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sábado, 24 de fevereiro de 2018



Álbum Tricolor (114)
NORONHA
GFBPA

Nome: Alfredo Eduardo Ribeiro Mena Barreto de Freitas Noronha.
Apelido: Noronha.
Posição: Médio.
Data de nascimento: 25 de Novembro de 1918, Porto Alegre-RS.
Data de falecimento: 27 de Julho de 2003, São Paulo-SP.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
149 jogos (80 vitórias; 35 empates; e 34 derrotas).

ESTREIA NO GRÊMIO
11.09.1936 - Grêmio 4x2 SC Americano - Campeonato Citadino de Porto Alegre.
GFBPA: Chico; Darío e Luiz Luz; Jorge, Mascarenhas e Russo; Lacy, Ribas (Noronha), Torelly, Foguinho e Casaca.
Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
01.05.1954 - Grêmio 2x2 EC Floriano – Amistoso.
GFBPA: Wilson; Mirão e Mauro (Pipoca); Altino (Xisto), Noronha e Roni; Tesourinha, Sarará (Camacho), Delém, Alvim e Glênio (Chico Preto) (Torres).
Técnico: Lázló Szekély.

CARREIRA
Grêmio-RS (1935 a 1942); Vasco da Gama-RJ (1942); São Paulo-SP (1942 a 1951); Portuguesa-SP (1951 a 1953); Grêmio-RS (1953 e 1954); Ypiranga-SP (1954 e 1955).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
Campeonato Citadino de Porto Alegre – 1937.
Campeonato Citadino de Porto Alegre – 1938.
Campeonato Citadino de Porto Alegre – 1939.

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Diário de Notícias”.
- Jornal “O Dia”.
- Revista do Grêmio.
- Arquivo Pessoal.

30 comentários:

  1. Noronha atuou em dois períodos distintos no Grêmio:

    - 1º período de 1936 até 1942; e
    - 2º período de 1953 até 1954.

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  2. Alvirubro, há uma grande confusão quando se fala do goleiro Wilson. Uns dizem que o Wilson Loureiro e o Wilson Bona jogaram na mesma época. Mas não há diferenciação nos nomes nas escalações que encontrei. Alvirubro, podes solucionar este dilema, em que ano cada um jogou e os jogos que fizeram? Obrigado. Michel-SC.

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    1. Vou ver o que dá para descobrir.

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    2. Sobre o goleiro Wilson (ou goleiros, com mesmo nome), ainda não tenho opinião formada a respeito, se houve realmente dois goleiros atuando juntos, com o mesmo nome.

      Desconfio que "um jovem" goleiro Wilson, dos Aspirantes do Grêmio, realmente chegou a atuar. O problema é saber se a partir do primeiro jogo dele, os demais que aparecem o nome WILSON são do goleiro reserva de SERGIO MOACYR ou são do garoto dos aspirantes. Sigo na busca de sanar a dúvida.

      Para "ajudar", havia em POA, na mesma época um goleiro WILSON, no Nacional. Este, era reserva de LA PAZ. Às vezes, WILSON jogava como titular, nas impossibilidades de LA PAZ. Seria esse WILSON, um ex goleiro gremista?

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  3. Alvirubro, um outro pedido: tens os números do Alemãozinho (as vezes conhecido por Alemão), do César Basílio (as vezes apenas Basílio) e do Hermes da Conceição? Obrigado, Michel-SC.

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    1. Enfatizo que não são números oficiais.
      São dados coletados em periódicos da época.
      É possível que haja divergências com o que o clube considera como dado oficial, tendo em vista os critérios adotados para a utilização dos dados.

      Sobre os citados por ti, eis o que tenho:

      ALEMÃOZINHO
      54 jogos
      33 vitórias
      13 empates
      08 derrotas
      44 gols marcados (* faltam artilheiros de três jogos que ele participou, portanto, podemos ter mais algum gol perdido)
      .............................................................................

