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sábado, 27 de maio de 2017

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (160) – Ano – 1983


Abril (quase) despedaçado



Em 1983, o Tricolor ainda não avaliara bem o tamanho da perda do Brasileirão do ano anterior, uma disputa muito equilibrada que exigiu jogo extra e erros de arbitragem para a balança pender para o campeão mundial, o Flamengo.

Para ele, parecia uma catástrofe, quando na verdade, havia sido um duelo de titãs, onde ambos foram merecedores do título. Deu Mengo, infelizmente.

Por conta disso, a torcida gremista entrou sestrosa e com pouca paciência frente ao imenso desafio que era tentar a conquista Libertadores, além disso, várias referências de liderança anímica e técnica haviam mudado de ares: Ênio Andrade, Émerson Leão, Vantuir, Paulo Isidoro, Vilson Tadei e Baltazar. De bom, a vinda de Tita, cracaço do Flamengo trocado pelo centroavante gremista e a boa surpresa, Osvaldo, trazido da Ponte Preta.

Até engrenar, Direção, Comissão Técnica e jogadores sofreram bastante, a massa gremista estava com o “pavio curto”.

Naquele Abril, o Tricolor estava dividido em duas competições, a Libertadores da América, onde ia muito bem e o Brasileiro. O saldo na competição nacional no mês foi trágico: Sete jogos, duas vitórias, quatro empates e a cereja do bolo; a derrota para a Ferroviária de Araraquara em pleno Olímpico no último dia, 30, eliminado precocemente.

O Grupo S ficou assim: 1º São Paulo, 2º Sport Recife, 3º Grêmio e 4º, Ferroviária. Passaram os dois primeiros.

Os muros do estádio amanheceram com a pichação “Fora Koff”.

Pois nesse Abril desolador, no dia 13, no Colosso do Arruda, o Grêmio de Valdir Espinosa encarou o Sport. Contou com: Remi; Silmar, Leandro, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Tarciso (Renato), Caio e Tonho (Bonamigo).

O Sport de Givanildo Oliveira utilizou: País; Betão, Marião, Bianchi e Antenor; Merica, Wilson Carrasco e Édson (Roberto); João Carlos (Jorge Campos); Denô e Joãozinho.

No apito, Wilson Carlos dos Santos e o público de mais de 43 mil pessoas proporcionou a quebra de recorde de renda.

Como de hábito, o time pernambucano entrou amassando, a defesa azul fez água pelo seu lado direito e num cruzamento, o gaúcho João Carlos apanhou livre pela direita e fuzilou o arqueiro Remi. 1 a 0, logo aos 4 minutos. Desenho de tragédia.

Aos 12, novo revés; Tarciso é jogado na pista atlética, machuca as costas, sendo substituído por Renato. Entretanto, o time ganha mais força e mais embate com o jovem ponta direita.

Tita aos 24 minutos empatou, quando converteu penalidade máxima sofrida por ele mesmo num lance com o ex-colorado Betão. O camisa 10 bateu forte no canto esquerdo de País. 1 a 1, resultado da etapa inicial.

Em grande jogada de Renato, Caio só teve o trabalho de empurrar para as redes do arco pernambucano. 2 a 1. Decorriam 23 minutos.

Para confirmar que jogar em Pernambuco é um terror para o Tricolor, aos 44 minutos, portanto, ao “apagar da luzes’, já sentindo o gostinho do triunfo, a equipe gaúcha deixou escapar a vitória, quando o ágil ponta esquerda Joãozinho sofreu falta dentro da área. Wilson Carrasco bateu e converteu o pênalti. Resultado final: 2 a 2.

Os reveses sofridos naquele Abril, fizeram com que a Direção corrigisse o rumo do time com algumas contratações pontuais e a Comissão Técnica, os ajustes necessários para a conquista do título da América, três meses depois.

A torcida pode gritar com satisfação: - Fora Koff, vá para Tóquio.

Domingo, o Grêmio encara este mesmo Sport, reproduzindo a situação de 83; isto é, o Tricolor envolvido com Libertadores e Brasileiro, deve usar time misto. Mais do que nunca, uma parada indigesta.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

Foto:    Arquivo pessoal do amigo Alvirubro



12 comentários:

  1. Bah, Bruxo, naquele 30 de Abril de 1983, assisti a vitória da Ferroviária, junto com nossa turminha, na casa da Bento Gonçalves.

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    1. Assististe lá em casa, secador (rs,rs,rs).
      Bota presente de aniversário, a desclassificação serviu para contratar o Mazaropi.
      Foi por uma boa causa a derrota.

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    2. Eheheheheheh...a Ferroviária foi surpresa naquele ano.

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    3. Tinha um goleiro chamado Abelha que pegou tudo naquele dia.

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    4. Naquele 30 de Abril o time foi esse: Abelha, Marinho Paranaense, Arouca, Pinheirense, Divino, Dorival Júnior, Sidnei, Douglas Onça, Jorginho (Fernando), Claudinho, Bozó. Técnico: Roberto Brida.

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    5. Remi, Silmar, Newmar, Hugo de León, Casemiro, China (Bonamigo), Oswaldo, Tita, Renato Portaluppi, Caio, Tonho (Tarciso). Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa

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    6. Brida que formou um grande meio de campo com Brecha no Juventus de São Paulo, da rua Bariri, da Mooca.

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  2. GRÊMIO - CONTRA PERNAMBUCANOS
    111 jogos
    58 vitórias do Grêmio 52,25%
    31 empates 27,93%
    22 derrotas 19,82%
    165 gols marcados pelo Grêmio 1,49 por jogo
    102 gols marcados pelos adversários 0,92 por jogo


    GRÊMIO - EM PERNAMBUCO
    49 jogos
    14 vitórias do Grêmio 28,57%
    18 empates 36,73%
    17 derrotas 34,69%
    56 gols marcados pelo Grêmio 1,14 por jogo
    61 gols marcados pelos adversários 1,24 por jogo


    GRÊMIO CONTRA SPORT CLUB RECIFE - EM PERNAMBUCO
    19 jogos
    04 vitórias do Grêmio 21,05%
    07 empates 36,84%
    08 derrotas 42,11%
    18 gols marcados pelo Grêmio 0,95 por jogo
    28 gols marcados pelos adversários 1,47 por jogo


    A PRIMEIRA VEZ
    31.01.1942 - Grêmio 0x3 Sport C Recife, no Fortim da Baixada, POA.

    A ÚLTIMA VEZ
    07.11.2016 - Grêmio 0x3 Sport C Recife, na Arena do Grêmio

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    1. Cenário desfavorável. O histórico é muito ruim diante do Sport lá em Recife.

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  3. Alvirubro, tens os números do Paulo Isidoro, Éder Aleixo e do Vilson Tadei, grandes nomes dessa época? Carlos.

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  4. E o tio do Danrlei, Beto Hinterholz ficou anos e jogou pouco pelo Tricolor? Carlos.

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  5. PAULO ISIDORO - 173 Jogos
    EDER ALEIXO - 160 Jogos
    VILSON TADEI - 83 Jogos
    BETO (goleiro) - 51 Jogos

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