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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Opinião



Passando do Ponto

Quem não ouviu a expressão “passou do ponto” ou “a maionese desandou”? Pois, certamente faltou acertar o ponto de equilíbrio na empreitada.

Por exemplo, na História verificamos que a queda do Império Romano ocorreu pelo gigantismo que se tornou; ficou impossível abastecer, controlar os escravos e vigiar as fronteiras. Ruiu pela ganância.

No Brasil temos exemplos de feiras culturais que começaram acertando cada passo que deram até virarem eventos gigantescos desvinculados das ideias e ideais originais. Desmoronam deixando saudades dos “tempos de antigamente”, completamente desfiguradas.

Agora, a Libertadores da América começa a se agigantar de uma forma desproporcional e, em consequência, a se descaracterizar a tal ponto que de um total de 20 clubes na Série A no Brasil, o percentual de 40 participará desse torneio. Uma loucura, uma promiscuidade da competição. Uma zona.

Com certeza, chegará o momento em que teremos um campeão da Libertadores que estará sendo rebaixado em seu certame nacional.

Fica difícil acreditar na possibilidade de um mesmo clube estar decidindo, no caso brasileiro, a LA, a Copa do Brasil e o Brasileirão.

A ganância, novamente fará o produto passar do ponto e veremos a maionese desandar.

PS: Utilizei reiteradamente  a ideia de gigante, gigantismo no texto, propositadamente

16 comentários:

  1. Bruxo,
    não é síndrome de "vira-latas", mas nossos dirigentes latinos querem porque querem copiar os campeonatos europeus, que são gigantes, porque gigantes são os clubes.

    Infelizmente, não entendem que de nada adiantará esse tipo de torneio.
    Imagine o seguinte: 8 TIMES BRASILEIROS da SÉRIE A na LIBERTADORES DA AMÉRICA e mais 6 TIMES BRASILEIROS da SÉRIE A na SUL AMERICANA. TOTAL 14 times em 16, pois 4 caem para a SÉRIE B.
    Qual o estímulo para os clubes, se sabem que estarão classificados para um dos torneios?

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  2. A Sulamericana há muito tempo deveria ter sido arquivada.
    Vai chegar um momento que os torcedores deixarão de olhar com prazer para o futebol.

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    1. Certo! É muita competição que não leva a nada.
      Libertadores, OK!
      Mas Sulamericana, torneio onde a maioria dos clubes joga com reservas?

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  3. E se não desse vaga para a LA seria pior.

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  4. Com maior facilidade para deslocamentos entre países, há tendência de que - pouco a pouco - as competições internacionais sejam inchadas e se tornem mais carregadas do que os campeonatos nacionais, ocupando fatias maiores no calendário dos clubes.

    Lembremo-nos, bem no início do século passado, de que os primeiros torneios em solo gaúcho eram apenas os citadinos, tanto pela dificuldade de deslocamento quanto pelo números de equipes fundadas. Pegando como exemplo o de Porto Alegre, a primeira competição foi a de 1910. Em 1919 surgiu o Campeonato Gaúcho, que era definido em poucos jogos pelos campeões de cada região, e, em 1961, tornou-se maior que o citadino da capital - então Divisão de Honra - a ponto de substituí-lo. Em 1971 se organizou o Campeonato Brasileiro propriamente dito e hoje já é maior em extensão do que qualquer estadual.

    Parece-me um caminho sem volta. Ainda veremos Mundiais sendo disputados por dúzias de equipes. Nada pode segurar a força das ideias.

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    1. Faço minhas as suas palavras. Eu lembro que chegaram a discutir se pré-libertadores é Libertadores. Hoje parece que ninguém tem mais dúvida. Não vejo que o maior problema seja o formato e sim o pouco que as federações fazem para o desenvolvimento dos clubes, principalmente os menores. Não que ela precisa subsidiar tudo. Porém custear tudo aquilo que esteja ligado diretamente ao evento e alguns pontos indiretos. Deveria ser da responsabilidade das federações e confederações os cuidados com gramado por exemplo. Vejo que já passou da hora da América virar pelo menos no futebol um só continente, já que sempre pareceu que existem no mínimo dois continentes em um. A CONMEBOL recebe muito dinheiro, assim como a CBF e pouco reverte aos times. No futebol mundial todo mundo parece o governo brasileiro, só escapa um pouco, mas não muito a UEFA. A maior diferença é que a Europa transborda dinheiro e os clubes não são coniventes. Onde a CONMEBOL vai mal, mais um time no continental. E como anda aquela Liga Sul-Americana que o Romildo é um dos dirigentes?

      Sobre a Sula, penso que a cada dia ela se valoriza mais, vamos ver agora neste formato, mas o ideal seria ainda ter fase de grupos. Como ela classifica para vários torneios, acho que logo não vai ser mais esquecida. Houve uma época que os times paulistas e cariocas preferiam o estadual.

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    2. Victor, ou se unifica o calendário do futebol, sulamericano, ou nada feito. Nenhum clube brasileiro vai enfrentar a Sul-Americana, com times titulares, se em meio aos torneios, tiver Brasileiro e Copa do Brasil. Ninguém vai correr riso de cair de divisão no Brasil, porque a Sul-americana paga mais. O que a Sul-Americana paga, a GLOBO quadriplica para manter os times na Série A brasileira.

