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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Opinião



O Vacilo

Na década de 90 o Palmeiras com o patrocínio da Parmalat chegou a ter em curtíssimo espaço de tempo: Veloso, Cafu, Antônio Carlos (Zago), Kléber, Roberto Carlos, César Sampaio, Flávio Conceição, Mancuso, Rivaldo, Edílson, Mazinho, Edmundo, Evair, Asprilla, J J Trellez, Zinho; enfim, jogadores de Seleção. Mesmo assim, o Grêmio com muita competência, conseguiu fazer grandes enfrentamentos, conquistando títulos importantíssimos. 

Isso ocorreu pela competência de sua Direção, que encontrou as peças corretas dentro e fora das quatro linhas.

Passados pouco mais de 20 anos, o Palmeiras tem novo patrocinador; com ele, volta a ser a maior força futebolística do país, mas não é um bicho-papão. Dá para Flamengo, Atlético Mineiro e Grêmio fazerem frente ao clube paulistano nesta Libertadores da América.

Especificamente sobre o nosso clube; o Tricolor vacila feio apesar das boas contratações que deixaram o elenco mais encorpado, porque sedimenta alguns problemas no time, tornando-os quase crônicos, fato que decorre da omissão da Direção que parece ter aberto mão de suas atribuições, sem "jogar de mão" nestes episódios, deixando o timão do futebol para Renato e suas ideias.

Nesta hora com o Grêmio quase classificado para a fase seguinte da LA, fato mais ligado à ruindade dos adversários do grupo do que por suas virtudes; já seria o momento para a Direção buscar soluções para os buracos do time principal: Goleiro, Lateral Esquerdo e mais um Armador.

Como a troca do treinador é algo muito distante no pensamento dos dirigentes, que pelo menos, os reforços cheguem e renove a, hoje, tênue esperança da torcida de comemorar títulos em 2017.

16 comentários:

  1. Muita coisa se explica com isso:

    http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/05/05/nao-adiantou-mudar-a-regra-jogadores-continuam-fatiados-pelos-clubes/

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  2. Alvirubro
    Os clubes continuam sendo as vítimas do processo, tanto quanto nós torcedores.
    Começa amador, passa para o profissionalismo e chegamos ao terceiro estágio, a rapinagem.

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    1. Bruxo, eis aqui um torcedor que já perdeu o encanto pelo futebol faz algum tempo, apesar de seguir atentamente os fatos. Mas aquela velha paixão já se foi. Justamente por não acreditar mais na sacanagem que corre solta. Jogador emprestado, com parte de salário pago pelo clube que empresta. Jogador excessivamente valorizado, para poder aumentar o percentual que vai para o empresário e para o dirigente que o contrata. E outras coisitas mais, que estamos acostumados a ler e ouvir.

      Infelizmente, a verdade é essa mesmo. Empresários que andam pelos corredores dos estádios, acertando contratos e comissões. Jogadores pouco afeitos a serem profissionais, que ao primeiro sinal de dinheiro, já arrumam caso para sair do clube. Dirigentes que aceitam a imposição de escalações de A ou B. A ponto de um dirigente justificar a escalação de jogador porque é cláusula de contrato. Ora, ora ora, que me desculpem os que ainda acreditam na "beatice" da turma, mas já vai longe o tempo em que futebol era coisa séria.

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    2. É verdade, pena que é uma cachaça, o tal de futebol.

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  3. Concordo com o Alvirubro. Minha “paixão” também já se foi. Sim, sigo dando uma “espiada” (devido aos velhos hábitos), mas bem distante de quando era jovem.
    O futebol sempre foi complexo.
    Mas nunca como da década de 90 para cá foi tão “mercenário”. Descobriram o show (que custa caro), aprimoraram a malandragem, aprenderam como nunca a “lavar dinheiro sujo” com o futebol.
    Como explicar um time (que admiro) que estava em “decadência”, endividado, de um ano pra outro ser bi campeão brasileiro, montando uma bela equipe, com os jogadores correndo os noventa minutos ou mais se fosse preciso? Basta associarmos a PF pegando a cocaína depois da queda de uma aeronave.
    Como a “primeira” Copa de Clubes FIFA, Pan-Americano, Copa do Mundo e Olimpíadas, ou seja, quatro eventos importantes num espaço de 16 anos, beneficiou o futebol de um estado?
    Basta olhar.
    Quanto ao jogo?
    O Grêmio se fosse competente e estivesse no caminho da uma final continental teria, ao menos, empatado.
    Mas, como já me referi, o futebol é complexo.
    O Iquique, para a grande maioria dos brasileiros é um ilustre desconhecido. Mas não é “bobo”. Claro que há interferência da Conmebol. A quantidade desproporcional de cartões pode levantar suspeitas.
    Mas o futebol é complexo.
    Como explicar que o, teoricamente, melhor time brasileiro da atualidade (Palmeiras), perdeu para o “desconhecido” Jorge Wilstermann? Como explicar que este mesmo time sofreu e ganhou em condições “suspeitas” do decadente Peñarol? Como explicar que este mesmo time venceu o ferrolho do Jorge Wilstermann, na primeira partida (que diga-se de passagem: mesmo vindo preparado para defender, poderia ter ganho a partida)? Note-se que ganhou já nos acréscimos (???) do segundo tempo e com um gol (???) (nítido impedimento que só quem não viu foram o bandeirinha e juiz da partida).
    Não há justificativas para o Grêmio estar fazendo a campanha que está fazendo. Não tem como justificar estar fora da decisão do campeonato estadual, não ser a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores.
    Mas o futebol é complexo.
    Um clube que atrasa o pagamento de uma simples parcela de 120 mil reais, pior, outra de “minguados” 70 mil, pela grandeza que tem, só pode estar “mal das pernas”.
    Bem, “mal das pernas” é visível dentro de campo.
    E não é culpa de um só jogador como a torcida “quer ver”.
    O conjunto todo está devendo (administração, comissão técnica e atletas).
    Mas, como o futebol é complexo, recordo de um comentarista estrangeiro, em plena Copa do Mundo de 1994, se dirigir a um comentarista brasileiro: Estás criticando por quê? Sua seleção, jogando bem ou mal, está classificada para as oitavas de final. Gostaria que a de meu país estivesse jogando assim. Teria a certeza de ter maiores alegrias.