      CÉZAR BAZÍLIO
      63 jogos
      31 vitórias
      13 empates
      19 derrotas
      63 gols marcados
      .............................................................................

      HERMES
      101 jogos
      62 vitórias
      19 empates
      20 derrotas
      67 gols marcados
      .............................................................................


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    2. Que média a do Cézar Bazílio

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    3. Como lembraste, anteriormente, nessa "Era Amadora" não dá para comparar. Existem artilheiros com mais gols que jogos. Além disso, a diferença de "tamanho" do elenco possibilitava goleadas repetidas em todos os adversários.
      Por isso, cada período histórico deve apenas servir para comparação com o seu tempo.
      De qualquer forma, ótimo desempenho!

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    4. Bruxo, numa comparação entre os três citados acima, veja que os dois primeiros atuaram mais ou menos na mesma época. Portanto, poucos jogos e muitos gols. Ótima média de ambos.

      Hermes atuou quase uma década após, num tempo em que o profissionalismo já imperava, o que de alguma maneira facilitou que artilheiros notáveis dos anos iniciais fossem eternizados, pois a partir dos anos 50 ficou bem mais difícil um jogador se tornar um grande artilheiro na média jogos / gols.

      Hoje, com raríssimas exceções, um jogador que marque um gol a cada dois jogos, de média, já será considerado gênio.

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    5. Outros com ótimas médias: Booth (34 gols em 31 jogos), Lagarto (104 gols em 104 jogos), Ramón Castro (31 gols em 27 jogos), Scalco (75 gols em 58 jogos), Sissom (75 gols em 67 jogos). Michel-SC.

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    6. Talvez o Delém, o Balejo e o Ferraz também teriam uma boa média. Michel-SC.

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    7. Na minha profissão, eu sempre tenho que levar em consideração o contexto; no futebol,não é diferente.

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  4. Alvirubro, outros jogadores que dariam um belo Álbum Tricolor: Ramón Castro, Artigas Pérez, Ivo Aguiar e Coró. Michel-SC.

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    1. Michel, em algum momento eles estarão aqui. Vamos fazendo aos poucos!

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  5. Novamente você colocou o Noronha como um médio, o que não me lembrava nas minhas pesquisas de “curioso”. Já havia lido por diversas vezes que ele atuava pela lateral esquerda (tanto é que é considerado um dos melhores laterais esquerdos do Grêmio em todos os tempos) e como zagueiro (nesta posição, principalmente pelo São Paulo). Me impressiona também o número de gols para um defensor o que, para a época, é até anormal. Sem fazer uma pesquisa extensa (porque a memória de outras leituras me apoiava), constatei que você realmente tem razão. Chegou a jogar como médio também no São Paulo, onde foi ídolo e penta campeão, tendo formado o trio imortal (Noronha, Bauer e Ruy), para alguns, ou a dupla imortal (Noronha e Bauer), para outros. Pude comprovar, também, o que a memória não me trazia claramente: ele chegou a compor o quadro canarinho na Copa de 50. Quanto aos gols, observei uma outra qualidade dele, além da qualidade no trato da bola e segurança na marcação (principalmente), que foi o cabeceio certeiro. Com alguma certeza podemos inferir que a maioria de seus gols foram de cabeça. Já li algumas referências contrárias às suas qualidades. Mas estas descartei por diversos motivos e, principalmente, porque para se destacar e ser considerado o que foi, como acima descrito, em dois clubes diferentes que já eram de expressão naqueles idos tempos, certamente sua qualidade era bem acima da média e considerações ao contrário não passam de visões específicas particulares (não retratam o consenso ou são tendenciosas). Quanto a isso, podemos também constatar que Bauer não era um “vituose”, mas sim muito eficiente (classificado, por alguns, eufemisticamente como “forte”). Para companheiro ideal de um “forte”, só há uma escolha: outro de técnica apurada (vide, por exemplo, Brito e Piazza na Copa de 70). Além disso, mesmo na reserva, para ter feito parte de uma das melhores seleções que já tivemos, apesar do fracasso na final, acidental, não poderia ter sido pouco coisa.
    Creio que com isso, pude colaborar um pouco.
    (deixo um link, não o melhor deles, que retrata um pouco do que falei e apresenta boas fotos. Claro que há a exaltação de um torcedor, mas que não deve estar longe da realidade do que foi: http://opiniaotricolor.com.br/?p=716)

