Pequenas Histórias (193) - Ano - 1970
Uma Seta Envenenada
Fonte:http://botoesparasempre.blogspot.com |
No dia 1º de Novembro, Dia de Todos os Santos, mas não na Bahia de Todos os Santos, esclarecendo; no Rei Pelé em Maceió, Alagoas, os Tricolores do sul e do Nordeste se encontraram pelo Robertão, o campeonato nacional, o último a ser assim chamado.
Pela similaridade com o momento atual, reproduzo texto de um jornal que não consegui identificar, me pareceu ser o Diário de Notícias. Diz assim: "O Grêmio fez as pazes com a vitória. Precisou ir ao Norte(sic) para sacudir o azar. Mas, como nos jogos anteriores em que empatou, teve necessidade de martelar muito para conseguir seu tento no segundo período".
Carlos Froner mandou praticamente o time da foto: Arlindo; Espinosa, Jadir, Di (ausente na fotografia), Beto Bacamarte e Everaldo. Flecha, Caio, Paraguaio, Gaspar e Loivo (também ausente na foto). Durante a partida, entraram Joãozinho (João Severiano) e Wolmir.
O lendário treinador argentino Fleitas Solich escalou o Tricolor de Aço com: Picasso; Aguiar, Zé Oto, Roberto Rebouças e Paes; Baiaco, Amorim e Lourival; Zé Eduardo, Carlinhos e Vítor. Ainda participaram Jair Bala e Raul Souza.
O Bahia sofrendo ser locatário num estádio estranho, resolveu se precaver para encarar o Tricolor gaúcho. Ficou fechadinho e teve no arqueiro Picasso, o grande nome da partida, aliás, naquele ano, foi o primeiro da Bola de Prata e o goleiro nascido em Canela, faturou o de sua posição. Picasso fez grandes defesas em chutes de Flecha e Loivo. O primeiro tempo ficou em 0 a 0.
Na etapa final, já com Wolmir improvisado como centro-avante no lugar de Paraguaio, o ataque se tornou mais movediço com trocas de posições e numa delas, Wolmir arrancou como ponteiro direito (ele, um ponta esquerda nato), recebeu lançamento perfeito de Gaspar, passou por Paes, cruzou alto, permitindo que Loivo aparasse de cabeça, servindo a Flecha, que entrava pelo meio da área. Bateu forte no canto direito do arco . 1 x 0.
Flecha, um ponteiro que chegou à Seleção, fez 20 gols naquele ano. Um atacante veloz, driblador, bom cobrador de faltas e goleador, porém, com problemas extra-campo, que lhe diminuíram a sua carreira. Ainda assim, ajudou a firmar a mística da camisa 7. Ele, Babá, Zequinha, mais os conhecidíssimos Tarciso, Renato, Paulo Nunes, Valdo e Luan.
A arbitragem foi de Oscar Scolfaro e pouco mais de 9 mil pessoas assistiram o confronto que projetou o Grêmio para o terceiro lugar na tabela.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro.
O Bahia sofrendo ser locatário num estádio estranho, resolveu se precaver para encarar o Tricolor gaúcho. Ficou fechadinho e teve no arqueiro Picasso, o grande nome da partida, aliás, naquele ano, foi o primeiro da Bola de Prata e o goleiro nascido em Canela, faturou o de sua posição. Picasso fez grandes defesas em chutes de Flecha e Loivo. O primeiro tempo ficou em 0 a 0.
Na etapa final, já com Wolmir improvisado como centro-avante no lugar de Paraguaio, o ataque se tornou mais movediço com trocas de posições e numa delas, Wolmir arrancou como ponteiro direito (ele, um ponta esquerda nato), recebeu lançamento perfeito de Gaspar, passou por Paes, cruzou alto, permitindo que Loivo aparasse de cabeça, servindo a Flecha, que entrava pelo meio da área. Bateu forte no canto direito do arco . 1 x 0.
Flecha, um ponteiro que chegou à Seleção, fez 20 gols naquele ano. Um atacante veloz, driblador, bom cobrador de faltas e goleador, porém, com problemas extra-campo, que lhe diminuíram a sua carreira. Ainda assim, ajudou a firmar a mística da camisa 7. Ele, Babá, Zequinha, mais os conhecidíssimos Tarciso, Renato, Paulo Nunes, Valdo e Luan.
A arbitragem foi de Oscar Scolfaro e pouco mais de 9 mil pessoas assistiram o confronto que projetou o Grêmio para o terceiro lugar na tabela.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro.
Como sempre, excelente texto, Bruxo.
ResponderExcluirO jogo no Rei Pelé, em Maceió, foi devido às reformas no Estádio da Fonte Nova, que passava por uma renovação total.
O Estádio foi reconstruído para 100 mil torcedores e passou a fazer parte da lista dos maiores estádios do mundo, em capacidade de público, a saber:
1º - Maracanã - 220.000
2º - Morumbi - 150.000
3º - Hampden Park (Escócia) - 134.000
4º - Santiago Bernabeu (Espanha) - 125.000
5º - Ibrox Park (Escócia) - 120.000
6º - Kirov (URSS) - 120.000
7º - Estrela Vermelha (URSS), Mineirão e Beira-Rio - 110.000
10º- Asteca - 108.000
11º- Celtic (Escócia) - 104.000
12º- Lenin (URSS) - 103.000
13º- Rei Pelé e Fonte Nova - 100.000.
Interessante, Alvirubro; 3 estádios escoceses com mais de 100.000 lugares.
ExcluirBruxo, observei o mesmo.
ExcluirUm país tão pequeno, com estádios gigantescos.
Detalhe: as fontes são da época, portanto, não se pode dizer que foi cópia errada.
Impensáveis 150 mil no Morumbi. Sobre o Beira-Rio, que teve a sua lotação máxima justamente no jogo da inauguração, contra o Benfica, há relatos que havia 110 mil pessoas, no estádio. 94.584 torcedores passaram pelas roletas. Mesmo assim, uma ARENA e um BEIRA-RIO, dentro de um único estádio. Loucura! Hoje, não temos mais gente que consiga encher estádios dessa maneira.
ExcluirCom as modernizações, o Maracanã, hoje, não fica nem entre os 20 com mais capacidade, no mundo. O futebol, definitivamente, mudou.
O Estádio da Fonte Nova foi reaberto oficialmente, em 4 de Março de 1971, em um Torneio, que teve a participação de Bahia, Vitória, Flamengo e Grêmio.
ResponderExcluirOs clubes baianos por óbvias razões e Grêmio e Flamengo, os preferidos de ...Garrastazu Médici.
ExcluirE um episódio triste de tumulto.
ResponderExcluirSim! Uma lâmpada estourou e alguém gritou que as arquibancadas estavam caindo. Triste episódio, com dois mortos e 2.086 feridos.
ExcluirUma semana depois, a Fonte Nova era utilizada para jogo normal.
Nesse jogo de inauguração, uma rodada dupla. O Grêmio vencia o Vitória e o Bahia vencia o Flamengo. Na "final", empate entre Grêmio e Bahia. O Grêmio abriu mão da disputa em pênaltis e preferiu que a Taça ficasse com o EC Bahia.
Lembro bem.
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