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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Opinião



Empate escancara o Manual Prático de 
Incompetência

O que a gente pode esperar? O que explica a falta de sintonia entre discurso e prática? A prática, isto é, o jogo de hoje escancara a incompetência em todos os  três níveis:

a) A Direção dispara um discurso de libertação dos clubes ante a CBF, o grito de independência e, quando chega a hora da prática, é o único clube do torneio que escala reservas, desvalorizando a competição, desprezando a possibilidade de arrecadar mais, se colocasse o time principal, metesse um 3 x 0 ao natural (nenhum absurdo), praticamente, garantindo assim, a vaga numa semifinal, empolgando a sua torcida e "correndo o risco" de ganhar um título. Não, não tem essa compreensão. Um tiro no pé e no orgulho do torcedor.

b) Mesmo que não houvesse a opção de utilizar os titulares por Roger, jamais a formação de 3 volantes de conhecida limitação técnica, seria recomendável. Ramiro e Moisés, simplesmente, inexistiram em campo. Erro crasso do treinador, que já tivera uma amostragem do que Ramiro poderia (não) render na posição de Giuliano e reincidiu.

O ingresso de uma atacante (Fernandinho) comprovou o equívoco do treinador. Também ficou escancarada a incapacidade de Moisés de vestir a camiseta Tricolor.

c) O que dá para dizer de jogadores como Bressan, Moisés, por exemplo? Além disso, o "carteiraço" de Bobô na cobrança de pênalti é inaceitável. Roger tentou minimizar, dizendo que há uma hierarquia para este tipo de situação; até pode ser, mas o momento era de Lincoln.

Os gols do Grêmio surgiram de erros defensivos, logo a 1 minuto, Pedro Rocha recebeu de Bobô, foi ao fundo e cruzou, achando Edinho, que fuzilou o arqueiro Renan.

O empate veio de um vacilo defensivo; Bressan foi enganado pelo conhecido William Batoré, que arrematou quase de forma idêntica ao gol gremista sem chances para Marcelo Grohe.

Na segunda etapa, o Grêmio foi favorecido por um lance que costuma sofrer: O goleiro Renan numa bola parada, deu os famosos dois passinhos para frente e parou no meio do caminho; desta forma, matou a zaga e Bressan cabeceou, desempatando.

O gol de empate veio num cruzamento, onde o zagueiro Gabriel meteu a cabeça, a bola foi em direção ao gol, Grohe voou e não alcançou. Mais uma bola "indefensável". Vida que segue.

Por todos esses movimentos nesses três níveis é que dá para desconfiar que existe um manual prático em curso dentro do clube. Sorte que Lincoln não se interessou em passar os olhos por ele.

É pouco, muito pouco.





20 comentários:

  1. Leonardo

    Perfeito comentário Bruxo! Realmente incompetência em todos os níveis. O erro institucional é jogar fora a obtenção quase antecipada da classificação para as semi-final de um torneio que o Grêmio incentivou a criação. O penâlti é todo o manual contra a meritocracia. Mostra a imposição da vontade de um atacante meia-boca de tentar não passar novamente em branco em uma partida e sonega ao garoto (que tem mais qualidade nas cobranças e que cavou o penâlti) o direito de cobrar a penalidade. Dá vontade de desistir de vez do Grêmio e torcer para o Celupa!

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    1. Grande abraço, Leonardo
      Não tem explicação, principalmente, o caso da Direção. O que explica poupar os titulares para colocá-los no Gauchão, algo que em edições anteriores, sem ter Copa Sul-Minas-Rio ou LA, não fez, botando a baba.
      Uma m#rda.
      Grande lembrança do Celupa. Era de Guaíba, né?

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    2. Leonardo

      Grande abraço Bruxo!

      O time do Celupa era de Gauíba sim! O Celupa ficou famoso entre os torcedores gaúchos após o lendário e fatítico enfrentamento que o Internacional teve com eles em 1966!

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    3. Más, bah!
      Vou ver com o Alvirubro como foi esta peleia do Celupa em 66. No mínimo, ele ganhou do Coirmão para que um gremista lembre até hoje. Outro mazembaço?

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  2. Bruxo, se fosse mais coincidente eu não acreditaria, pois foi exatamente no que pensei ao término do jogo, incompetência em três esferas: Direção, treinador e time.
    Sobre a "hierarquia", na sua entrevista Licoln deixou bem claro que inexistia qualquer orientação neste sentido; vai ter problemas o garoto.
    Bolzan é um exímio administrador, mas precisa entender que não está à frente de uma empresa privada, de uma organização financeira. Se assessora de gente muito, mais muito ruim, com conhecimento pífio de futebol. O caldo está entornando...

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  3. Pois é, PJ!
    Nós, longe do epicentro gremista sabemos o que tinha que ser feito.
    Além disso, uma falta de consideração com a massa torcedora daquela região.
    Como escrevi, um manual de incompetência.

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  4. Só pelas bolas paradas lincon já merece a posição do pançudo fumante.

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    1. Lincoln merece sequência; o problema é que vão manter o Douglas e o guri vai para o lugar do Giuliano.
      Roger se submete, lembra do Tiago para o gol? Foi indicação e ele baixou a cabeça.