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    3. Além disso, qual a vantagem em jogar com o BOYACÁ CHICÓ, deixando de jogar contra o FLAMENGO, no Brasil?

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    4. Realmente é complicado. A Sul-Americana deveria ser jogada toda no primeiro semestre então. Mais do que dobraria o interesse.

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  5. Rafael
    Como eu escrevi, há um ponto de equilíbrio, eu lembro de um campeonato que foi ganho pelo Inter de forma invicta, que teve até WO, algo impensável hoje em dia, salvo a exceção da Chape x Galo. Um dos fatores foi o desinteresse de parte dos paulistas e o inchaço (94 participantes).
    Hoje, 20 clubes é o ideal.
    A Libertadores poderá evoluir, porém, na minha modesta opinião, terá que ter uma fórmula que não atropele os calendários nacionais; veja que os mexicanos (independente de ser justa a participação deles) já saltaram da "barca".

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    1. Em 2017, a CONMEBOL conseguiu o feito de colocar 90 (NOVENTA!!!!) clubes sul-americanos na disputa de Libertadores e Copa Sul-Americana. Sem falar que 10 (DEZ!!!!) clubes da Libertadores, que não se classificarem para a fase de grupos, ainda vão ingressar na 2ª Fase da Sul-Americana,no próximo ano.
      Eu entendo tudo isso. A fatia do bolo é a mesma, mas o número de jogos, que dá renda e que tem um percentual para as federações e confederação, aumentou consideravelmente. Então, tudo em nome do lucro. Não importante se há estádios condizentes e se temos locais de fácil acesso. E tome jogo acima de 2.500 metros de altitude. E tome jogo em locais não tão bem localizados.

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  6. Ou é uma ditadura das confederações e afins, ou rende muito para os clubes também.

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  7. A libertadores é um campeonato gigante,os comentários aqui só percebi uma defesa inconteste para com os grandes do brasil. Vejam que dos 8 , 3 são campeões de competições e dois tiveram a chance de jogar um mata-mata para o nivelamento.fico pensando se o brasil de pelotas estivesse na libertadores,como estaria o clima e ambiente na cidade?como estaria a venda de produtos e como ficaria o estádio durante os jogos do roubalito e série B
    Único prejudicado neste tipo de campeonato é a rede globo,que tem que acompanhar botafogo e cap por mais tempo.Os grandes curintia,São Paulo,cruzeiro,vasco e fluminense não estão na libertadores e estão sofrendo e sua torcida indignada.

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  8. Heraldo
    A Libertadores teria que manter a tradição, uma espécie de "joia da coroa"; só o fato de participar seria um prêmio, ganhar então ...nem se fala. Não dá para banalizar.
    Eu acho que quem deveria participar seriam os campeões e vices dos nacionais de seus países.

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    1. Salvo engano, houve uma época que apenas os Campeões iam para a Libertadores. O Grêmio teve como "recompensa" do ótimo Brasileiro de 1982 o título continental no ano seguinte. Como ficaríamos se apenas o Flamengo da mão do Andrade fosse o único representante? Este comentário serve também para o Internacional. Quando os donos da festa são outros muitas vezes vem a confirmação no campo de quem realmente era o melhor time. Ou seja, uma competição assim, muitas vezes repara injustiças históricas. Sou mais que favorável a esta quantidade de clube. O que não me alegra é o fato que muitos clubes poderiam ser muito maiores com Federações mais preocupadas com seus afiliados e donas de direitos de transmissão não usarem formas arbitrais para dividir a renda. Ou seja, o que tornou Grêmio e Internacional clubes gigantes foram nossos grandes momentos longe do controle de CBF e Rede Globo.

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  9. Bruxo, vamos lá:

    Venezuela - 2
    Colômbia - 2
    Equador - 2
    Peru - 2
    Bolívia - 2
    Paraguai - 2
    Chile - 2
    Uruguai - 2
    Argentina - 4
    Brasil - 4 (3 via Camp. Brasileiro e 1 via Copa do Brasil)

    24 Clubes de 10 países (em 2017, serão mais de 40 clubes).

    1ª Fase: 4 grupos de 6 equipes (10 jogos por cada clube)
    Classificam-se 4 de cada grupo.

    A partir daí, 16 clubes em mata-mata, até a final.

    Se a ideia é ter mais jogos internacionais, eis uma boa saída.
    No sistema atual, quem entra na Fase de Grupos e vai até a final faz 14 jogos.
    No sistema proposto, aumentariam 4 jogos. Entretanto, sem fase pré-Libertadores ou classificatória.

    Mesmo sistema para a Sul-Americana, com os mesmo número de clubes.

    Calendário: entre Fevereiro e Novembro, se quiserem manter o planejamento.

    1ª Fase - 10 datas - Fevereiro a Julho
    Fase subsequentes:
    Agosto (8as de final) - 2 jogos
    Setembro (4as de final) - 2 jogos
    Outubro (Semifinal) - 2 jogos
    Novembro (Final) - 2 jogos

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