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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Opinião



VAR desclassifica o Grêmio

Há várias incidências nesta decisão que justificariam a classificação do River Plate para a final, mas uma causa, um fator determinou a vaga: A decisão surpreendente e polêmica do árbitro uruguaio (ou dos de vídeo). Este é o resumo do Grêmio ter ficado pelo caminho.

Resvalou na mão, porém não foi pênalti; não é para esse tipo de lance que o VAR deve ser acionado. Nas dúvidas ou questionamentos imediatos, ninguém reclamou de penalidade, aí entra o feeling do juiz, desconfiar da sua tomada de decisão, quando os supostos prejudicados sequer fizeram a mínima reclamação. São lances idênticos: O gol de Borré e a bola na mão (assim mesmo) do desafortunado Bressan.

O Grêmio caiu por equívoco da arbitragem. Poderão dizer, o Var foi acionado; bom, é como eu justifico outras ações da tecnologia, isto é, onde tem presença humana, tem possibilidade de erro. Como exemplo, cito a expulsão de Dedé que desequilibrou a partida entre Boca e Cruzeiro. Lance do VAR.

No entanto, o Tricolor poderia ter feito um melhor enfrentamento, duas peças foram péssimas hoje; Michel e Maicon. Para mim; conclusão sem questionamentos, é Cicero ou Maicon. Ponto final. Nesta noite, Cícero sobrou em relação ao capitão do time.

O resultado do primeiro tempo só se justifica por Deus ou outras forças sobrenaturais que  entraram em campo a favor dos donos da casa. Os chutes que tiraram "tinta da trave" são bafejos da sorte; o gol de Leonardo é a sublimação da frase "Alguém lá em cima gosta de mim". Uma das piores atuações do time do meio para frente; atrás, como sempre, Geromel jogou muito, Paulo Miranda tem bola para ser a primeira alternativa da zaga e os laterais se portaram bem. 

O ataque inexistiu, nem cócegas fizeram nos pesadões Maidana e Pinola. Na verdade, Alisson e Jael foram os primeiros homens de combate no meio.

Na etapa final, Renato corrigiu o posicionamento, avançando a marcação e o River passou a ter ainda o mesmo percentual de posse de bola, mas desta vez, de modo infrutífero.

Aí os deuses cochilaram ou antes estavam de sacanagem; Paulo Miranda sentiu a tensão da partida e teve que sair; entra Bressan e a gente fica com o coração na mão.

Cobrança de falta de frente para os defensores e Michel falha clamorosamente, Borré cabeceia, a bola escorrega acidentalmente em sua mão, Grohe foi para a defesa, mas a força que empreendeu na mão foi insuficiente, talvez a condição da bola e do gramado tenham lhe atrapalhado. 1 a 1.   

Antes, Cícero lançou Éverton que cara a cara, arrematou e aí apareceu o goleiro diferenciado. Se Armani tomasse o gol, se diria que não tinha culpa, mas ele defendeu e o River seguiu vivo.

Ouvi na televisão que o Cebolinha perdeu o gol. Por uma questão de coerência, deveriam dizer que o goleiro do River salvou. Coerência, porque se fosse no arco gremista, o mérito seria do nosso goleiro, nunca erro do atacante.

Muita gente poderá crucificar Bressan; nesta partida eu não vi erro dele. Foi a fatalidade no chute de Scocco e excesso de preciosismo da arbitragem; preciosismo que não apareceu no gol de Borré.

O negócio é torcer para o Palmeiras faturar o caneco para que as vagas diretas para a LA/19 oriundas do Brasileirão virem G-5.

Para o ano que vem, por favor, que alguns titulares incontestáveis percam essa condição.

Ah! Com Renato de treinador para continuar o bom trabalho.

24 comentários:

  1. Daison Sant Anna31/10/2018, 03:09

    brincou no Brasileirão. Deuses do futebol não perdoaram

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  2. Daison
    Ontem, mesmo com todos os problemas que apresentou, os fatores primordiais para a queda foram dois: a arbitragem que trouxe polêmica para um lance através do VAR, quando o correto é ter a polêmica e aí a tecnologia corrigir + a defesa de Armani no momento crucial da partida; ali, o River sobreviveu.