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  5. Marcelo Flavio29/01/2016, 16:20

    Fazendo uma analogia:
    a) o Santos tem os meninos da vila;
    b) o Grêmio tem o carteiraço da arena

    Lá os meninos resolvem, aqui os meninos são preteridos.
    Até quando?
    Ninguém tem mais paciência com a inoperância administrativa, seguida da manutenção de pseudos titulares.

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  6. Grande Marcelo Flavio!
    E o Werley dando entrevista, que está feliz no Grêmio. Quer uma boquinha.
    E parece que vão renovar com o Vitinho; de repente, o Pará retorna.
    É só notícia ruim, tudo criado por um jogo que estava no papo; bastava botar os titulares prá cima daquela zaga frágil, que disputou a Copinha.
    É muita burrice. E se não conseguirem uma vitória na estreia do Gauchão? Crise instalada.

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  7. Roger possui muito potencial como treinador, mas gostaria de vê-lo não se intimidar para os jogadores. Espero que aprenda que a figura do óbvio no futebol deve ser respeitada. De fato, imaginei que a penalidade fosse ser desperdiçada (naturalmente não de forma tão ridícula quanto aquela cobrança com força do tipo pé de bailarina) diante de um contexto que mostrava claramente a tolice da decisão.

    No pênalti, o técnico deveria ter entrado em campo (que vá para o inferno o cartão vermelho que tomaria) e ter tirado a bola de Bobô. Conforme bem lembrou Leonardo no primeiro comentário, atacante este que passou em branco a partida inteira e que - nos momentos em que deveria honrar a camisa 9 e finalizar a gol - preferiu recuar a bola para outro companheiro "pior posicionado", ainda que não houvesse qualquer adversário a seu redor. Lance que - minutos depois - o velho William Batoré ensinaria caricaturamente como fazer. Parede, domínio, giro e finalização. Técnica executada com maestria por Borges nos seus bons tempos, diga-se de passagem.

    Nno meu time, centroavante não bateria pênalti. Se quisar contabilizar gols que corra atrás com a bola rolando.

    Nem vou falar sobre os demais gols perdidos na partida (balãozinho com o lado de fora do pé e em alta velocidade no goleiro não é para qualquer um...) ou da atuação abaixo da crítica de determinados elementos. É o que eu sempre digo: falta de entrosamento é compreensível, no entanto não conseguir dominar a bola ou executar passe de dois metros têm outro nome (fundamento).

    Mas vamos em frente. Muitas correções devem ser realizadas. Ainda tenho esperança em momentos melhores.

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  8. Rafael
    Concordo plenamente contigo; inclusive, está aqui alguém que esperava mais de Bobô este ano, mas ontem a decepção foi grande.
    Entretanto, a maior frustração foi pelo fato de entrar com os reservas. Que chance jogada pelo ralo: 3 a 0 com os titulares (não faço por menos) até porque estávamos "em casa" e estaríamos na semifinal, no mínimo, como o melhor segundo, porque dá para tirar pontos nos jogos contra Inter e Coxa.

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  9. Faltou destacar outra coisa; possivelmente este torneio entra pra grade oficial e o Grêmio está desperdiçando a chance de ser o primeiro campeão. Agora, imagina se o colorado leva? Daqui a 5 anos alguém vai lembrar do campeão gauchão de 2016?

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    1. Exatamente; lembro que algo parecido ocorreu com a Copa do Brasil em 89. E a chance que o Colorado nos deu empatando em casa com o Coxa; olha! se fosse planejamento jogar com o time misto, depois do resultado no Beira-Rio, era para revisá-lo e meter os titulares, ainda mais, jogando em "casa" no Índio Condá.
      Essa entrou nos anais (no bom sentido).

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  10. A incompetência não tem limites conhecidos, ao que parece o jogo de quinta foi só o prenúncio da desgraça. Edinho substituirá Giuliano...Se algum forte entender que me explique.

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    1. Fortalece a defesa e deixa os Everton sem tanta obrigação de marcar.

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    2. outro equívoco inominável, porque para por Edinho (pouco acréscimo), ainda mexe na estrutura do meio de campo; mais ainda, mantendo imóvel, justamente o mais imóvel do meio (Douglas).
      Parece provocação.

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    3. De repente esteja testando alternativa pra jogos mais encardidos da libertadores, até pq a defesa não tá dando confiança. Mas é muita lentidão no setor mais importante do time. SE Douglas saísse, eu até aceitaria.

      Uma saída poderia ser algo parecido com o 4-3-3 do final de 2013, com Luan, Éverton e Pedro Rocha (lincon). Só que os volantes atuais não tem a movimentação e correria que Ramiro e Riveros faziam. Só que é muita mexida naquilo que não precisaria ser mexido.

      Roger começa errando de novo, em vez de fazer o simples (testar alguém da mesma posição de Giuliano, tipo Tontini ou Lincon), inventa moda, que, se der certo contra o Brasil, não significará grande coisa.

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  11. Concordo, plenamente, Glaucio
    Acho que a intenção dele é olhar para os jogos da LA; mas, na minha modesta opinião; ele deveria testar um time mais leve no meio (sem Douglas e Edinho), porque os times mexicanos tem por característica, a velocidade, mesmo que façam isto de maneira atabalhoada.

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  12. Entender a cabeça dos treinadores fica cada vez mais difícil: Edinho, Walace, Douglas e Maicon, este, o quarteto de meio de campo para hoje. Certamente, o mais lento do Brasil.
    Pode até ganhar um ou outro jogo, mas numa temporada, nunca dará certo.

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