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    1. legal, Arih.
      Esse trio esteve na lista de Flávio Costa. Muitos diziam que em vez de Bauer, Danilo Alvim e Bigode; deveria ser Bauer, Danilo Alvim e Noronha, a linha média da Seleção de 50.
      Ruy tinha pela frente Danilo Alvim, este que era chamado de "O Príncipe".

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    2. Acredito que Noronha tenha jogado como Médio Central (Center-half), no Grêmio dessa época (entre 1936 e 1942), devido aos médios esquerdos Russo e Laxixa, contemporâneos dele, ocuparem a posição.

      Logo que apareceu no Grêmio, Noronha chegou a ser escalado na linha de atacantes e depois passou a fazer parte da Linha Média, como “Center-half”.

      Quando o Vasco da Gama o recebeu, por empréstimo, em 1942, as informações da época davam conta que o "clube da Cruz de Malta" havia adquirido o "famoso centro médio gaúcho" ou “pivot”. Outras informações diziam que o "famoso center-half do scratch gaúcho" jogaria no Vasco da Gama.

      Figliola, Noronha e Dacunto, ou Figliola, Noronha e Argemiro era o anunciado trio médio vascaíno da época. Na impossibilidade de Noronha, jogava Alberto Zarzur. Interessante citar que Telêmaco Frazão estava em São Januário e indicou vários jogadores gaúchos para o clube, embora negasse as indicações.

      No final de Junho de 1942, Noronha pediu a rescisão de contrato com o Vasco da Gama, pensando em voltar a Porto Alegre. Logo no início de Julho, o São Paulo propôs um teste de campo com o jogador. Ao chegar ao clube, Noronha declarou (grafia da época) “Fracassei no Vasco porquê fui boycotado!”, e completou: “..."Infelizmente, não pude apresentar-me como desejava, na capital da República. É que sofri uma campanha tremenda por parte de vários antigos "players" cruzmaltinos, que julgavam a minha presença como uma ameaça à sua efetividade na equipe titular. Nunca eu poderia atuar à vontade, se os demais elementos, especialmente Zarzur, Dacunto, Figliola e Villadoniga, trabalhavam contra mim. Esta verdadeira guerra de nervos provocada pelos citados "players" atingiu o seu objetivo. Perdi a confiança em minhas possibilidades e, inteiramente boicotado, não pude fazer para reagir contra o verdadeiro complexo de inferioridade que de mim se apossou...”.

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    3. As declarações de Noronha, em São Paulo, retumbaram em São Januário, onde houve manifestações dos jogadores citados, negando o boicote. Noronha, ao voltar ao Vasco, depois da estada na capital paulista, desmentiu a sua declaração e classificou a publicação como uma “má interpretação” dos jornalistas bandeirantes.

      Entre idas e vindas, a cessão do passe de Noronha ao São Paulo, confirmou-se na metade de Julho de 1942.
      Noronha fez a estreia no São Paulo, em 19 de Julho de 1942, no Pacaembu, frente ao São Paulo Railway, pelo Campeonato Paulista. Empate de 2x2. No time, Noronha ocupou a posição de Médio Esquerdo: King; Piolim e Virgílio; Silva, Lisandro e Noronha; Luizinho, Remo, Waldemar, Bazzoni e Pardal. Técnico: Conrado Ross. No restante do ano, Noronha ocupou as posições de Médio Central e de Médio Esquerdo.