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  3. Uma das pérolas que a gente vê na imprensa gaúcha. Esta aqui é para emoldurar:
    https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/diogo-olivier/noticia/2018/10/melhor-renato-nao-mexer-em-geromel-contra-o-river-plate-cjnus6xl909hn01pi6o2pmni9.html

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  4. Bruxo, o meu comentário aqui não é corneta, mas um erro não está sendo citado: o Grêmio falhou nas duas contratações, pelo menos até agora. Óbvio, as lesões de André e Marinho atrapalharam, mas com a bola rolando, nenhum dos dois mostrou futebol de time campeão, e faltaram estas opções para a ineficiência de Jael e ausência de Luan. Claro que foram compras bem pensadas, criteriosas (e, tenho certeza, bem intencionadas) mas ontem ficou claro que o Grêmio sem alternativas do primeiro tempo foi resultado disso.

    De mais positivo no ano, pra mim: Alisson, melhor acréscimo, jogador para contrato longo. Éverton, confirmou a ascensão já perceptível desde 2016. Confiança da torcida na diretoria: fundamental entender que futebol é um processo e estamos no caminho certo, e que é preciso continuar nesse combo convicções vs. responsabilidade.

    É ajeitar a casa, tirar jogadores insuficientes, dar oportunidades para mais jovens, e manter a comissão técnica. Vamos olhar para retornos no longo prazo, e voltaremos a ganhar outra Libertadores em alguns anos. Ps. Uma eventual volta de Odorico Roman ao futebol seria um bom recomeço.

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    1. Concordo, Caco.
      Acrescentaria o Madson. As soluções precárias foram buscadas no grupo do ano passado: Leonardo, Michel, Jael, etc...

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    2. Caco
      Aí é que a porca torce o rabo; tirar as nabas do elenco. O presidente vai ter ser impositivo.

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    3. Tem mais erros do que acertos, e a culpa de ter a maioria das nabas no elenco é da diretoria.

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    4. Concordo, o regime é presidencial.

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  5. o VAR prejudicou não invalidando o primeiro gol do River, mas a atuação ruim de alguns jogadores (Michel, Maicon) e falhas individuais foram determinantes.
    Everton que é o melhor jogador da temporada, mas perdeu a bola do jogo e não vi grande participação do goleiro, o cebolinha talvez pela falta de ritmo perdeu tempo na jogada e finalizou em cima do goleiro;
    Michel perde de cabeça uma bola fácil, de frente;
    e Bressan todo atabalhoado comete o pênalti que determina a eliminação.
    Enfim, para um campeão que perdeu Edilson, Arthur, Jailson, Fernandinho e Barrios e ainda não teve Luan e Everton no primeiro jogo e Luan e Kannemann no Sugundo até que foi longe.

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    1. Carlos
      Com todas essas defecções, o grande River precisou do juiz para ganhar.
      Armani, experiente e grande arqueiro, não caiu antes. Mérito dele. Não facilitou a vida do atacante.

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  6. Tristeza pelo resultado, mas, no somatório dos dois jogos, foi justo. River jogou mais.

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  7. Glaucio
    Sempre respeitando as opiniões diferentes; acho que o Grêmio perdeu a vaga para a arbitragem.
    Mas o Tricolor pode ganhar os pontos dos portenhos pela malandragem do Gallardo.

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    1. Paulo Juliano31/10/2018, 18:12

      Bruxo, desconsiderando a arbitragem, o Grêmio foi patrolado.
      Os caras chegaram aos 70% de posse de bole dentro da nossa casa.

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    2. PJ
      Muito em função da má jornada de Michel e Maicon; o meio de campo argentino jogou compactado e a lesão de Ponzio auxiliou mais ainda.

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    3. Só comparar as chances de gol, apesar de não terem sido claras, o River sempre, nos dois jogos, principalmente no primeiro, esteve mais perto da área do Grêmio. A verdade é que achamos dois gols, e perdemos a chances de matar.

