Pequenas Histórias (138) - Ano - 1988
... e a Solução saiu do banco
Foto de Adolfo Alves-Zero Hora |
Em 1988, após o conflito entre o clube dos 13 e a CBF no ano anterior, o Campeonato Brasileiro inovou, isto é, ajustou acesso e descenso, as vitórias valeriam 3 pontos (antes eram 2) e a primeira rodada apresentou clássicos regionais; então tivemos um Grenal no Olímpico no dia 04 de Setembro abrindo o certame para a Dupla.
Era o tempo do Grêmio Show de Otacílio Gonçalves da Silva Júnior e o Tricolor estava há 10 jogos sem perder para o Coirmão; também era campeão gaúcho pela quarta vez consecutiva.
Antes de detalhar a partida, cito alguns atletas que se deram melhor na carreira, quando entravam no decorrer dos jogos, casos de Escurinho no Inter e Zé Carlos, que fazia um rodízio com Muricy (Ramalho) no São Paulo, ambos na década de 70; mais recentemente, mas sem a mesma repercussão, Diego Clementino em 2010 no Tricolor e a recente entrada de Éverton contra o Palmeiras no meio de semana, este sem ser exatamente, um reserva.
Pois nessa época (88 e 89), atuou pelo Imortal um centro-avante bem claro, "alemão" vindo do Novo Hamburgo, que, às vezes, os treinadores aproveitavam como ponta-esquerda. Seu nome: Zé Roberto (na foto, marcando o gol), que tinha esse estranho hábito de render mais, jogando menos tempo das partidas, geralmente, iniciando no banco de reservas.
O alemão jogou apenas 3 Grenais, empatou 2 e venceu 1, sempre entrando no decorrer dos confrontos. Em dois, ele marcou de forma decisiva, o primeiro empatando o clássico (3 a 3) e este de Set/88, quando fez o gol único. Era um cara predestinado como destacou a manchete de Zero Hora da segunda-feira pós-Clássico.
Otacílio utilizou neste Grenal: Mazaropi; Alfinete, Trasante, Luis Eduardo e Airton; Bonamigo, Cuca e Cristóvão; Jorginho, Marcos Vinicius e Jorge Veras (Zé Roberto).
Chiquinho usou: Ademir Maria; Casemiro, Aguirregaray, Nenê e João Luis; Norberto, Luis Fernando (Miro Oliveira) e Luis Carlos Martins; Heider, Dadinho (Maurício) e Edu.
Foi um clássico de estreias: Aguirregaray, Trasante, Marcos Vinicius, Dadinho, mas o grande nome da disputa foi o zagueiro Luis Eduardo, que recebeu a maior nota (8) do jornal.
O Inter atacou muito no começo, no entanto, a defesa gremista soube controlar o ímpeto vermelho. Com Cristóvão comandando o meio de campo, aos poucos, o Tricolor foi acumulando situações de gol: 19, 32, 42 e 44 minutos, através de Cristóvão e Marcos Vinicius, mesmo assim, a etapa inicial permaneceu com o placar fechado.
O Inter voltou mais fechado com a mudança de Luis Fernando por Miro Oliveira, como contraponto, a torcida azul começou a pedir o ingresso de Zé Roberto e aos 26 minutos, o treinador acatou a sugestão; 30 segundos em campo e o alemão balançou as redes coloradas. Marcos Vinicius e o próprio Zé Roberto disputaram o lance com a dupla de zaga adversária, o camisa 9 chutou, Ademir Maria deu rebote, Zé Roberto se antecipou aos demais e empurrou para o gol vazio. 1 a 0. Houve reclamação de impedimento, mas o juiz (acertadamente, segundo a ZH) confirmou o gol.
José Roberto Wright foi o árbitro, que expulsou o volante Norberto aos 42 minutos do segundo tempo. O público foi de 20.600 pessoas.
Amanhã teremos outro Grenal pelo campeonato nacional. Quem sabe o Tricolor não conquista mais três pontos? Pode ser com gol de um novo predestinado.
