Páginas

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (139) – Ano – 1976

A Primeira Vitória de Telê no Imortal

Fonte: wp.clicrbs.com.br

No mês passado, comemoramos os 40 anos da contratação de Telê Santana pelo Grêmio. Ele ficou até 78 e ganhou apenas o Regional de 77 (na foto, Telê, Tadeu e Éder), porém, imortalizou o seu nome na história do clube como veremos a seguir. Ele não foi o maior treinador, mas foi o melhor entre todos os que sentaram na casamata Tricolor.

Telê cometeu façanhas únicas em sua passagem pelo Grêmio, que celebramos aqui em várias “Pequenas Histórias”. Ele deve ser a personalidade gremista, que mais gerou este tipo de crônica no blog.

Interrompeu a sequência de títulos do Gauchão do Coirmão, numa performance fantástica em 77, onde presenciamos como nunca, a “mão” do treinador, seja na montagem do elenco com atletas de grande personalidade, avessos ao conformismo, seja na formulação técnico-tática da equipe ou no exercício do comando do vestiário, tornando-se o elo entre jogadores e direção. Seus comandados sabiam o que fazer dentro de campo, havia jogadas exaustivamente ensaiadas, seus defensores na área adversária eram um arma poderosa de ataque; o grupo homogêneo não deixava a “peteca” cair em eventuais desfalques dos chamados efetivos, o futebol apresentado era vistoso e entusiasmador, porque priorizava vencer. Em hipótese alguma entrava para empatar (“Lei” sua, que lhe custou, inclusive o Mundial de 82).

Além da conquista inédita naqueles anos, Telê estava à frente do time na maior goleada registrada na existência do Olímpico Monumental; 10 a 0 sobre o Pelotas naquele regional. Também, o mestre mineiro conquistou entre Agosto de 77 e Agosto de 78, a maior sequência de vitórias em clássicos Grenal. Foram seis, do 233 ao 238:

233         14/8/1977           Grêmio 2 X 1 Internacional         Gaúcho                               Olímpico
234         18/9/1977           Internacional 0 X 2 Grêmio         Gaúcho                               Beira-Rio
235         25/9/1977           Grêmio 1 X 0 Internacional         Gaúcho                               Olímpico
236         6/11/1977           Internacional 0 X 4 Grêmio         Brasileiro                             Beira-Rio
237         23/4/1978           Internacional 2 X 3 Grêmio         Brasileiro                             Beira-Rio
238         20/8/1978           Grêmio 2 X 1 Internacional         Gaúcho                               Olímpico

Olhando os números iniciais no Tricolor; vê-se que Telê estreou diante do Santos, empatando no Olímpico  em 0 a 0, mesmo placar registrado em São Paulo, diante do Palmeiras.

Em seu terceiro jogo, diante do Figueirense no Orlando Scarpelli, veio a primeira vitória: 2 a 0. É dele que trataremos a seguir.

Em 23 de Setembro, à noite, o Grêmio  não tomou conhecimento do fator local e foi para cima do Figueira; aos 4 minutos , o lateral Bolívar foi ao fundo pela esquerda, cruzou na pequena área onde estava o centro-avante Alcino, a Estrela de Belém, que cutucou para as redes do arqueiro Ladel.

O time catarinense se jogou para o ataque, usando alta velocidade, mas de forma desorganizada. Contando com melhores recursos técnicos, os gaúchos aguardaram a chance de contra-atacar, fato que logrou êxito aos 21 minutos, ainda da etapa inicial, quando o ponta direita Zequinha repetiu o lance do primeiro gol, apenas mudando o lado, isto é, o cruzamento veio da direita, buscando o camisa 9 gremista, o zagueiro Nelson prejudicado pelo gramado e péssima iluminação, bateu de “rosca” contra o seu arco, bem no canto, impossibilitando a defesa do goleiro. Gol contra. 2 a 0.

A segunda etapa começou com o Figueirense correndo muito, porém, a maior chance de gol foi do Tricolor, novamente pelo canto do campo, o ponta esquerda Ortiz buscou a linha de fundo, cruzou e Tarciso, que substituíra Alcino,  mas o Flecha Negra bateu por cima do travessão.

Ficou nisso. 2 a 0 para o time de Telê que jogou com: Cejas; Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Bolívar; Victor Hugo, Yúra (Jerônimo) e Luis Carlos; Zequinha, Alcino (Tarciso) e Ortiz.

