Empate escancara o Manual Prático de
Incompetência
O que a gente pode esperar? O que explica a falta de sintonia entre discurso e prática? A prática, isto é, o jogo de hoje escancara a incompetência em todos os três níveis:
a) A Direção dispara um discurso de libertação dos clubes ante a CBF, o grito de independência e, quando chega a hora da prática, é o único clube do torneio que escala reservas, desvalorizando a competição, desprezando a possibilidade de arrecadar mais, se colocasse o time principal, metesse um 3 x 0 ao natural (nenhum absurdo), praticamente, garantindo assim, a vaga numa semifinal, empolgando a sua torcida e "correndo o risco" de ganhar um título. Não, não tem essa compreensão. Um tiro no pé e no orgulho do torcedor.
b) Mesmo que não houvesse a opção de utilizar os titulares por Roger, jamais a formação de 3 volantes de conhecida limitação técnica, seria recomendável. Ramiro e Moisés, simplesmente, inexistiram em campo. Erro crasso do treinador, que já tivera uma amostragem do que Ramiro poderia (não) render na posição de Giuliano e reincidiu.
O ingresso de uma atacante (Fernandinho) comprovou o equívoco do treinador. Também ficou escancarada a incapacidade de Moisés de vestir a camiseta Tricolor.
c) O que dá para dizer de jogadores como Bressan, Moisés, por exemplo? Além disso, o "carteiraço" de Bobô na cobrança de pênalti é inaceitável. Roger tentou minimizar, dizendo que há uma hierarquia para este tipo de situação; até pode ser, mas o momento era de Lincoln.
Os gols do Grêmio surgiram de erros defensivos, logo a 1 minuto, Pedro Rocha recebeu de Bobô, foi ao fundo e cruzou, achando Edinho, que fuzilou o arqueiro Renan.
O empate veio de um vacilo defensivo; Bressan foi enganado pelo conhecido William Batoré, que arrematou quase de forma idêntica ao gol gremista sem chances para Marcelo Grohe.
Na segunda etapa, o Grêmio foi favorecido por um lance que costuma sofrer: O goleiro Renan numa bola parada, deu os famosos dois passinhos para frente e parou no meio do caminho; desta forma, matou a zaga e Bressan cabeceou, desempatando.
O gol de empate veio num cruzamento, onde o zagueiro Gabriel meteu a cabeça, a bola foi em direção ao gol, Grohe voou e não alcançou. Mais uma bola "indefensável". Vida que segue.
Por todos esses movimentos nesses três níveis é que dá para desconfiar que existe um manual prático em curso dentro do clube. Sorte que Lincoln não se interessou em passar os olhos por ele.
É pouco, muito pouco.
Leonardo
ResponderExcluirPerfeito comentário Bruxo! Realmente incompetência em todos os níveis. O erro institucional é jogar fora a obtenção quase antecipada da classificação para as semi-final de um torneio que o Grêmio incentivou a criação. O penâlti é todo o manual contra a meritocracia. Mostra a imposição da vontade de um atacante meia-boca de tentar não passar novamente em branco em uma partida e sonega ao garoto (que tem mais qualidade nas cobranças e que cavou o penâlti) o direito de cobrar a penalidade. Dá vontade de desistir de vez do Grêmio e torcer para o Celupa!
Grande abraço, Leonardo
ExcluirNão tem explicação, principalmente, o caso da Direção. O que explica poupar os titulares para colocá-los no Gauchão, algo que em edições anteriores, sem ter Copa Sul-Minas-Rio ou LA, não fez, botando a baba.
Uma m#rda.
Grande lembrança do Celupa. Era de Guaíba, né?
Leonardo
ExcluirGrande abraço Bruxo!
O time do Celupa era de Gauíba sim! O Celupa ficou famoso entre os torcedores gaúchos após o lendário e fatítico enfrentamento que o Internacional teve com eles em 1966!
Más, bah!
ExcluirVou ver com o Alvirubro como foi esta peleia do Celupa em 66. No mínimo, ele ganhou do Coirmão para que um gremista lembre até hoje. Outro mazembaço?
Bruxo, se fosse mais coincidente eu não acreditaria, pois foi exatamente no que pensei ao término do jogo, incompetência em três esferas: Direção, treinador e time.
ResponderExcluirSobre a "hierarquia", na sua entrevista Licoln deixou bem claro que inexistia qualquer orientação neste sentido; vai ter problemas o garoto.
Bolzan é um exímio administrador, mas precisa entender que não está à frente de uma empresa privada, de uma organização financeira. Se assessora de gente muito, mais muito ruim, com conhecimento pífio de futebol. O caldo está entornando...
Pois é, PJ!
ResponderExcluirNós, longe do epicentro gremista sabemos o que tinha que ser feito.
Além disso, uma falta de consideração com a massa torcedora daquela região.
Como escrevi, um manual de incompetência.
Só pelas bolas paradas lincon já merece a posição do pançudo fumante.
ResponderExcluirLincoln merece sequência; o problema é que vão manter o Douglas e o guri vai para o lugar do Giuliano.
ExcluirRoger se submete, lembra do Tiago para o gol? Foi indicação e ele baixou a cabeça.
Fazendo uma analogia:
ResponderExcluira) o Santos tem os meninos da vila;
b) o Grêmio tem o carteiraço da arena
Lá os meninos resolvem, aqui os meninos são preteridos.
