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sábado, 23 de janeiro de 2016

Opinião



Amostragem preocupante

É só a primeira partida da temporada, mas deu para se preocupar. O Tricolor pegou um bom teste, o Danúbio uruguaio bateu, soube se defender e como prêmio, levou o empate. É uma surpresa não estar na Libertadores, levando em consideração o número de clubes que o Uruguai tem neste torneio.

O Grêmio apresentou o mesmo futebol de troca de passes, valorização da posse de bola, porém, como em 2015, isso nada vale, se não for traduzindo em chances de gol e, principalmente, a conversão dessas chances. Esse é o primeiro ponto negativo desta estreia. Vamos aos outros.

O gol é um exemplo do que os adversários poderão fazer contra o Tricolor; explico: Se o Imortal seguir com posse de bola sem transformá-la em gols, correrá o risco de perder partidas no contra-ataque contra times que jogam pela famosa tática de "jogar por uma bola". Hoje funcionou a favor do Grêmio, onde a tática preferida não surtiu efeito.

Éverton roubou e, numa jogada toda dele, venceu o ótimo goleiro uruguaio; aliás, eles fizeram a diferença na partida: Éverton e Etulain. Goleiro de Libertadores.

Outro ponto crítico; alguém precisa dizer para o arqueiro gremista, que não é proibido sair do gol e cortar. A zaga falhou, mas na função de  goleiro, dominar a pequena área é um grande recurso em bolas aéreas. Houve duas chances, uma em cada tempo, que o time uruguaio poderia ter marcado sem muito esforço com Grohe pregado em cima da linha derradeira.

A defesa foi um horror. Livro apenas o menino Wesley, que estreou bem, sem ser brilhante. Geromel e Kadu, quando exigidos, vazaram. Marcelo Oliveira, num primeiro olhar, parece sensacional, muita entrega, muita garra, bons avanços, mas se "espremer" sua atuação, resta um expulsão gratuita, que o juiz  aliviou ou pipocou.

O meio: Walace, discreto, Maicon, pouco acrescentou, Giuliano, o melhorzinho, sem entusiasmar e Douglas.

Douglas merece um parágrafo específico para ele: Mantido como titular, o time vai AFUNDAR. Basta olhar o Grossmüller, o meia de 32 anos do Danúbio, sem ser fantástico, jogou  e fez o time jogar muito mais que o 10 gremista. 

O ataque apresentou o grande nome do time neste confronto, Éverton; Luan, bem, mas muito abaixo do que pode render.

Ramiro discretíssimo, não fez uma jogada consequente. Bobô morreu de inanição, Edinho, Fernandinho e Lincoln, esse trio não teve tempo para nada.

Olhando essa partida, que se mostrou um espelho das de 2015, dá para arriscar dizer, que sem a contratação vital, o tal armador rápido e que entre na área: "Deu para o Grêmio na LA".







28 comentários:

  1. Como bem escreveste, é apenas o início de temporada. Eu procurei observar os uruguaios. Um time humilde, mas com bons jogadores. A começar pelo goleiro. Se não estava de aniversário, deve ser olhado com calma. Não custa caro, considerando o futebol uruguaio.Gostei também do Carlos Grossmüller. Não sei não, mas acho que caberia na dupla GRENAL. Pelo menos no elenco. Temos jogadores piores que ele. Vou esperar para ver os próximos dois amistosos deles. Um contra o Cruzeiro-POA e outro contra o INTER-B. Tudo nos próximos 4 dias.

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    1. Muito bem lembrado; se este time fraquejar diante do Cruzeirinho; agrava-se este 1 a 1.

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  2. Acho que nossos dirigentes deveriam olhar com carinho os amistosos que envolvem o Danúbio.O clube se autodenomina a "Universidade do Futebol Uruguaio". Tem em suas categorias de base conceituada formação de jogadores.
    Rubén Sosa, Recoba, Cavani e Chevanton, dentre outros, saíram das base do Danúbio. Forlán andou por lá, também. Ora, não se paga para observar. Nessa falta de bons jogadores que anda pelo Brasil, garimpar é imperioso. Garanto que não descobrirão Vitinhos, Fabinhos, Paulos Magalhães e outros do nível deles.

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  3. Não posso deixar de comentar as camisetas:
    a) a tradicional, não vi nada de extraordinário
    b) a branca, podem arquivar, aquelas faixas na frente não vão vingar

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    1. Concordo plenamente, nada a ver listras horizontais.

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    2. A estampa parece feitas naquelas máquinas "compacta print"

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    3. Exatamente, PJ
      Vai vender se o time corresponder, mas passado um certo tempo, ninguém sentirá falta dela.

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  4. Muito pouco a acrescentarm bruxo, concordo em tudo.

    Luan, apesar de estar meio "amarrado", é prejudicado por ter que sair da área pra fazer o que o Douglas não faz. Queira deus que eu queima a língua, mas a maior cagada foi ter emprestado o maxi pra continuar com esse pançudo, cachaceiro e fumante.

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    1. O Douglas é quase unanimidade (ao contrário). O treinador vai ter que ter sensibilidade de colocá-lo no grupo, mas não na titularidade, senão, a torcida vai perder a paciência com o cara.

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  5. A análise de Bruxo foi completa e abordou muitos dos pontos que me incomodaram na partida de hoje.

