É Cedo, mas a Base não entusiasma
Sem olhar atentamente para os jogos da categoria Sub-20, que estão sendo disputados em Porto Alegre, fiquei com a impressão de uma pobreza técnica imensa do elenco gremista.
Pela escassa amostragem (para mim), é cedo para tirarmos conclusões definitivas até porque o meio campista Lincoln, que tem um potencial imenso, não apresentou, rigorosamente nada (novamente faço a ressalva da pequena observação); entretanto, os meninos não entusiasmam.
Do que vi, uma certeza: Lucas Lovatt, lateral esquerdo buscado no Avaí, esse tem qualidade; será aproveitado no elenco de cima em seguida.
Dida, Jean Pyerre, Lima e Luan; nomes que ouvi falar, não me causaram boa impressão. O goleiro parece ser bom, mas é pequeno para os padrões atuais. Não apostaria nele.
Como fui professor por muito tempo, sei que de um ano para o outro, os adolescentes se transformam, quem sabe, estes jovens da base, não me surpreenderão em 2017?
Uma dica: Anotem o nome de Vitinho, camisa 10 do Palmeiras. É craque.
É extremamente complexo avaliar categorias de base. Vou usar um exemplo, Jonas, que claro, sei que não é da nossa base, mas foi despontar de verdade para o futebol com 25 para 26 anos. Ou seja, cada um tem seu tempo. A base gremista talvez não seja TOP 3, mas está no meu ponto de vista no TOP 10 do Brasil com sobras.
ResponderExcluirDe positivo, fica a infinidade de jogadores em últimos anos de categoria de base que o Grêmio tem contratado e vingaram. Como Walace, Wendell, Luan...
Além das promessas que estão no profissional, casos de Arthur, Thyere, Iago, Tontini, Batista e Lincoln.
ResponderExcluirÉ tão complexo, Victor, que eu não lembro do Renato Portaluppi jogando em seleções de base, posso estar enganado, outro exemplo: Grohe era das Seleções de base, quase todas, Victor, não.
Existe uma tendência de os clubes contratarem jogadores considerados semiprontos, já com 17, 18, 19 anos, de agremiações menores e voltadas especificamente para a base. Grohe é um dos poucos exemplos de atleta que iniciou sua carreira lá nas escolinhas, creio.
ResponderExcluirDiminuem-se os custos e quiçá os riscos de negócio quanto maior for a idade, no entanto diminuem-se igualmente as chances de se obterem excelentes jogadores devido à concorrência. Quanto mais se espera a confirmação de suas qualidades, mais se abre espaço para o interesse externo. É o caso da leoa que aguarda a melhor oportunidade até o último minuto para o bote e, mesmo assim, em 2/3 das vezes falha miseravelmente. Eis a política de contetamento do rebote: o que sobrar está valendo.
Em um mundo mágico, pareceria-me mais adequado treinar os potenciais grandes jogadores desde a infância, como era antigamente, contratando expoentes aposentados para treinamentos específicos, como Baltazar para finalização com os pés e Arce para cruzamentos, por exemplo. Essas fornadas atuais têm poucos fundamentos.
Uma pena que a lei em Pindorama (com a conivência dos dirigentes) impede totalmente esse viés de formação ao tirar o "vínculo escravo" dos jogadores das mãos dos times e passá-lo para as de empresários. Como se o futebol - na essência - fosse feito por senhores engravatados... Investir tempo e dinheiro para quê, se aos 15 anos a ave de rapina oferece casa com piscina à família pelo vínculo do piá, deixando o clube com um pastel de vento? É muita inteligência transbordando para pouco pedaço de terra.
Pior do que isso somente programas de TV aberta anunciando de forma arraigada operadoras de canais fechados na ânsia de arrecadar um pouco mais no curto prazo, sequer enxergando o passo que estão dando em direção ao abismo. Ambos os casos são exemplos de como cavar a própria cova e já permanecer nela.
Sobre as tvs, fechada ou aberta têm um problema em comum: internet. Globo tem predominância nos canais da TV Fechada, ou seja, para ela pouco importa. Os outros canais que pouco investiram nisso, mas vejo como melhor solução investir em canais de youtube, Facebook e por aí vai.
ExcluirE os dirigentes, alguns, passam a se associar com empresários de futebol, não apenas neste ramo, mas em outros, "prostituindo" mais as relações que orbitam no entorno; aí temos até o impensável: direitos federativos de jogadores sendo dados na partilha de separações matrimoniais.
ResponderExcluirMais um motivo pra não abrir mão de qualquer mínima qualidade que se tenha à disposição.
ResponderExcluirGlaucio
ResponderExcluir" ...uma mínima qualidade que se tenha à disposição", quer dizer a manutenção de Fernandinho?
Temos Everton, Pedro Rocha e Mamute com as características do Fernandinho. Sem entrar no mérito do salário.
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