Até quando?
Ninguém tem mais paciência com a inoperância administrativa, seguida da manutenção de pseudos titulares.
Grande Marcelo Flavio!
ResponderExcluirE o Werley dando entrevista, que está feliz no Grêmio. Quer uma boquinha.
E parece que vão renovar com o Vitinho; de repente, o Pará retorna.
É só notícia ruim, tudo criado por um jogo que estava no papo; bastava botar os titulares prá cima daquela zaga frágil, que disputou a Copinha.
É muita burrice. E se não conseguirem uma vitória na estreia do Gauchão? Crise instalada.
Roger possui muito potencial como treinador, mas gostaria de vê-lo não se intimidar para os jogadores. Espero que aprenda que a figura do óbvio no futebol deve ser respeitada. De fato, imaginei que a penalidade fosse ser desperdiçada (naturalmente não de forma tão ridícula quanto aquela cobrança com força do tipo pé de bailarina) diante de um contexto que mostrava claramente a tolice da decisão.
ResponderExcluirNo pênalti, o técnico deveria ter entrado em campo (que vá para o inferno o cartão vermelho que tomaria) e ter tirado a bola de Bobô. Conforme bem lembrou Leonardo no primeiro comentário, atacante este que passou em branco a partida inteira e que - nos momentos em que deveria honrar a camisa 9 e finalizar a gol - preferiu recuar a bola para outro companheiro "pior posicionado", ainda que não houvesse qualquer adversário a seu redor. Lance que - minutos depois - o velho William Batoré ensinaria caricaturamente como fazer. Parede, domínio, giro e finalização. Técnica executada com maestria por Borges nos seus bons tempos, diga-se de passagem.
Nno meu time, centroavante não bateria pênalti. Se quisar contabilizar gols que corra atrás com a bola rolando.
Nem vou falar sobre os demais gols perdidos na partida (balãozinho com o lado de fora do pé e em alta velocidade no goleiro não é para qualquer um...) ou da atuação abaixo da crítica de determinados elementos. É o que eu sempre digo: falta de entrosamento é compreensível, no entanto não conseguir dominar a bola ou executar passe de dois metros têm outro nome (fundamento).
Mas vamos em frente. Muitas correções devem ser realizadas. Ainda tenho esperança em momentos melhores.
Rafael
ResponderExcluirConcordo plenamente contigo; inclusive, está aqui alguém que esperava mais de Bobô este ano, mas ontem a decepção foi grande.
Entretanto, a maior frustração foi pelo fato de entrar com os reservas. Que chance jogada pelo ralo: 3 a 0 com os titulares (não faço por menos) até porque estávamos "em casa" e estaríamos na semifinal, no mínimo, como o melhor segundo, porque dá para tirar pontos nos jogos contra Inter e Coxa.
Faltou destacar outra coisa; possivelmente este torneio entra pra grade oficial e o Grêmio está desperdiçando a chance de ser o primeiro campeão. Agora, imagina se o colorado leva? Daqui a 5 anos alguém vai lembrar do campeão gauchão de 2016?
ResponderExcluirExatamente; lembro que algo parecido ocorreu com a Copa do Brasil em 89. E a chance que o Colorado nos deu empatando em casa com o Coxa; olha! se fosse planejamento jogar com o time misto, depois do resultado no Beira-Rio, era para revisá-lo e meter os titulares, ainda mais, jogando em "casa" no Índio Condá.
ExcluirEssa entrou nos anais (no bom sentido).
A incompetência não tem limites conhecidos, ao que parece o jogo de quinta foi só o prenúncio da desgraça. Edinho substituirá Giuliano...Se algum forte entender que me explique.
ResponderExcluirFortalece a defesa e deixa os Everton sem tanta obrigação de marcar.
Excluiroutro equívoco inominável, porque para por Edinho (pouco acréscimo), ainda mexe na estrutura do meio de campo; mais ainda, mantendo imóvel, justamente o mais imóvel do meio (Douglas).
ExcluirParece provocação.
De repente esteja testando alternativa pra jogos mais encardidos da libertadores, até pq a defesa não tá dando confiança. Mas é muita lentidão no setor mais importante do time. SE Douglas saísse, eu até aceitaria.
ExcluirUma saída poderia ser algo parecido com o 4-3-3 do final de 2013, com Luan, Éverton e Pedro Rocha (lincon). Só que os volantes atuais não tem a movimentação e correria que Ramiro e Riveros faziam. Só que é muita mexida naquilo que não precisaria ser mexido.
Roger começa errando de novo, em vez de fazer o simples (testar alguém da mesma posição de Giuliano, tipo Tontini ou Lincon), inventa moda, que, se der certo contra o Brasil, não significará grande coisa.
Concordo, plenamente, Glaucio
ResponderExcluirAcho que a intenção dele é olhar para os jogos da LA; mas, na minha modesta opinião; ele deveria testar um time mais leve no meio (sem Douglas e Edinho), porque os times mexicanos tem por característica, a velocidade, mesmo que façam isto de maneira atabalhoada.
Entender a cabeça dos treinadores fica cada vez mais difícil: Edinho, Walace, Douglas e Maicon, este, o quarteto de meio de campo para hoje. Certamente, o mais lento do Brasil.
ResponderExcluirPode até ganhar um ou outro jogo, mas numa temporada, nunca dará certo.