Pequenas Histórias (144) - Ano - 1996
Assim estava escrito
Fonte: globoesporte.globo.com |
Quando Fábio Koff reassumiu o Grêmio em 1993, iniciou-se um período onde ver o Tricolor decidindo grandes competições era rotina; foram três anos consecutivos na final da Copa do Brasil (93, 94 e 95), Libertadores e Mundial (95), Brasileiro em 96 e até o legado de Koff, que no primeiro ano sem ele, deu a Copa do Brasil em 97. Foram anos de uma unidade fantástica entre a Direção e a Comissão Técnica. Década extremamente vitoriosa.
Pois esta semana que encerrou, fecharam 20 anos do bicampeonato brasileiro, um encerramento dourado para Luiz Felipe Scolari e Adilson Dias Batista, o Capitão América, ambos seguiram para o Japão, após a conquista daquele Dezembro.
Havia também Paulo Paixão, preparador físico desde 93, ou seja, participou de todo o período de Koff.
Uma das características mais marcantes dessa Dupla (Felipão/Paixão); o pragmatismo era visto mesmo com formações diferentes no time e nesta última conquista de Brasileirão ficou bem evidente. O Tricolor chegou em 5º entre os 8 classificados para os mata-matas. Incrivelmente, a 8ª colocada era a Lusa, os dois que decidiram o campeonato.
Em 15 de Dezembro, o Olímpico estava botando gente pelo ladrão. O Imortal precisava devolver os 2 a 0 sofridos no meio da semana, para assim, conquistar o título pela melhor campanha.
A Lusa era a queridinha do Brasil, só os gremistas torceriam para o Grêmio naquela tarde, mas o Tricolor ganharia o bi, assim estava escrito; só não sabíamos que seria um sufoco de quase noventa minutos. A impressão da vitória se corporificou logo aos 5 minutos, quando Paulo Nunes abriu o marcador, consignando o seu 16º gol, que lhe concedeu o topo da artilharia, juntamente com Renaldo (assim mesmo sem o "i"), avante do Galo.
Scolari utilizou na decisão: Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano), Mauro Galvão e Roger; Dinho (Aílton), Luis Carlos Goiano, Émerson (Zé Afonso) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino. Arílson e Jardel já não estavam mais no clube e Adílson estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Dinho virou o capitão na decisão.
A Portuguesa de Desportos do técnico Candinho: Clemer; Valmir, Marcelo, César e Carlos Roberto (Flávio); Capitão, Gallo, Rodrigo Fabri (Tico) e Zé Roberto; Alex Alves e Volnei Caio.
A Lusa era muito forte, pois contava com um time jovem e entrosado com destaques para César, Zé Roberto, Alex Alves e Rodrigo Fabri, todos com passagem pela Seleção na continuidade de suas carreiras, mais Caio, ex-Grêmio.
Com o primeiro tempo encerrado em 1 a 0. A esperança se renovava para a etapa final, afinal, bastava fazer um "golzinho" apenas. Porém, o tempo foi passando e o Grêmio nervoso e absolutamente controlado pelo time paulistano tornava a partida dramática. As situações de gol eram pífias.
Aos 40 minutos, já com Aílton no lugar de Dinho e o desânimo batendo, Carlos Miguel teve espaço para olhar o posicionamento dos avantes; levantou para Zé Afonso, até então, chamado apenas de Afonso, ele subiu e impediu que a rebatida de cabeça de César fosse forte, na verdade, ele cabeceou "enforcado" e o destro Aílton acertou um balaço de esquerda, que entrou no lado esquerdo de Clemer. Uma loucura! Lembro de ter dado um salto do sofá, quando já assistia o jogo deitado, sem muita reação.
Assistiram a partida mais de 40 mil pessoas; Márcio Resende de Freitas, o árbitro e esta foi a última grande conquista dentro do Olímpico de uma das maiores gerações de atletas na história do Imortal.
Fonte: globoesporte.globo.com
Jornal Zero Hora
Seguem alguns lances da decisão:
Os anos 80 foram muito bons para o Grêmio, mas os 90, mesmo que o Mundial tenha vindo na década anterior, foram mais do que mágicos para o Grêmio. Foi quando efetivamente nos tornamos um clube gigante para o Brasil. Época que viramos definitivamente o maior clube do Rio Grande do Sul. Nossa torcida deixou de ser apenas formada por sulistas e por gaúchos espalhados pelo Brasil, para se tornar uma torcida forte em cada canto do país, mesmo para aqueles sem qualquer raiz gaúcha.
ResponderExcluirNão sei qual a tua idade, Victor, mas te digo, que houve muita resistência no Brasil ao bom futebol do Grêmio, só mais tarde, quando muitos "foram exportados" para outros centros do país e mundo, e começaram a ganhar (Paixão, Luiz Felipe, Paulo Nunes, Arce, Rivarola, Carlos Miguel, Roger,Jardel, Adilson, Mauro Galvão, Émerson) é que houve a rendição das críticas.
ResponderExcluirTenho 28 anos, mas confesso que não acompanhei tão de perto o futebol na minha infância.
ExcluirO Grêmio entrou em 6º lugar. Mas após conquistar a classificação (3x0 no Santos em casa), o Grêmio passou a poupar jogadores para a reta final (0x2 Coritiba C, 0x1 Sport F e 1x3 Goiás C) e saiu da disputa pela liderança da 1ª Fase para um 6º lugar. Lembras?
ResponderExcluirTens razão Dalson
ExcluirDaison
ResponderExcluirMais ou menos; senão vejamos:.
Contra o Coritiba em 17/11: Murilo; Arce, Rivarola, Mauro Galvão e Roger; Adilson, Goiano (Negretti), Aílton e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino (Afonso).
Contra o Sport jogaram Arce, Rivarola, Mauro Galvão, Roger, Dinho, Goiano, Aílton + Zé Alcino que entrou durante a partida; além disso, havia um grande elenco.
Contra o Goiás: Danrlei, Mauro Galvão, Dinho, Adilson, Aílton, Carlos Miguel e Paulo Nunes saíram jogando.
Desconfio (não tenho certeza) que o Tricolor realmente, chegou em 5º.
De qualquer forma, foi mais um título no meio de tantos. Abraços.
Conferindo a wikipedia, realmente, o Tricolor ficou em 6º, desta forma, pegando o 3º, Palmeiras.
ResponderExcluirhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Futebol_de_1996
Gracias
Mesmo com vários titulares nesses 3 jogos, a equipe já estava "tirando o pé" para a Grande Reta Final....
ResponderExcluirO pragmatismo de Luiz Felipe.
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