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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Opinião



Tabela Quatro

O Grêmio goleou; meteu quatro a zero, de novo. Na segunda etapa afastou o fantasma de uma zebra venezuelana, já que o 0 a 0 insistia em ficar no placar.

Na verdade, o Tricolor não fez por merecer a vitória no primeiro tempo. Realizou um jogo morno, que só beneficiou o modesto, mas aguerrido grupo do Monagas.

No segundo tempo, Renato corrigiu o time, colocando Alisson, recuando Ramiro para a lateral. Com isso, o Grêmio ganhou velocidade e mais verticalidade; aí, realmente, encaixotando os venezuelanos. Desaparecia o passe lateral, surgiam as jogadas pelas pontas com mais objetividade. E os gols.

Dois fatores saltaram aos olhos neste confronto e desmentiram o que os reducionistas da mídia quiseram decretar, isto é, que a expulsão de Sciola seria o fato causador da goleada, domingo. Quais são esses fatores? Primeiro, a troca de passes que origina a posse majoritária , segundo, o preparo físico exuberante do grupo gremista, eles (os fatores) desmontam os adversários nos segundos tempos das partidas. Foi assim nas três goleadas (Grenal, Brasil e hoje), quando os oponentes "babaram na gravata" nos últimos 45 minutos.

Os destaques estiveram no ataque, mesmo que tão somente no segundo tempo. Éverton, Jael e Luan e um pouco abaixo, Maicon, Ramiro e Arthur.

Os três primeiros marcaram os gols. Cícero fez o último.

Encerro, mencionando que Alisson pode estar no estágio que estiveram Pedro Rocha e Éverton, quando começaram a ter chances no time de cima. Com um bom professor, o garoto pode evoluir. Também, Thonny Anderson demonstra que merece mais chances, possui qualidades raras como a passada, o toque refinado e presença ofensiva.

Agora é preparar o clube para a guerra em Pelotas.




18 comentários:

  1. Bruxo, Alisson tem quase 25 anos, deveria estar no auge...Everton tem apenas 22 e Pedro Rocha fará 24 em outubro.

    Sinceramente, quando chegou, gostei da contratação - pelo histórico dele - , mas depois de ver alguns jogos, bah...torço pra estar muito errado.

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    1. Como aconteceu o contrário, tanto com Alisson, quanto com Madson. Achava perda de tempo apostar neles, o problema deles é a qualidade coletiva do Grêmio, que eles ainda não assimilaram. Veja que ambos ainda carregam muito a bola, enquanto que os "oriundos", já se preocupam em dar dois toques no máximo.

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  2. Sobre o jogo, acompanhei só pelo rádio. E, pelo que foi, de novo a dupla Maicon e Artur não funcionou, pelo jeito. "Ah, mas gahou de 4 a zero.."

    Na minha opinião, mais pelo cansaço do adversário. Contra o Xavante foi a mesma coisa, só saiu gol no segundo tempo, e ainda após a expulsão do jogador deles.

    Contra as babas tá sendo suficiente. Mas...

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  3. Glaucio
    Apesar de dois gols passar pelos pés do Maicon, ainda acho que numa exigência maior, a lentidão dele poderá comprometer.

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    1. Infelizmente. É o mesmo caso do Leo Moura. Com a bola nos pés ajudam muito, o problema é que não acompanham o ritmo do restante do time.

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  4. Creio que ninguém está levando em consideração a função de Maicon dentro de campo. É ele que centraliza o meio campo, recebe e distribui. Se encontra uma defesa aberta, mole, enfia várias entre as linhas e vira um abraço. Se encontrar a retranca, qualquer um, qualquer time sofrerá. Então Maicon faz a bola girar de um lado para outro, tentando achar alguém que busque uma brecha e avance. Posso estar enganado porque sou um simples torcedor e não um técnico que desvenda o jogo adversário. Justamente nesta segunda opção, a de fazer a bola girar, é que todos pegam no pé dele. Todo mundo quer e eu me incluo, um time mais agressivo, mas vertical. O problema é que do outro lado há alguém que estudou nossa forma de jogar e procura anular. Aliás, o chute que sobrou para o segundo gol foi uma do tipo "cansei de passar pra um e pra outro". Repito, Maicon não é insubstituível, mas, para o jogo do Grêmio, ele e Arthur são os mais importantes por fazerem a mesma coisa. Mas Arthur não é criticado por dois motivos: virou xodó e, realmente, tem mais qualidades do que Maicon. Repito, o Grêmio tem 5 volantes que podem ser titulares: Arthur, Maicon, Michel, Jailson e Ramiro. Quem vai jogar é da cabeça de cada treinador. Alguns fariam a mesma coisa, outros não. Assim como nós.

