penta em casa, ainda mais, com time muito superior em nomes e naturalmente, saindo à frente no marcador.
Porém, à partir do gol sofrido, o Gremio começou a pressionar o time mandante e as chances de gol passaram a acontecer apenas na goleira da esquerda das cabines de rádio e televisão, isto é, só dava Grêmio no ataque.
Aos 33 minutos, Marcelo Costa cobra falta no lado esquerdo e o menino Pedro Júnior ( o quarto agachado) "casqueou" no meio de vários zagueiros e matou o goleiro Clemer. 1 a 1.
O Gigante da Beira-Rio emudeceu. Com o resultado de empate em ambos os prélios, o saldo qualificado beneficiou o nosso Tricolor que fez a festa, ou melhor, estragou a festa dos favoritos.
Como se em Grenal houvesse um dia um favorito! Mano Menezes mostrou nos dois clássicos que poderia fazer carreira como técnico.
Aqueles dois confrontos desmonstraram o estrategista que o Brasil e a América conheceriam melhor nos anos seguintes, quando foi vice-campeão da Libertadores em 2007 e em seguida fazendo história noutro mosqueteiro, o Corinthians Paulista e tornar-se timoneiro da Seleção Brasileira.
Para recordar, lembro que foi mais exatamente em Abril, mês muito especial para os colorados. O Gauchão foi decidido em dois Grenais, o primeiro no Olímpico, zero a zero, o segundo e definitivo, no dia 09 de Abril no Beira-Rio que recebeu naquela tarde mais de 57 mil almas.
O Inter era franco favorito e ia em busca do penta-campeonato. O Imortal vinha remontando o time que subira no ano anterior da segunda divisão do campeonato brasileiro. Mantinha o competente treinador Mano Menezes e isso era um trunfo que se mostrou essencial para a retomada da hegemonia gaúcha.
Os times entraram em campo com desfalques, o Inter sem Fabiano Eller expulso no primeiro embate e o Imortal sem o zagueiro argentino Maidana, lesionado e Alessandro, lateral que jogara no meio no primeiro confronto, onde se constitiu em grande destaque. Ele também cumpria suspensão automática. Tcheco ficou no banco, descontado.
Poucos acreditavam que o título voltaria para o clube do Olímpico Monumental; o estado anímico indicava uma disputa forte, mas que a balança da vitória penderia para as cores vermelha e branca, senão vejamos as escalações: Clemer, Ceará. Bolívar, Ediglê em lugar de Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Fabinho, Paulo César Tinga e Mossoró;Michel, Fernandão e Iarley. Ainda entrariam no Colorado, Rafael Sóbis, Perdigão e Rentería. O treinador, o conhecido Abel Braga. Esse time, 4 meses depois seria campeão da Libertadores.
O Grêmio de Mano Menezes entrou com Marcelo Grohe, Patrício, Pereira, Evaldo e Escalona; Jeovânio, Lucas,Marcelo Costa e o lateral esquerdo Wellington repetindo a "pardalice" que deu certo com Alessandro na primeira partida; na frente, Ramon e Ricardinho. Praticamente um 4-5-1, pois Ramon era mais um meia do que atacante. Participaram também, Tcheco (sem condições para os 90 minutos), Nunes e Pedro Júnior. Este último, ainda sofrendo as vaias da massa, porque no jogo recente pela Copa do Brasil contra o XV de Novembro perdera penalti decisivo.
A partida foi muito parelha no primeiro tempo, chances de abertura de placar existiram para ambos os lados, mas os 45 minutos iniciais ficaram sem gols. Começa o segundo tempo e aos 12 minutos, Fernandão acerta as redes azuis. A festa vermelha começa.
Em número maior no seu estádio, a massa colorada sequer sonhava com a hipótese de perder o penta em casa, ainda mais, com time muito superior em nomes e naturalmente, saindo à frente no marcador.
Porém, à partir do gol sofrido, o Gremio começou a pressionar o time mandante e as chances de gol passaram a acontecer apenas na goleira da esquerda das cabines de rádio e televisão, isto é, só dava Grêmio no ataque.
Aos 33 minutos, Marcelo Costa cobra falta no lado esquerdo e o menino Pedro Júnior ( o quarto agachado) "casqueou" no meio de vários zagueiros e matou o goleiro Clemer. 1 a 1.