Lauro Búrigo mandou a campo: Ladel; Pinga, Nelson, Dagoberto e Escurinho; Moacir, Jorge Luis e Sídnei; Caco (Ipojucã), Luis Antônio e Zé Carlos (Renato).

A arbitragem foi de José Aldo Pereira e a renda de CR$ 120.000,00. Não foi informado o público.

Domingo, o Tricolor encara o Figueirense com o olhar enviesado, pois namora a possibilidade de decidir pela oitava vez, a Copa do Brasil.


Fonte: Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro, nosso Alvigoogle

Segue vídeo com os gols:


36 comentários:

  1. Daison Sant Anna29/10/2016, 00:35

    **Capa do Jornal Zero Hora (quinta-feira, 9/setembro/1976): Na reunião dos dirigentes, a queda de Lumumba - "NOVO TÉCNICO DO GRÊMIO É TELÊ" - Ex-treinador do Atlético/MG, Fluminense, São Paulo e Botafogo chega às 14 horas para assumir no Grêmio.
    **Contracapa: [ PREPARADOR FÍSICO ÍCARO VAI CONTINUAR ] - Paulo Lumumba realizou o último treino como responsável pelo time titular do Grêmio ontem. A direção reunida, acertava com Telê Santana. Ele saiu do campo, deu a última entrevista e subiu para a sala do departamento de futebol, onde foi comunicado da decisão de Dourado, Koff e Edmundo. Conversou com Telê por telefone (pela Rádio Gaúcha) e voltou a ser um simples funcionário do clube.
    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
    **Manchete da Contracapa do Jornal ZH (sexta-feira, 10/set./1976): Telê chega e avisa: — Gosto de trabalhar com gente direita. O novo treinador do Grêmio chegou e assumiu. Lumumba voltou a ser um auxiliar, recomeçando também seu trabalho. Hoje Telê assiste ao primeiro coletivo no Olímpico.
    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
    **Contracapa da Zero Hora Dominical: GRÊMIO x SANTOS - "Telê começa contra garotos de Zé Duarte" - Telê Santana vai ser a grande atração para a torcida do Grêmio. Neste jogo ele começa a conhecer a equipe que Paulo Lumumba deixou.
    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, Daison
      Eu conhecia a matéria do Correio do Povo, onde Lumumba diz que sempre se viu como um interino.
      Agora conheço o texto da ZH.

      Excluir
    2. Segue um link sobre a contratação do treinador mineiro:
      http://conselheirox.blogspot.com.br/2014/07/tele-santana-e-o-novo-treinador-do.html

      Excluir
  2. Alvigoogle é brincadeira tua! Deixa isso prá lá, Bruxo! Tá tudo nas publicações de jornais.

    Telê foi mestre por onde passou. Apesar de algumas vezes contestado, sempre teve ideias muito lúcidas sobre futebol. Eu fui um fã de Telê.

    A passagem dele pelo Grêmio foi assim:

    TELÊ SANTANA NO BRASILEIRO (1976/77/78)
    65 jogos
    34 vitórias do Grêmio
    20 empates
    11 derrotas
    106 gols marcados pelo Grêmio
    55 gols marcados pelos adversários

    TELÊ SANTANA NO GAUCHÃO (1977/78)
    71 jogos
    47 vitórias do Grêmio
    15 empates
    09 derrotas
    148 gols marcados pelo Grêmio
    34 gols marcados pelos adversários

    TELÊ SANTANA EM AMISTOSOS/TORNEIO (1977/78)
    39 jogos
    21 vitórias do Grêmio
    14 empates
    04 derrotas
    78 gols marcados pelo Grêmio
    27 gols marcados pelos adversários

    TELÊ SANTANA NO GRÊMIO - TOTAL (1976/77/78)
    175 jogos
    102 vitórias do Grêmio
    49 empates
    24 derrotas
    332 gols marcados pelo Grêmio
    116 gols marcados pelos adversários

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. !3,7 % de derrotas.
      O que chama a atenção é o aspecto ofensivo dos times de Telê.Ironicamente, os dois primeiros jogos foram 0 a 0.

      Excluir
    2. Alvirubro!
      Qual foi a informação do Grêmio, que eu não obtive resposta contigo? Bota arquivo nisso!!!
      Abraços.

      Excluir
    3. Meu passatempo predideleto, Bruxo!

      Excluir
    4. Mas a cereja do bolo será descobrir quem fez o primeiro gol da história gremista. Ninguém sabe.

      Excluir
    5. Essa nem a Ata do Clube tem. Infelizmente, na época ninguém se preocupou em publicar ou contar esse feito. Perdeu-se a oportunidade e agora, a menos que surja algum documento que nunca foi mostrado, acho muito difícil aparecer esse dado.