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    1. Enquanto Artur, geralmente, pega a bola, gira, passa pelo adversário, avança, toca, e sai pra receber, Maicon, geralmente, pega do lateral e toca pro zagueiro, pega do zagueiro e toca pro outro volante, pega do volante e volta pro zagueiro....é facilmente driblado ou deixado pra trás.

      Tem a qualidade do passe, diria até uma rara qualidade no atual elenco, mas na minha opinião não compensa a deficiência nos demais quesitos. Contra times melhores vamos ter problemas defensivos com essa formação, e contra times fracos não tá funcionando muito em termos ofensivos (é só lembrar o primeiro tempo dos últimos dois jogos).

      "ah mas ele tem participação nos gols e foram duas goleadas"...num jogo foi só depois de ter um a mais em campo, no outro após o adversário visivelmente cansar. Com um volante mais dinâmico, mesmo que menos técnico, Artur tem mais liberdade pra avançar, melhorando a articulação e criação de jogadas.

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    2. Tem a qualidade do passe, diria até uma rara qualidade no atual elenco, mas na minha opinião não compensa a deficiência nos demais quesitos. Contra times melhores vamos ter problemas defensivos com essa formação, e contra times fracos não tá funcionando muito em termos ofensivos (é só lembrar o primeiro tempo dos últimos dois jogos). (2).

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  5. Arih
    Minha preocupação é a recomposição rápida numa eventual roubada de bola do adversário. Nisto, Jaílson ou Michel são dão melhor.

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    1. Porque são mais defensores do que ritmistas (gostei dessa nova nomenclatura - rsrsrsrrs = segundo volante). Dependendo do jogo, cabe ao treinador decidir.

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  6. Exato.Ontem, por exemplo, não era para começar com Michel ou Jaílson.

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  7. Metendo minha colher, acho uma baita injustiça com Michel, vinha bem, boa presença de área, o passe não é ruim e ainda chuta.
    Mas reconheço sim as qualidades do Maicon também, em que pese ser um dos seus maiores críticos pois não consigo encontrar nele nem as características de um segundo volante, tampouco de um meia.

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    1. Bem lembrado, PJ. Com Michel não se via tanto problema na bola aérea defensiva.

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    2. PJ
      Apesar de inúmeras qualidades, acho que para ser campeão, quando já se é campeão, caso do Grêmio, o meio de campo deve ser mais competitivo sem perder a qualidade. Maicon não tem esse perfil.

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    3. Grêmio foi campeão ano passado com Arthur e Michel jogando o fino, juntos. Nada justifica a presença do Maicon.

      O time de 2016 tanto era diferente na mecânica do meio e do ataque quanto inferior ao de 2017.

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  8. Vinnie
    Exatamente; cheguei a escrever que este Grêmio era melhor do que o do ano passado, mas considerava um meio como Michel, Arthur, Luan e mais um que poderia ser, se confirmar, Thonny Anderson. A qualidade deles inviabilizaria uma suposta inferioridade diante de um time mais "aguerrido". Algo que o Barcelona fez contra times ditos mais pegadores.

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  9. Joao Henrique Fontoura Hollerbach06/04/2018, 18:27

    O que abriu o caminho para a goleada contra o Monagas foi um cruzamento. Penso que o Grêmio "roda" a bola de um lado para o outro, mas cruza muito pouco(e há um centro-avante esperando esse cruzamento). Abraços

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  10. João
    Exatamente; quando escrevo sobre mais verticalidade, não é exatamente "jogar em linha reta" para frente, mas, em direção ao objetivo (goal em inglês) e isso pode ser alcançado pelos lado. Abração.

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