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sábado, 13 de junho de 2015

Opinião



Você pensa que cachaça é água ...

Você pensa que cachaça é água, cachaça não é água não, cachaça vem do alambique e água vem do ribeirão. Marchinha de carnaval de Marinósio Trigueiros Filho, que eu lembrei, após refletir sobre o que vem acontecendo com o nosso clube, isto é, você pensa que há planejamento, mas não há não.

O momento para esta reflexão é agora, porque o Tricolor deverá ganhar os próximos dois compromissos em casa e aí  as minhas críticas não serão confundidas como oportunismo.

A coisa vai ao sabor do vento, da brisa. Uma hora, Matías Rodriguez está fora dos planos, noutra, titular da lateral direita, em seguida, antecipam a sua saída. Edinho é afastado, passados cinco meses, é reintegrado. Fernandinho é emprestado, mesmo iniciando apenas uma partida; incoerência na contratação (???), incoerência na sua volta como "reforço de qualidade"? Maxi Rodriguez roda por Vasco e La U, vira a esperança para ser o centro pensador da equipe. 

Falando sobre pensador; pensei que o Grêmio tinha se livrado da ideia de colocar Douglas como este tal centro da equipe, um jogador que atua uma partida bem e passa seis trotando em campo. Sua efetivação, certamente, implicará no preterimento de algum menino daqueles que brilharam contra o Corinthians.

Raul e Luis Felipe, dois garotos que foram muito bem na Copinha, talvez os melhores, são deixados de lado, enquanto outros, Artur, Gabriel Silva, Júnior, Nicolas Careca, já foram testados.

Recordando, Mário Fernandes estreou num Grenal, aliás, se Grenais são especiais, imaginem o do Centenário do clássico. Para piorar, jogou improvisado na lateral; resultado: Eleito o melhor em campo. Agora, Raul não pode jogar sequer 45 minutos durante o Gauchão. Vai entender.

A impressão que eu tenho, repito, impressão, é que a Direção desejava um treinador que fosse manipulável e Roger, pelas suas últimas declarações, se encaixou como "uma luva". Está cordato, "afinado" com o pensamento dos seus empregadores. Dá até para desconfiar da escolha do substituto de Marcelo Grohe; tá legal, Tiago entrou bem, mas será que Bruno Grassi não era o mais indicado?

Edinho, Douglas, Maxi Rodriguez, Fernandinho... Olha, daqui a pouco, a gente pode ouvir que a disputa judicial com Kléber foi uma estratégia para trazê-lo de volta. Quem sabe não teremos o Gladiador na Arena?

O Grêmio vai ganhar seus próximos compromissos, a mídia vai baixar a guarda, a crise vai para o lado do Beira-Rio, mas eu não caio nessa. Tem coisa estranha acontecendo na vida do Imortal. Essas vitórias em casa vão mascarar; é como o tetra e penta do Brasil com Ricardo Teixeira, mascarou e adiou muita coisa.

Você pensa que cachaça é água, mas ... Nau à deriva.



6 comentários:

  1. E o Enderson ano passado se encaixa na mesma situação....sobre os "reforços", sem sacanagem, mas acho que o Maxi é o único onde realmente temos certa carência, também não dá pra desconsiderar o Fernandinho, devido as ultimas participaçoes do Everton. O único inexplicavel mesmo é o Edinho.

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  2. Glaucio
    Só não dá para dizer que existe planejamento nessa jogada toda.

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  3. Coisas estranhas
    Tiago, goleiro tricolor, é empresariado por Paulo Roberto Costa, ex-lateral do Grêmio, sócio de Cláudio Taffarel, "padrinho" de Tiago, que é treinador de goleiros da Seleção. Bota padrinho nisso.

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    1. Para que não haja confusão; acho Tiago um goleiro promissor e está indo bem; pontuei apenas a coerência da Direção. Há um mês estavam procurando um substituto para o Marcelo, passado apenas Maio, sem que Bruno Grassi jogasse uma partida sequer e a solução do gol estava no elenco, antes da contratação dele.
      Dá-lhe "planejamento".

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  4. Adicione aí mais um episódio "Alan Ruiz". Dispensável, dispensado, procurado e agora desistido.
    Mas acho que, dada a carestia financeira, são tempo de ser pragmático Bruxo.
    Pra mim a maior e inexplicável incoerência é reclamar de crise financeira e bancar salário de quase três dígitos para executivo de futebol.

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  5. PJ
    Bem lembrado, numa crise, o diretor executivo deveria ser convencido a reduzir o valor, ainda mais que há dúvidas quanto à eficácia do seu trabalho.

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