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  4. Arih!
    Que bom ver os comentários de ti e do Alvirubro, porque eu fico constrangido em falar "que no meu tempo" o futebol era mais "romântico" no melhor sentido desta expressão. Essa postura popstar dos jogadores e a "evolução" do esporte só afasta os torcedores do campo e aí a gente vê a gurizada falando em Barcelona, Bayern, Real Madrid, Chelsea. É triste.
    Sobre a parte do teu comentário sobre o Grêmio, acho que a maioria da torcida não está iludida, aliás, mais do que isso, decepcionada com Direção, Comissão Técnica, etc...
    Ainda dá tempo, mais aí entra a primeira parte do teu comentário e do Alvirubro, parece que não tem mais jeito ...

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  5. Complementando; a gente torce por vício, Arih.

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  6. Esta é a grande diferença do futebol brasileiro e Europeu: enquanto lá os "ilícitos" são bem camuflados, o espetáculo é bem pago e os jogadores são "profissionais" e proporcionam o que desejamos ver (mesmo que ocorram "coisas estranhas"). Os daqui, em sua maioria, são boleiros, "figurinhas carimbadas", ou seja, malandros que pensam que estão enganando a torcida (e conseguem com muitos). Portanto não recrimino os que torcem pelos de lá. Eu mesmo prefiro ver alguns do velho continente. Há uma diferença significativa de como se trata o espectador. Veja Del Nero e suas "últimas contribuições" para o "aprimoramento" do futebol. Uma vergonha. Assim como é vergonhoso um time da magnitude do Grêmio estar nesta "seca" de títulos a qualquer nível. Charles De Gaulle tinha razão: não somos um país sério.

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    1. Há outro fator a ser considerado, a globalização; na minha adolescência, para exemplificar; nunca vi um jogo inteiro do Real Madrid ou Milan.
      Hoje, se a gente quiser ver campeonato sérvio, a gente vê.

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  7. Daison Sant Anna06/05/2017, 00:59

    Bruxo, é só olhar o que fizeram com o Grêmio de 1991 pra cá (tirando algumas temporadas). É constrangedor se for analisado ano a ano. E a Gestão Bolzan 2015 2016 2017 (tirando o Brasileirão 2015 e a Copa do Brasil 2016) é patética. CONCORDAS?

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  8. Daison
    Em que aspecto tu te referes nestes períodos? A década de 90 dentro de campo foi muito boa.

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  9. Bruxo, veja o seguinte: http://blogdojuca.uol.com.br/2017/05/a-diferenca-entre-o-futebol-da-selecao-e-o-de-nossos-clubes-e-por-que/
    e,
    http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2017/05/06/divida-de-clubes-com-governo-sobe-no-2o-ano-do-profut-veja-os-devedores/
    Me pergunto: Como pode nosso futebol não evoluir? Será que há interesses por de trás disso tudo? Como pode um clube altamente endividado contratar jogadores caríssimos (e vários) e ainda assim estar disputando as finais de vários campeonatos? Será que o dinheiro do finado Castor de Andrade ainda roda? Será que o tráfico manda em tudo? Será que o governo "benevolente" financia alguns privilegiados? Será que a corrupção que somente agora vemos e temos consciência já não desviou montanhas para os "apadrinhados"? Será que a mídia financia e, principalmente, faz a cabeça de muitos torcedores "inocentes"? (em passant: você lembra do Canal 100?). Você assiste aos programas esportivos de SP e RJ?
    Olhe ao seu redor e verá muita discordância entre a realidade e o sonho.
    O torcedor é movido pela paixão. É bom que continue assim. Sem paixão o futebol não segue adiante. Mas haveremos de ter um pouco, um mínimo, de compreensão do que nos cerca. Nisto se enquadram dirigentes, clubes, comissões técnicas "caseiras", e os "popstar" como dissestes. Muitos deles estão em determinados clubes justamente por se "enquadrarem" no momento.
    Boas reflexões para você e a todos do blog.
    PS: ainda acredito (parcialmente) no Grêmio, como no futebol do "sul", por serem um dos poucos que não se enquadram "muito" nestes esquemas. "Baahhhh"!

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    1. Arih
      Tem de tudo, por isso, eu acho um milagre a campanha do Novo Hamburgo, não por chegar a final, mas, pela forma, desde a primeira rodada, ele é o líder; chega com um time que sabemos do goleiro ao última atacante, mostrando um padrão de jogo invejável pelas condições extra-campo.
      O Novo Hamburgo, neste momento, é o anti-tudo destas coisas que tu bem lembraste no comentário.

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  10. Daison Sant Anna06/05/2017, 14:09

    Tira 93, 94, 95, 96...depois caos (mesmo que em campo as coisas andaram 2001 2002)

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  11. Daison
    E as causas estão realmente fora de campo, a começar pela ISL.

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