      Quis o destino que Noronha encontrasse nos gramados de São Paulo alguns dos citados “boicotadores”: Villadoniga, em 1942, foi para o Palmeiras. Zarzur, a partir de 1943, foi seu companheiro no São Paulo FC, jogando de Médio Central e de Médio Esquerdo, numa troca de posições com Noronha, tendo Zezé Procópio como Médio Direito. Em 1946, Dacunto foi para o Santos FC.

      Em 1944, Noronha passou a se fixar como Médio Esquerdo, tendo companheiros de trio Zezé Procópio e Armando, como médios direitos, e Rui, Zarzur e Bauer, como médios centrais.

      Em 1945, os trios Bauer, Zarzur e Noronha; Bauer, Rui e Noronha; e Zarzur, Rui e Noronha aparecem na linha média do time, com uma ou outra troca de posição entre médios direitos e centrais.

      Entre 1946 e 1951, o trio Rui, Bauer e Noronha, praticamente, fica consolidado. Houve algumas alternâncias de posição entre Rui e Bauer, mas sempre mantendo Noronha como Médio Esquerdo.

      Em 1947, no mês de Outubro, Alberto Zarzur deixa os gramados e passa a ser o técnico interino do time, até a chegada de Vicente Feola.

      Pelo São Paulo, Noronha esteve em campo 295 vezes, com 182 vitórias, 55 empates e 58 derrotas. Marcou 13 gols.

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  6. Alvirubro, de início, parabéns. Sua pesquisa possui uma amplitude e confiabilidade bem maiores. Uma hora dessas irei encontrar, no meio da bagunça de meus arquivos, algumas citações do lateral esquerdo Noronha. Para os demais leitores, neste momento, não restam dúvidas de que suas considerações são bem mais consistentes. Um abraço.

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    1. Até 1951, no São Paulo, Noronha atuou muito mais vezes como Médio Esquerdo. Na Seleção Brasileira, ocupou sempre o lado esquerdo, formando o trio médio com:

      Zezé Procópio, Ruy e Noronha;
      Ruy, Danilo Alvim e Noronha;
      Bauer, Ruy e Noronha;
      Ely, Danilo Alvim e Noronha; e
      Ely, Ruy e Noronha.

      Nessa época, definitivamente, a "lateral-esquerda" havia entrado na carreira de Noronha.

      Quando voltou ao Grêmio, em 1953, já quase terminando a carreira, jogou de médio esquerdo e de zagueiro, algumas vezes.

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  7. Esse Dacunto, cujo filho esteve no Grêmio vindo do Uruguai ou Argentina. Jogou pouco, o filho.

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    1. 11.02.1972 - Grêmio 3x1 CA Newell's Old Boys
      20.02.1972 - Grêmio 0x0 A Caxias F

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  8. Teria os números do Noranha separados por passagens do Grêmio?

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    1. 1936 a 1942
      116 jogos
      68 vitórias
      24 empates
      24 derrotas
      16 gols marcados

      1953 a 1954
      33 jogos
      12 vitórias
      11 empates
      10 derrotas


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  9. Alvirubro agora uma questão para esclarecimento. Por jogarem na mesma época e anos também, poderias postar em que jogos os irmãos Sardinha e os jogadores Russo e Russinho fizeram os seus gols pelo Grêmio? Muitos jornais da época relatavam o gol, mas as vezes não diferenciavam o autor do gol (no caso dos Sardinha, se era o I ou o II), e no caso do Russinho, já havia visto em algumas escalações ele mencionado como Russo. Poderias esclarecer? Obrigado, Michel-SC.

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  10. Saudade dessa coluna... sem pressão, mas tens que postar mais... abraço.

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  11. Delmar
    Também gosto demais deste espaço; o Alvirubro tem um arquivo espetacular, além de ser bem organizado. Abraços.

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