    Apesar da atenuantes óbvias decorrentes do início de temporada, e da possibilidade viva de correção das falhas mais evidentes (e eu acredito nisso), ressalto que:

    1) o time do Danúbio é fraco e isso ficará comprovado quando ocorrerem as partidas contra Cruzeiro e Inter B. O primeiro tempo do Grêmio foi apenas medíocre e ainda assim o adversário foi totalmente envolvido;

    2) o jogo-de-dois-toques, rápido, com triangulações e inversões sistemáticas enche os olhos de quem vê, porém é inútil a partir do momento em que não há finalização (seja com chutes de fora da área, seja com infiltração dos meias, seja com o centroavante fixo à frente). É como uma árvore muito antiga que externamente parece imponente pela idade, mas que na realidade é podre e frágil por dentro;

    3) mesmo diante do que foi abordado no ponto anterior, o rescaldo de hoje que mais me trouxe preocupação foi a bola aérea defensiva. Se o Danúbio colocasse um poste de centroavante nós estaríamos lamentando a derrota neste momento. Atuação sofrível do sistema defensivo como um todo no que tange ao jogo por cima.

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    1. Exato, Rafael
      a) É um jogo apenas, mas, convém lembrar, que Pedro Rocha, Bobô e Fernandinho estiveram no 0 a 0 contra o Nóia, então, a carência ofensiva é do grupo, dos titulares
      b) Amanhã, com certeza, vou tratar melhor essa questão do jogo de dois toques
      c) Ganhamos mais um problema, a bola aérea defensiva, não foi apenas o gol contra, houve um escanteio, portanto, bola parada, que o atacante do Danúbio chutou do meio da pequena área. Imperdoável.

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  6. Bruxo,

    Além do gol e da jogada que citaste, lembro-me de pelo menos outros três momentos nos quais a bola transitou livremente de um lado a outra do sistema defensivo, seja pelo chão, seja pelo alto (principalmente). Espero que este ano não seja como alguns que passaram na vida do Imortal para os quais cada bola alçada era uma vela acesa na torcida.

    Roger está ciente desse problema e trabalhará em sua correção, tenho certeza. Um time de futebol que aspira a algo inicia com um sistema defensivo confiável.

    Em relação ao outro extremo, atacante que não faz gol deve ficar o mais longe possível do estádio em que o Grêmio esteja jogando. Se for atacante de lado ou ponta, não precisa necessariamente ser artilheiro, mas no mínimo deve encher uma mão inteira com gols na temporada. Embora eu não goste de nominar, destes que citaste há um que se encaixa perfeitamente como exemplo negativo neste ponto. Quero crer que provavelmente estejam evitando de deixar o jogador treinando em separado, o que dificultaria o despertar de interesse de outros clubes. Custo-benefício péssimo ao tricolor.

    Por fim, não posso deixar de destacar a jogada pessoal e o golaço de Éverton. Todos os méritos a ele.

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  7. Fernandinho; parece que ele desistiu de ser jogador. O negócio é a vitrine para não rasgar dinheiro.

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    1. Bruxo, esses que gostam das luzes das vitrines, não têm culpa. Os dirigentes que os contratam, sim!

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  8. Verdade, Alvirubro
    Mas, às vezes é uma loteria; queres ver? Robinho, certo ou errado?
    Kléber Gladiador deu polêmica quando chegou, acertaram os críticos que reprovavam
    Paulo Cesar Lima, o Caju, muito polêmica a sua vinda em 79 (a primeira vez), acertaram os que aprovavam.

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  9. Eu sei! Mas veja bem os nomes que citaste. Fernandinho nem chega perto deles. A probabilidade de errar, com Fernandinho, é grande. Não vou dizer que não se deve tentar. Mas o que pagam para o cara é coisa de cinema. Eu sou meio avesso a esse tipo de contratação. Robinho pode dar errado? Sim? Mais errado é ficar com o ruim. Ele acaba jogando. Robinho ou Vitinho (do Grêmio)? Pois é!

    Outra coisa que está ficando chata nos dois grandes da capital. Contratam um jogador, dão 20 minutos para o cara e queimam o atleta. A partir daí, só entra em último caso. Mas qual o motivo de contratá-lo, então? Descobrem que o cara não joga nada depois de ter pago um salário milionário prá ele?

    Bruxo, raros são os jogadores trazidos de fora que ganham menos de 100 mil por mês. E o futebol apresentado só descobrem quando o atleta já fardou? Algo está errado.

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    1. Alvirubro
      ainda existe, mas diminuiu bastante a farra dos empresários no Grêmio. Quando a gente vê negócios com a OAS, a coisa começa a cheirar mal; quando insistem em velhas fórmulas perdedoras (Pelaipe) e profissionais historicamente perdedores e mal vistos pelos atletas, a coisa fede mais ainda.

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    2. E o que fazem quando, em 20 minutos no MAXImo, por jogo, o cara joga mais do que os titulares?

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    3. Glaucio
      Pelo andar da carreta, desconfio, que o Peñarol será a última grande chance de Máxi comprovar suas potencialidades.

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    4. O problema não é ele, eu posso estar redondamente enganado nisso. O problema são os critérios adotados ultimamente. Tomara que alguns guris que estão aí não sofram do mesmo.

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    5. Glaucio
      Não entendi; que critérios?

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    6. Alguns entram bem e viram titulares, outros são deixados fora até do banco.

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    7. Outros se mantém titulares mesmo após várias más atuações.

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    8. Mas, no Grêmio, Vasco e Universidad do Chile?

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    9. No Vasco e LaU não acompanhei. Vamos ver o que acontece com os guris. Everton e Lincon já foram "esfriados" uma vez, tomara que não se repita.

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  10. Alvirubro
    Fernandinho foi titular e botou faixa em dois clubes de tradição, com técnicos competentes, então, trazê-lo não foi um "erro absurdo", não deu certo como não deu também, o goleador da LA Scocco, mas dá para condenar o Inter?
    É diferente de trazer o Rodrigo Moledo baleado, Fábio Aurélio,Sorondo ou Werley na troca pelo Victor, por exemplo.

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  11. É, nesse aspecto tens razão.

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