      Olha, essa é uma das buscas mais feitas, na história Tricolor.

      Excluir
    6. Bruxo, as publicações dão a informação nominal do primeiro artilheiro gremista somente no oitavo jogo do 1º Quadro do Grêmio. Isso em 01.12.1907. Ficamos sem informação nominal dos 13 primeiros marcadores, por falta de conhecimento sobre o futebol na época, já que os pormenores dos jogos não eram tão relevantes.
      O que se tem de informações, são dados básicos. Esse fato começou a diminuir a partir de 1909, quando os jornais passaram a dar ênfase aos jogos, pois Porto Alegre se preparava para, em 1910, ter o Campeonato Citadino.

      Excluir
    7. O secretário do clube, Alvaro Brochado, também jogador, escrevia os "históricos dos jogos" e deve ter esquecido de mencionar sobre os artilheiros.

      Excluir
    8. Tomara que tenha sido um ótimo jogador, pois como secretário ...

      Excluir
  3. Grêmio x Figueirense (SC) - Na história do confronto
    32 jogos
    17 vitórias do Grêmio
    04 empates
    11 derrotas
    58 gols marcados pelo Grêmio
    39 gols marcados pelo Figueirense (SC)

    Grêmio x Figueirense (SC) - Na história do confronto pelo Brasileiro
    23 jogos
    12 vitórias do Grêmio
    03 empates
    08 derrotas
    39 gols marcados pelo Grêmio
    24 gols marcados pelo Figueirense (SC)

    ResponderExcluir
  4. Adversário perigoso; está desesperado e o Tricolor vai com a baba. Difícil prever o resultado.

    ResponderExcluir
  5. A primeira vez que o Grêmio enfrentou o Figueirense, em Florianópolis, foi no dia 04.09.1951. O Figueirense era o "Campeão Citadino" e o placar foi de 4x1 para o gaúchos.
    O Grêmio teve uma atuação de gala. Gita, Ballejo, Lori e Gorrion marcaram para os gaúchos e Nílson (contra) foi o autor do gol de honra do Figueirense.
    Naquele dia o Grêmio utilizou uma equipe mista no jogo: Sérgio Moacyr, Orlando e Nílson; Orly, Azambuja e Heitor; Gorrion, Dirceu (Balejo), Clori, Gita e Lori foi o time mandado a campo por Aparício Viana e Silva.

    ResponderExcluir
  6. Grande Aparício Viana e Silva, se ele não tem uma biografia editada; é um imenso erro dos grandes escritores gaúchos. Lenda do futebol dos pampas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade! Aliás, a nossa bibliografia esportiva é de uma pobreza ímpar. Existem tantas figuras carismáticas no futebol gaúcho, mas pouco se escreve sobre elas.

      Enio Andrade, Daltro, Galego, Pastelão, Foguinho, Aparício, Gessy, Carlitos, Tesourinha, Ennio Rodrigues, Sérgio Moacyr, e por aí vai...

      Excluir
  7. Parabens pelo trabalho. Estava lendo esses dias dos primeiros geandes artilheiros do brasil. Tu tens dados dos primeiros grandes artilheiros gremistas, ex nene, bruno cossi, lagarto, etc. Dados como gols e jogos. Abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Micheiev, devo ter alguma coisa. Manda um e-mail para alvirubro1805@gmail.com vamos ver no que é possível atender tua dúvida.

      Excluir
    2. Nos anos iniciais do futebol, as goleadas eram muito constantes. Para termos uma ideia, tratando-se da história do Grêmio, foram quase 500 jogos com placares em que o Tricolor marcou 5 gols ou mais. Acima de 7 gols gols marcados temos 148 jogos. Entre 1904 e 1920, o Grêmio esteve em campo com seu "1º Quadro" 177 vezes para atuar em jogos de 80 e 90 minutos. Marcou 839 gols. Seus maiores destaques como artilheiros foram Gertum,Scalco, Sisson, Lagarto e Teichmann.

      Ser artilheiro, naquela época, era quase que uma obrigação. Em dois jogos, um pelo Campeonato Citadino de Porto Alegre e outro amistoso, time gremista marcou 46 gols. No jogo válido pelo Citadino, somente Augusto Sisson marcou 14 gols.

      Excluir
    3. Particularizando; Lagarto não foi treinador e jogador ao mesmo tempo em uma fase do Imortal?

      Excluir
  8. Acho que essa é para ti, Alvirubro.

