Velhos ensinamentos
Antes de entrar no assunto proposto, digo que gostei da tabela da Copa do Brasil. Primeiro, porque não tem jeito, as eventuais "barbadas", Juventude e Internacional, tem a tradição de clássicos regionais, então; resumindo: Não tinha barbada, não com esse elenco e perfomance gremista.
O Palmeiras poderá estar distraído com o Brasileirão e é tão favorito diante do Imortal, que pode cair do cavalo. Basta uma jornada ruim na Arena, um dois a zero, por exemplo, que o jogo da volta vira "copa do mundo". Lógico! O Tricolor terá que ser intenso e cirúrgico nestes confrontos.
Agora, o tema da crônica: Espero que definitivamente, a Direção gremista recolha ensinamentos de todos os erros cometidos, o maior deles, a falta de alternativas no elenco para seus treinadores.
Isso não tem a ver com quantidade, pois jogadores chegaram. Refiro-me a qualidade das contratações; o que fizeram Wallace Oliveira, Kadu, Fred, Negueba e Henrique Almeida? Também dá para incluir nesse pacote jogadores que ainda não convenceram plenamente, casos de Wallace Reis e Kanneman. Sempre considerando a relação custo-benefício, lembro que Robinho foi considerado caro, o ex-santista está em grande fase no Atlético Mineiro.
Outro caso e aí, eu fico bem à vontade para constatar, pois Grohe foi o responsável pela classificação do Tricolor na Copa do Brasil, mas, observem; nosso goleiro renovou até 2020. São cinco anos (16,17,18,19 e 20) ganhando R$ 400.000,00 por mês. Vamos admitir que ele não soube "amarrar bem" o contrato e não previu reajustes até o seu final; então teremos: 5 anos ou 60 meses x 400 mil, que será igual a 24 milhões de reais. Uma mega-sena, que não será amortizada com a venda dele no futuro. Vale o investimento?
Outra menção: Na crônica anterior dediquei um parágrafo sobre Henrique Almeida e seu histórico modesto, antes de envergar a camisa do Coritiba, pois o Zini soube colocar com mais clareza e precisão na sua coluna de hoje; Vide Histórico. Será que a Direção não sabia disso e fez um contrato por três anos?
Outro exemplo: Braian Rodriguez fez entre 60 e 63 gols em 11 anos de profissional, antes de vir para o Grêmio, então; por que o contrataram?
Renato indicou vários desconhecidos em 2010 e fez com eles um time competitivo; agora, mostrou como se administra uma situação de conflito no caso, estou me referindo a Henrique Almeida.
Dará mais chances a ele, o tal "carinho", mas exigirá contra-partida; caso contrário, sai, porque a fila anda.
A urgência é Renato fazer Luan e Walace voltarem a jogar o que sabem e podem.
ResponderExcluirGlaucio
ResponderExcluirSerá que a tal promessa de grana (o reajuste) não está influenciando?
Pra mim eles estavam contando as horas pra serem vendidos.
ExcluirTive a mesma impressão; especialmente o Walace.
ResponderExcluirCompararam Walace com Pogba. Até aí tudo bem. Isso é comum no futebol e faz parte do bom humor que deve imperar nas conversas. O problema é que ele acreditou.
ResponderExcluirTrata-se de um bom jogador quando "vestido" de Walace, ou seja, fazendo aquilo que sua capacidade permite. Quando tenta enfeitar demais - principalmente com a bola nos pés de forma displicente como se não houvesse amanhã - degringola.
Por isso nosso presidente é pato novo. Acertou em cheio ao não sucateá-lo em uma venda a preço baixo, no entanto errou ao rasgar elogios ao jogador em público desnecessariamente ao avisar que deveriam pagar preço de Pogba. Sou contra esse tipo de chauvinismo, principalmente diante de futebolistas que (ainda) não obtiveram êxito efetivo em suas carreiras.
Aliás, o mundo do futebol se distorceu em termos técnicos porque dificilmente encontraremos alguém que vá se sentir motivado para acordar sábado de manhã, com chuva e/ou frio, para treinar tendo o pé-de-meia feito aos 19 anos.
Rafael
ResponderExcluirNão sei a tua idade, mas eu, às vezes fico encabulado em citar algumas passagens de situações dos anos 80 para trás.
Como o futebol virou "business", o astro fica muito tempo envolvido com o merchandising, não tem tempo para aperfeiçoar seus fundamentos.
Um exemplo: Para um ator profissional, a gravação de um comercial exige conhecimento e concentração, agora, imagina o Neymar ou Ronaldinho Moreira gravando um. É um parto.
No caso do Walace, parece que se deslumbrou e , realmente, tirou o "jogador Walace" do corpo. Hora do empresário, hora do clube o orientá-lo.
O Grêmio precisa demais dele. Dele focado, é claro.
Bruxo, tenho 29 anos e minha experiência prática de futebol é, portanto, a partir dos anos 90. De 80 (inclusive) para trás conheço apenas por pesquisas (e esse é o motivo que eu aprecio quando tu e Alvirrubro escrevem histórias ou traçam biografias dessa época para trás).
ResponderExcluirParticularmente fico intrigado ao conceber a reação nostálgica do pessoal que viveu a época de 70 - e outros ainda mais para trás no tempo, como meu finado pai, de parte de 40, 50 e 60 - ao comparar aquilo que viam com o futebol do novo milênio. Deve ser um baque gigantesco. Eu, que não vi, sei a diferença. Imagino os que passaram na prática por essa transição de queda acelerada na qualidade do "jogo jogado", da bola rolando. Como diria o irônico Cláudio Cabral, "suicídio é ser um dever".
Francamente, sofríveis os últimos jogos de Grêmio e do co-irmão, por exemplo.
Obs.: não credito a Walace a queda do futebol do Grêmio. Todos despencaram em conjunto, cada qual aparentemente por razões diferentes. Até mesmo Geromel. Uma catástrofe que deve ser tratada com remédio forte, e não com chá de folhas verdes.
A queda é tão brusca, que cheguei a desconfiar de fatores relacionados com grana, mas parece que não é isso.
ResponderExcluirO time do Grêmio para ter um (relativo) sucesso, necessita dos onze estarem bem técnica e taticamente, aí entra uma frase que uso constantemente: O ruim vira mediano, o mediano, bom e o bom vira craque.
O exemplo mais recente é o Flamengo de Zé Ricardo. Lá, hoje, poucos reclamam de Pará, Réver e Leandro Damião pela fase. Jogadores comuns.