Pequenas Histórias (102) - Ano - 1968
Foi um Rio que passou em minha Vida
Fonte: www.torcedor.gremista.nom.br
O Maracanã entrou na minha história no feérico 1968, o agitado ano que balançou os alicerces do mundo com a Primavera de Praga, A Noite das Barricadas na França; no Brasil, com a esquerda pegando em armas e a ditadura fechando o tempo com o AI-5.
Até então, eu conhecia a palavra "Maracanã" como marca de bola de futebol. Naquele Outubro, descobri outro verbete para ela; depois dele, o Rio, para mim, antes de Copacabana e do Cristo, era o Maracanã, maior estádio do Mundo e salão de bailes gremista.
1968 foi o ano do hepta-campeonato do Grêmio, décimo segundo título gaúcho em treze disputados. Como era a única disputa que a Dupla conquistava; nós, Tricolores estávamos no paraíso, porque ganhar uma competição nacional era como o homem pisar na Lua; isto é, ocorreria, mas não se sabia quando.
Dois dias de Outubro foram especiais para o Grêmio, 9 e 12, Quarta-feira e Sábado, neles, dentro do Maracanã, bateu Vasco da Gama e Botafogo, o líder do campeonato e o flamante bicampeão carioca, respectivamente.
O 1 x 0, gol de Alcindo sobre o clube da Estrela Solitária, numa partida memorável de Alberto, foi registrada em Pequenas Histórias 31. Um feito espetacular que vi numa transmissão direta da TV Piratini, retransmissora da Tupi do Rio.
Um pouco antes, um invicto Grêmio encarou o clube da Colina; o treinador Sérgio Moacir escalou uma curiosa formação, um 4-3-3 com dois volantes: Alberto; Renato, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo, Jadir e Sérgio Lopes; Flecha, Alcindo e Volmir. O veterano Babá também participou da partida, entrando no lugar de Flecha.
O Vasco da Gama mandou a campo: Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Moacir e Eberval; Benetti e Bouglê; Antoninho, Nei, Valfrido e Silvinho. Bianchini substituiu Valfrido. O comandante técnico era o gaúcho Paulinho de Almeida Ribeiro, o "Capitão Piranha", ex-lateral do próprio clube e do segundo Rolo Compressor colorado.
O Tricolor, bem ao estilo de seu treinador, "esperou" o adversário em seu campo, aguentou a pressão e jogou em contra-ataques. Logo aos 12 minutos, Everaldo lançou para Sérgio Lopes, que, de cabeça, encontrou Alcindo no meio do ataque, ele venceu Brito na corrida e, de pé direito, encobriu o arqueiro cruz-maltino. 1 x 0, placar do primeiro tempo.
Com a zaga em estado de graça, os momentos iniciais do segundo tempo, foram de contenção. Assim, segurando o Vasco e armando o bote, o Tricolor ampliou o placar; Cléo deu uma esticada para o camisa 9. O Bugre arrancou entre a zaga e desta vez, usou o pé esquerdo para "matar" o goleiro. 2 x 0, placar definitivo.
Um público próximo de 20 mil pessoas; considerado bom em virtude do mau tempo. O árbitro foi o gaúcho Agomar Martins.
Neste Domingo, o Imortal encara o Vasco no Maracanã. Desta vez, na posição oposta na tabela. O clube de São Januário é o vigésimo da competição. O lanterna.
A fonte de pesquisa foi o jornal Correio do Povo. Não estão na foto acima, o lateral Renato, o meia Sérgio Lopes, nem o ponta-direita Flecha. Os demais jogaram este Grêmio e Vasco da Gama.
Dois dias de Outubro foram especiais para o Grêmio, 9 e 12, Quarta-feira e Sábado, neles, dentro do Maracanã, bateu Vasco da Gama e Botafogo, o líder do campeonato e o flamante bicampeão carioca, respectivamente.
O 1 x 0, gol de Alcindo sobre o clube da Estrela Solitária, numa partida memorável de Alberto, foi registrada em Pequenas Histórias 31. Um feito espetacular que vi numa transmissão direta da TV Piratini, retransmissora da Tupi do Rio.