    ResponderExcluir
  9. Alvirubro, tu citaste jogos com duração de 80 e 90 minutos. Sabemos que essa foi uma das modificações nas regras do futebol na primeira metade do século passado. O problema é que à época não havia exatamente uma grande preocupação com padronização imediata em todos os cantos do planeta.

    Pelas tuas pesquisas, houve algum momento exato para essa modificação (tempos de 45 em vez de 40 minutos) em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul? Ou essa transição não foi muito clara?

    Obs.: lembro agora, de cabeça, que - por exemplo - a final do Citadino de 1935 (Grenal Farroupilha) foi disputada ainda pela modalidade antiga de tempo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rafael, a resposta é longa, mas dá uma ideia do que era o futebol na “Era do Amadorismo”.

      No Mundial de 1930, a FIFA estabeleceu oficialmente o tempo de 90 minutos de duração para os jogos de futebol. Aqui no Brasil, por ainda estarmos na “Era Amadora” essa adoção não foi levada à sério e os torneios e amistosos tinham duração variada, conforme as regras de cada associação. Por isso vemos jogos, lá nos primórdios do nosso futebol, com tempos de 80 e de 90 minutos de duração. Quem ditava a regra do tempo de duração era a associação organizadora do evento.

      Com o 1º Campeonato Mundial de Seleções, em 1930, houve em vários países uma guinada sobre os conceitos do futebol praticado até então. A Europa, como sabemos, levou a sério as regras futebolísticas, desde os primórdios (o tempo de jogo de 90 minutos de duração existia desde 1877).

      No início da década de 30 (1933) entidades de São Paulo (Associação Paulista de Esportes Atléticos-(APEA)) e do Rio de Janeiro (Liga Carioca de Futebol (LCF)), oficializaram o profissionalismo, seguindo os passos de Espanha e Itália, assim como da Argentina e do Uruguai, aqui na América do Sul.

      Excluir
    2. Se tu observares no Campeonato Citadino de Porto Alegre, em 1937, vais ver que aquele torneio que começou em abril, não foi concluído. O campeonato parou porque houve a adesão dos “grandes clubes de Porto Alegre” ao profissionalismo. A dupla GRENAL, mais Cruzeiro, São José e Força e Luz aderiram à nova ideia de gerenciamento do futebol. O Citadino parou e a Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos (AMGEA) rachou em duas: a Especializada e a Cebedense.

      Desde 1936 as “associações especializadas” (federações e clubes profissionais) tentavam mostrar aos clubes gaúchos as vantagens em mudar de status (sair do amadorismo para o profissionalismo). As “associações especializadas” já organizadas no RJ e em SP e agrupadas em torno da FBF (Federação Brasileira de Futebol) entraram “em guerra” contra a CBD (Confederação Brasileira de Desportos).

      No Rio Grande do Sul, a AMGEA, filiada a FRGD (Federação Rio-Grandense de Desportos), continuava fiel à CBD. O Citadino de 1937 começou sob a égide da AMGEA e no final de Abril daquele ano, Flamengo (RJ) e Fluminense (RJ) convidaram Inter e Grêmio para que aderissem às “especializadas”. No mês de Maio de 1937, boatos diziam que o Inter aceitaria o convite das equipes cariocas para profissionalizar-se. Na metade de Junho de 1937, a Imprensa noticia a declaração conjunta da Dupla GRENAL, aderindo às “associações especializadas”. Cruzeiro, Força e Luz e São José acompanharam Inter e Grêmio.

      De uma lado ficou a AMGEA "Especializada" (profissional), com os cinco clubes citados, que mudaram de status (do amador para o profissional).
      Do outro lado ficou a AMGEA "Cebedense" (fiel à CBD e FRGF), que continuou com o Americano e o Porto Alegre, recrutando ainda o Villa Nova, da ATEA, o Renner, da LAPA, e o Novo Hamburgo. Em julho, começaram dois campeonatos novos, e os jogos realizados até então foram desconsiderados para fins de campeonato.

      Excluir
    3. Não foi fácil a tentativa de profissionalizar o futebol brasileiro como um todo, pela complexidade dos interesses envolvidos. De fato, aqui no Brasil, o profissionalismo só chegou quase uma década após os primeiros passos dados pelas associações do RJ e de SP.
      Como o órgão maior do futebol mundial passou a determinar regras para filiar os países que praticavam o desporto, o Brasil viu-se obrigado e ter uma legislação específica sobre o tema e o profissionalismo passou a ser debatido de forma mais firme.