Fonte: Jornal Zero Hora
livro A História dos Grenais - L& PM
Otacílio utilizou neste Grenal: Mazaropi; Alfinete, Trasante, Luis Eduardo e Airton; Bonamigo, Cuca e Cristóvão; Jorginho, Marcos Vinicius e Jorge Veras (Zé Roberto).
Chiquinho usou: Ademir Maria; Casemiro, Aguirregaray, Nenê e João Luis; Norberto, Luis Fernando (Miro Oliveira) e Luis Carlos Martins; Heider, Dadinho (Maurício) e Edu.
Foi um clássico de estreias: Aguirregaray, Trasante, Marcos Vinicius, Dadinho, mas o grande nome da disputa foi o zagueiro Luis Eduardo, que recebeu a maior nota (8) do jornal.
O Inter atacou muito no começo, no entanto, a defesa gremista soube controlar o ímpeto vermelho. Com Cristóvão comandando o meio de campo, aos poucos, o Tricolor foi acumulando situações de gol: 19, 32, 42 e 44 minutos, através de Cristóvão e Marcos Vinicius, mesmo assim, a etapa inicial permaneceu com o placar fechado.
O Inter voltou mais fechado com a mudança de Luis Fernando por Miro Oliveira, como contraponto, a torcida azul começou a pedir o ingresso de Zé Roberto e aos 26 minutos, o treinador acatou a sugestão; 30 segundos em campo e o alemão balançou as redes coloradas. Marcos Vinicius e o próprio Zé Roberto disputaram o lance com a dupla de zaga adversária, o camisa 9 chutou, Ademir Maria deu rebote, Zé Roberto se antecipou aos demais e empurrou para o gol vazio. 1 a 0. Houve reclamação de impedimento, mas o juiz (acertadamente, segundo a ZH) confirmou o gol.
José Roberto Wright foi o árbitro, que expulsou o volante Norberto aos 42 minutos do segundo tempo. O público foi de 20.600 pessoas.
Amanhã teremos outro Grenal pelo campeonato nacional. Quem sabe o Tricolor não conquista mais três pontos? Pode ser com gol de um novo predestinado.
Fonte: Jornal Zero Hora
livro A História dos Grenais - L& PM
José Roberto Silva (ZÉ ROBERTO)
ResponderExcluirDN: 07/03/1966, Veranópolis, RS.
Guarany/BG-RS (1985), Brasil/PE-RS (1985 e 1986), Novo Hamburgo-RS (1987), Caxias-RS (1987), Novo Hamburgo-RS (1987), Grêmio-RS (1988 e 1989), Criciúma-SC (1989 a 1992), Vitória-BA (1993), Bahia-BA (1994), Ponte Preta-SP (1997), Veranópolis-RS (1998 e 1999), 15 de Novembro-RS (1999), Veranópolis-RS (2000) e 15 de Novembro-RS (2001).
ZÉ ROBERTO (1988 - 1989) NO GRÊMIO
45 jogos
16 vitórias
20 empates
09 derrotas
Marcou 9 gols (2 deles no clássico GRENAL).
Grande, Alvirubro
ExcluirTinha esquecido que o Zé Roberto estava no grupo campeão pelo Criciúma de Luiz Felipe.
O Brasileiro de 1988, que só foi concluído em Fevereiro de 1989, é o que gerou o famoso GRENAL DO SÉCULO, na semifinal, em 12.02.1989. Quem passasse da Dupla, enfrentaria BAHIA ou FLUMINENSE. Acabou passando o BAHIA (2x1). O Inter foi à final e tomou 2x1 em Salvador e 0x0 no Beira-Rio.
ResponderExcluirO time de Zé Carlos, Bobô e Osmar, além de Evaristo de Macedo encantou o Brasil.
Assisti na praia a final (casa da minha ex-sogra); Abelão era o treinador do Coirmão.
ExcluirMestre Evaristo Macedo (como tu bem lembraste) era o treinador do "Baêa".