Um Passeio no Cerrado
Era uma vez a touca verde da região central do Brasil. Em quantos duelos os gaúchos temeram enfrentar o Goiás no Serra Dourada, mesmo sendo superiores técnica e taticamente? Parece que o fantasma desapareceu. Nem que seja momentaneamente.
Hoje, o Tricolor ficou esperando os fatos se sucederem a seu favor; deixou a nítida impressão que sabia o que iria acontecer na etapa final.
Sem a letalidade do Corinthians que em "meia chance" faz gol, o Grêmio foi apertando o Goiás sob a batuta da dupla Maicon-Arthur; já merecia ter saído com vantagem; Jael desperdiçou boas chances e o "irmão gêmeo" do Bruno Grassi, o arqueiro Marcelo Rangel salvou um gol certo de Éverton. Ficou 0 a 0.
Na etapa derradeira, o Goiás tão receoso em seus primeiros 45 minutos, resolveu atacar o Imortal; resultou naquele famoso adágio: Se ficar o bicho come, se correr, o bicho pega. Se ficou antes, agora resolveu correr. Pior para ele. O Grêmio matou o jogo quando quis.
A classificação ficou bem encaminhada, o que permitirá ao treinador gremista alternar o time titular mais à frente nas próximas partidas.
Tudo deu certo; Marcelo Grohe fez ótima apresentação, inclusive realizando uma defesa de manual, isto é, de mão trocada, salvando o time. Saiu bem do arco e ainda deu um belo lançamento para Luan, que resultou na expulsão de um zagueiro goiano. Perfomance exemplar.
A defesa mostrou que Madson ainda não se encontrou;carrega demais a bola, destoando do estilo da equipe, os demais estiveram perfeitos.
No meio, já ressaltei a qualidade dos dois "volantes". Ramiro foi bem nas duas posições em que atuou, Luan e Jael, considero os melhores da jornada e Éverton, o desbravador. Quando a "coisa" aperta, basta lançar para ele. Funciona como um saca-rolhas.
Alisson, André e Thonny Anderson, pouco acrescentaram, porém, não deixaram cair a produção ofensiva; o Goiás foi encurralado.
Uma nota a ser registrada: A boa troca de Renato que sacou Kannemann lesionado por um avante. Outros treinadores nesta situação fariam o seis por meia dúzia.
Estamos nas quartas-de-final. Fora disso, virará um escândalo.
Está encaminhada, mas não decidida. A soberba, cobra sua cota. Vimos jogos diferentes. Não vi nenhum “passeio”. Vi foi uma grande dificuldade de furar uma defesa fechada que só se abriu com o que já falamos: o drible, o um contra um com qualidade. Cebolinha foi realmente um “saca rolha”. Foi a partir daí que jogou com mais tranquilidade, mesmo que tenha havido um bom controle do jogo desde o início. Mas foi pouco pela diferença técnica. Você viu, eu não. Luan ficou sumido até cobrar o pênalti. Jael é Jael. Não gostei da loucura renatiana de jogar com somente um zagueiro. Venceu, então deu certo. Seria a primeira coisa a criticar se perdesse. Foi o que criticaram Klopp ao retirar Salah e ver sua vantagem de 5 gols diminuir para 3.
ResponderExcluirArih
ResponderExcluirO Renato, no meu entender, agiu bem, porque do outro lado,Hélio do Anjos ficou com 10,sendo o expulso um volante "de contenção".Ao colocar mais um avante, ele puxou o Cortez mais para trás, além de empurrar o locatário para a defensiva. Óbvio; riscos ele correu.
Também achei que foi um passeio, afinal foram cerca de 10 chances de gol contra uma dos donos da casa, alias se tem uma situação em que o Grêmio está deixando a desejar é nas finalizações.
ResponderExcluirCom relação a ficar apenas com um zagueiro não vi nenhum risco já que o Goiás mal conseguia sair do seu campo sem contar que esse único zagueiro se chama Pedro Geromel.
Exato,Carlos
ExcluirO passeio diz respeito a imensa superioridade. Pecou nas finalizações, algo que o Corinthians anda fazendo muito bem.
Luan tem dado razão para os críticos que não o querem na seleção. Estava sumido no jogo de ontem. Aliás, o Luan de 2018 não é o Luan de 2016/2017. Realmente tem sido mais marcado (até com deslealdade), mas um jogador do seu nível, com pretensões de ir à Copa, tem que buscar alternativas para jogar mais, construir mais, ser o diferencial, e não só querer ser o “dono da bola” para bater pênaltis. Do jeito que vai, está se “desconvocando”. Arthur também tem que melhorar. Ao contrário, Grohe e Geromel cada vez mais carimbam o passaporte. Se Tite não os levar, fica provado que há algo estranho nas convocações.
ResponderExcluirNa hora que precisa, Luan joga.
ExcluirArih
ResponderExcluirGostei do desempenho de ambos: Luan e Arthur. O segundo, seu futebol fica mais "escondido" do que Éverton ou Luan, mas é fundamental para a estabilidade do time, essa constância de desempenho "por cima".
Hoje dia do goleiro gostaria de parabenizar Marcelo Grohe que atualmente é o melhor do Brasil.
ResponderExcluir81 anos de vida do maior de todos, Manga. Por isso hoje é o dia do Goleiro.
ResponderExcluir