      Com o DECRETO-LEI N. 3.199 - DE 14 DE ABRIL DE 1941 foram estabelecidas as bases de organização dos desportos em todo o país. Com a criação do CND (criado em 1941 e extinto em 1993), o futebol brasileiro passou a seguir as regras da FIFA, pois era a única maneira de poder participar de eventos desportivos oficiais, organizados por ela.

      Embora os 90 minutos já fossem adotados em muitos jogos, o Decreto de 1941 determinou a oficialização das regras difundidas pela FIFA. No Brasil, as obrigatoriedades determinadas pela FIFA foram sendo adotadas paulatinamente. Exemplo: em 1939 a FIFA tornou obrigatório o uso de números nas camisetas. No futebol gaúcho, começaram a aparecer números em 1947, mais ou menos. Em 1958, uma substituição foi permitida, mas só em caso de lesão. Se observares nossos campeonatos/torneios, antes desse ano, já eram permitidas alterações, se previstas nos regulamentos elaborados pelas associações.

      Enfim, para aqueles que gostam de pormenores acerca do tema, essas passagens são pitorescas e servem para mostrar o quanto já evoluímos no futebol, desde a sua criação.

      Excluir
    4. Rafael, apenas complementando, o Decreto citado deu a data de 15 de Maio de 1941, como data limite para a adoção das regras difundidas pela FIFA.
      Então, a partir da citada data, o futebol brasileiro passou seguir o tempo de 90 minutos de duração nas partidas de futebol e ao mesmo tempo as equipes não poderiam mais fazer substituições em jogos oficiais.

      Excluir
    5. Baita aula, Alvirubro! Agradeço muito tua disponibilidade em escrever a respeito (e com tanto esmero e detalhamento). Tu segues aquilo que me parece o essencial para qualquer pesquisador/historiador: compartilhar informações. Morrer com elas engavetadas de nada adiantaria. Obrigado.

      Excluir
    6. Bah, Rafael! Sinceramente, eu sou só um curioso, que gosta de futebol. Estou longe de ser um pesquisador. Historiador nem se fala. Léguas de distância disso.

      As informações sobre os campeonatos só vão surgindo porque muitas vezes tento entender o que aconteceu em determinado jogo, ou o que determinou uma partida ser anulada, ou o que levou a algum WO em determinado enfrentamento.

      Eu sempre digo que listar os jogos de determinado clube não é difícil. A "informática" facilitou tudo isso. Difícil é entender os pormenores, buscar uma escalação, tentar achar um artilheiro, compreender uma tabela.

      Finalizando, espero sempre poder ajudar com as informações. Escrever sobre um tema tão complexo não é fácil. Às vezes, resumir demais a informação deixa lacunas que criam dúvidas, mas acredito ter sido claro naquilo que pediste. Abraço!

      Excluir
  10. Daison Sant Anna30/10/2016, 11:41

    Bruxo, Telê disputou 5 competições oficiais pelo Grêmio. Eu lamento mesmo o título que escapou no Gauchão 1978. Nos 3 Brasileirões 1976 1977 1978, o Grêmio fez boa campanha e chegou a pensar no título em todos os 3 (jornais da época registraram), mas acho que em 1978, isso pareceu possível. Concordas? Obs.: Em 1977 3x0 e 4x0 no Internacional...

    ResponderExcluir
  11. O Brasileiro de 77 que terminou em 78, também escapou, isso porque tínhamos um goleiro inconfiável e a teimosia do treinador que ao punir Éder, puniu o Grêmio.

    ResponderExcluir
  12. Daison Sant Anna31/10/2016, 01:43

    O Brasileirão de 1978, o Grêmio parou nas QUARTAS (JULHO - 1x1 e 1x1 Vasco). Nesse confronto que se deu o caso Éder. No Brasileirão 1977 (outubro/77 - fevereiro/78), o Grêmio ao perder para o São Paulo no Morumbi por 3x1, deixou de ir para as semifinais. Já em 1976, depois ir bem na 1ª e 2ª fases, o Grêmio de Telê perdeu a vaga para as semifinais num grupo complicado que tinha Fluminense e Atlético/MG...

    ResponderExcluir
  13. Exato; em 78, Oberdan foi colocado na ponta-esquerda e Éder no banco.
    Já em 77, Getúlio faz um gol de falta do meio da rua numa falha de Corbo.

    ResponderExcluir
  14. Escrevi sobre aquela desclassificação de 78:
    http://bruxotricolor.blogspot.com.br/2015/07/pequenas-historias_11.html

    ResponderExcluir