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  8. Joao Henrique Hollerbach31/10/2018, 13:15

    Vou limitar-me a comentar sobre o VAR: é um avanço mas precisa ser aperfeiçoado. E isso pode ser de forma simples, trazendo para o futebol o que já existe no voleibol e no tênis: o direito do técnico pedir o "desafio". E aí poderia ser assim: um desafio por time em cada tempo e caso proceda não perde-se o direito a mais um. Muito simples e eficaz. Abraço

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    1. Perfeito! A responsabilidade de criar a dúvida é dos times; ontem, um lance sem polêmica devia ter ficado no escanteio, simples.

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  9. Está se falando que o Grêmio vai á Conmebol para reverter o resultado. Concordo. No Campeonato Uruguaio, um técnico suspenso também dirigiu o time e o resultado foi revertido. O barulho que estão fazendo os jornais europeus no caso dos mesmos lances (o gol do River que a bola bate na mão e o pênalti), e que o VAR só viu o pênalti é mutio grande. E caso a Conmebol decida mais uma vez "ajudar" os argentinos (lembram do caso da Chapecoense ano passado), o Grêmio dever ir a FIFA. Ainda teve outra irregularidade, o assistente do Gallardo estava com um celular e fones de ouvido, o que foi proibido quando foi implantado o VAR. Fatos para a desclassificação do River há aos montes (entrada de Gallardo no vestiário, celular e fones do assistente dele, VAR), basta fazer um pouco de barulho para quem sabe uma reviravolta.

    Carlos-SC.

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    1. Carlos
      Vou tratar disso na postagem de hoje, mas é por aí.

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  10. Vendo e revendo os lances pela TV, no lance da mão do Bressan foi pênalti, ele abriu demais o braço, e se no Brasil sem VAR, muito menos que isso já houveram muitos pênaltis.

    No lance do gol do River, se a bola não bate na mão do Borré, acho que ela nem no gol ia, no máximo na trave. Outro fato, o desvio na mão que tirou o Grohe da jogada.

    Carlos-SC.

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    1. Para mim que sou da antiga, não marcaria falta em nenhum dos lances, mas pelos novos critérios de arbitragem, pênalti e gol ilegal.

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  11. Paulo Juliano31/10/2018, 18:16

    Concordo com a indispensável e pronta dispensa daquelas figuras já tão decantadas por aqui - e pensar que o Bressan sempre contou com apoio incondicional de parte da torcida...
    Ocorre, entretanto, que tenho sérias dúvidas a respeito da possibilidade de promover a necessária assepsia com Renato no comando; Grêmio virou uma espécia de ação entre amigos.
    Só para registro, Ramiro está virando outro Bressan, uma absoluta insuficiência que - sabe-se lá Deus porque - conta com uma incompreensível conivência.

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    1. Paulo Juliano
      Esta é a grande bronca minha; o Tricolor está num estágio em termos de clube, de visibilidade mundial, que exige a mudança dos falsos diamantes.
      Tenho minhas dúvidas se Renato fará a assepsiado atual elenco , por isso escrevi que a Direção deverá ser mais impositiva.

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    2. Renato não fará! Isso é escancarado. E a diretoria muito menos, pois entende menos de futebol do que o treinador, e isso é um problema sério. Onde há hierarquia, é condição primária que os de maior cargo tenha no mínimo o mesmo conhecimento do que os abaixo.

      Eu me contenho na crítica, porque gosto dos trabalhos do Renato, porque a posição de ídolo me faz ter mais respeito, por causa dos resultados dos últimos dois anos, mas isso aí de agora já era tragédia anunciada desde fevereiro, e ninguém se mexeu, ninguém ligou o alerta enquanto era tempo (me refiro à diretoria), o discurso era patético, boçal. É só relemebrar:

      - Vencemos a Recopa sem vencer nenhum jogo, mesmo estando a maior parte dos 180 minutos com um a mais em campo;
      - Passamos pelo Estudiantes "no gato";
      - Perdemos Artur e Barrios e não houve reposição nem na janela de Agosto;
      - Todos viam que a libertadores estava mais difícil esse ano;
      - Mesmo com tudo isso, abriram mão do campeonato brasileiro muito cedo.

      São pequenos "detalhes" que pra times que estão no estágio onde o Grêmio estava, vão separar os que vencem, dos que ficam no quase.

      "Ah, mas pode fazer uma campanha espetacular nas últimas rodadas e passar o Palmeiras". Pode, mas não é tendência.

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