Um pouco antes, um invicto Grêmio encarou o clube da Colina; o treinador Sérgio Moacir escalou uma curiosa formação, um 4-3-3 com dois volantes: Alberto; Renato, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo, Jadir e Sérgio Lopes; Flecha, Alcindo e Volmir. O veterano Babá também participou da partida, entrando no lugar de Flecha.
O Vasco da Gama mandou a campo: Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Moacir e Eberval; Benetti e Bouglê; Antoninho, Nei, Valfrido e Silvinho. Bianchini substituiu Valfrido. O comandante técnico era o gaúcho Paulinho de Almeida Ribeiro, o "Capitão Piranha", ex-lateral do próprio clube e do segundo Rolo Compressor colorado.
O Tricolor, bem ao estilo de seu treinador, "esperou" o adversário em seu campo, aguentou a pressão e jogou em contra-ataques. Logo aos 12 minutos, Everaldo lançou para Sérgio Lopes, que, de cabeça, encontrou Alcindo no meio do ataque, ele venceu Brito na corrida e, de pé direito, encobriu o arqueiro cruz-maltino. 1 x 0, placar do primeiro tempo.
Com a zaga em estado de graça, os momentos iniciais do segundo tempo, foram de contenção. Assim, segurando o Vasco e armando o bote, o Tricolor ampliou o placar; Cléo deu uma esticada para o camisa 9. O Bugre arrancou entre a zaga e desta vez, usou o pé esquerdo para "matar" o goleiro. 2 x 0, placar definitivo.
Um público próximo de 20 mil pessoas; considerado bom em virtude do mau tempo. O árbitro foi o gaúcho Agomar Martins.
Neste Domingo, o Imortal encara o Vasco no Maracanã. Desta vez, na posição oposta na tabela. O clube de São Januário é o vigésimo da competição. O lanterna.
A fonte de pesquisa foi o jornal Correio do Povo. Não estão na foto acima, o lateral Renato, o meia Sérgio Lopes, nem o ponta-direita Flecha. Os demais jogaram este Grêmio e Vasco da Gama.
Bruxo, naquele 1968, no Robertão (campeonato brasileiro de então), o Grêmio jogou 16 partidas; venceu 6; empatou 7; e perdeu 3 (Corinthians, Cruzeiro e Santos). As derrotas foram fora de casa.
ResponderExcluirFicou em 3º no seu grupo, um ponto atrás do Vasco, que junto com o Santos, foi ao quadrangular final, também integrado por Inter e Palmeiras, do outro grupo.
O Grêmio utilizou, no Robertão de 68, os seguintes jogadores:
Alberto (G)
Arlindo (G)
Renato Silva
Everaldo
Espinosa
Ary Hercílio
Aureo
Paulo Souza
Jadir
Paíca
João Severiano
Cléo
Sérgio Lopes
Oyarbide
Flecha
Alcindo
Loivo
Babá
Volmir
Leal
Os artilheiros do Tricolor naquele campeonato (o Grêmio marcou 17 gols)
Alcindo - 8 gols
Sérgio Lopes - 3 gols
Paíca, Loivo, Leal, Renato Silva e Babá - 1 gol cada
Ulísses [contra], na partida Grêmio 3x0 Portuguesa-SP
Dados muito interessantes, visto que na última temporada do Hernán Barcos, o mesmo ocorreu. Um jogador apenas foi responsável por quase 50% dos gols da equipe. É um dado relevante.
ResponderExcluirEsse Leal foi buscado no Pelotas. Era meia direita, se não me engano.
Ele mesmo, Bruxo:
ExcluirLeal (José Vânder Miranda Leal) - Meia - DN: 12/10/1941, Uruguaiana, RS
Grêmio no Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão (desde 1967).
ResponderExcluir1.267 jogos
539 vitórias
347 empates
381 derrotas
1.675 gols marcados
1.342 gols sofridos
Grêmio no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão (desde 1967).
76 jogos
25 vitórias
22 empates
29 derrotas
78 gols marcados
92 gols sofridos
Grêmio no Maracanã, na história (desde 1950).
96 jogos
28 vitórias
34 empates
34 derrotas
105gols marcados
122 gols sofridos
Números bons para um visitante; acho que é o melhor percentual do Grêmio em estádios visitantes. 65% das vezes, ele não saiu derrotado.
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