O Gigante da Beira-Rio emudeceu. Com o resultado de empate em ambos os prélios, o saldo qualificado beneficiou o nosso Tricolor que fez a festa, ou melhor, estragou a festa dos favoritos.
Como se em Grenal houvesse um dia um favorito! Mano Menezes mostrou nos dois clássicos que poderia fazer carreira como técnico.
Aqueles dois confrontos desmonstraram o estrategista que o Brasil e a América conheceriam melhor nos anos seguintes, quando foi vice-campeão da Libertadores em 2007 e em seguida fazendo história noutro mosqueteiro, o Corinthians Paulista e tornar-se timoneiro da Seleção Brasileira.
22 - Zequinha, o Professor - Ano 1975
José Márcio Pereira
da Silva, mineiro, cabelo black power, calça boca de sino, professor de Letras,
autor de "O Time do Bagaço", lançado em 1976 pela L & PM
Editores, livro precursor nos relatos das histórias da bola e dos boleiros,
atualmente reside na América do Norte. Conhecem? Não! Então, quem sabe
Zequinha, o dos 3 gols num certo Grenal?
Ah! Melhorou.
Bruxo, o "sarandeio" da aposentadoria do uniforme vermelho foi assim:
ResponderExcluirSC Internacional 0 x 4 Grêmio FBPA
Data: 6 / Novembro / 1977
Evento: Campeonato Brasileiro - 1ª Divisão
Local: Beira-Rio, Porto Alegre-RS
Arrecadação: Cr$ 1.486.593,00 - Público – 57.004 (48.597 pagantes)
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschilla
Expulsão: Dionísio
Gol: Yúra 37' do 1º tempo; Tadeu Ricci (pênalti) 17', Yúra 26', Tarciso 40' do 2º tempo
Internacional: Benítez, Batista, Belliato, Gardél, Dionísio, Caçapava (Vasconcelos), Falcão, Jair, Valdomiro, Luizinho Lemos, Edú (Escurinho). Técnico: Carlos Gainete Filho
Grêmio: Corbo, Eurico, Wilson, Oberdan, Ladinho, Vítor Hugo, Tadeu Ricci, Yúra (Jorge Leandro), Tarciso, André, Eder. Técnico: Telê Santana
Aqui a relação de clássicos em que o Inter manteve a hegemonia de 17 jogos sem derrota.
Incluí a vitória gremista imediatamente anterior ao período de invencibilidade colorada e o GRENAL do Zequinha, que encerrou o jejum.
Interessante notar que as duas vitórias gremistas foram pelo mesmo placar e no mesmo estádio, o Beira-Rio
05.08.1971 - Internacional 1 x 3 Grêmio - Beira-Rio - Gols: Caio 9', Everaldo (contra) 20', Scotta (pênalti) 37' do 1º tempo; Caio 36' do 2º tempo
17.10.1971 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Beira-Rio
02.03.1972 - Internacional 1 x 1 Grêmio - Beira-Rio
05.03.1972 - Internacional 1 x 1 Grêmio - Olímpico
26.03.1972 - Internacional 0 x 0 Grêmio - Beira-Rio
21.05.1972 - Internacional 2 x 2 Grêmio - Beira-Rio
06.08.1972 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Olímpico
20.08.1972 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Olímpico
30.08.1972 - Internacional 2 x 0 Grêmio - Beira-Rio
20.09.1972 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Beira-Rio
20.05.1973 - Internacional 1 x 1 Grêmio - Beira-Rio
05.08.1973 - Internacional 0 x 0 Grêmio - Olímpico
11.11.1973 - Internacional 1 x 1 Grêmio - Beira-Rio
24.03.1974 - Internacional 2 x 1 Grêmio - Beira-Rio
29.09.1974 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Olímpico
01.12.1974 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Beira-Rio
01.05.1975 - Internacional 2 x 0 Grêmio - Beira-Rio
13.07.1975 - Internacional 2 x 1 Grêmio - Olímpico
23.07.1975 - Internacional 1 x 3 Grêmio - Beira-Rio - Gols: Zequinha 7', Zequinha 25', Falcão 40', Zequinha 42' do 2º tempo
Gracias, Alvirubro!
ResponderExcluirObrigado pelas estatísticas. Um abraço especial pelo 18/05.
Obrigado, amigo!
ResponderExcluirOs gols do jogo:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=C8q9b5yjMY8